Aula Tema 1 Projeto
Trabalho Universitário: Aula Tema 1 Projeto. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: MilenaAvalo • 7/9/2014 • 1.132 Palavras (5 Páginas) • 309 Visualizações
O Projeto de Extensão à Comunidade proposto nessa disciplina tem como objetivo articular educação e sociedade, tomando a escola como produtora de conhecimento e de cultura e possível referência para ações sociais na comunidade. Esse projeto, portanto, deverá ser construído em parceria com os diferentes segmentos de uma escola pública.
Para atingirmos esse objetivo, é necessário repensar e reinventar a escola para oferecer àqueles que dela participam possibilidades de construção, como sujeitos históricos e como cidadãos.
Uma construção que tem presente as relações que os indivíduos estabelecem com as diferentes experiências culturais e, em especial, com os conhecimentos que podem ter relevância para eles e elas, numa época em mudança, como a que estamos vivendo. Sem esquecer que a escola, se reinventada, pode favorecer que as pessoas que sofrem diferentes formas de exclusão e discriminação encontrem um “lugar”, a partir do qual possam escrever sua própria história. (HERNÁNDEZ, 1998, p.16).
Um projeto de extensão construído na escola e com a participação da comunidade poderá contribuir para romper com a organização de um currículo fragmentado e organizado por disciplinas. Essa organização desconsidera os problemas e as preocupações, tanto dos alunos quanto das pessoas da comunidade em que se insere.
Entende-se por projeto “o processo de dar forma a uma ideia que está no horizonte, mas que admite modificações, está em diálogo permanente com o contexto, com as circunstâncias e com os indivíduos que, de uma maneira ou outra, vão contribuir para esse processo” (HERNÁNDEZ, 1998, p. 22). Trabalhar com projetos promove a confluência de diferentes áreas e implica ações colaborativas. Além dessas possibilidades, estabelece conexões e pode gerar transformações.
Desde o final do século XIX e início do século XX, pesquisadores, como Stenhouse, Elliot, Freinet, Dewey, Wallon, Kilpatrick já defendiam abordar o conhecimento de maneira globalizada, construindo as bases teóricas para as atuais concepções de projeto. É necessário, porém, contextualizá-las, pois as problemáticas que abordam os campos do saber são diferentes na atualidade das que se produziam há 20, 40 ou 60 anos. Tais diferenças nos exigem releituras críticas dos autores assinalados no momento de definir e organizar o conhecimento em uma realidade social e escolar. Deve-se considerar a relação dos educadores e educandos com o mundo e consigo mesmo, os valores na sociedade de informação e da comunicação, os conhecimentos derivados da pesquisa e da reflexão sobre a escola e sua função, segundo Hernández (1998).
Para esse autor, das pesquisas realizadas por aqueles pensadores podemos extrair os seguintes aspectos que contribuirão para a construção de projetos:
A postura ideológica de que a função da escola é contribuir para formar os alunos para a cidadania.
A relação entre o currículo escolar e os problemas reais que são apresentados fora da escola.
Entender a vinculação entre o conhecimento escolar (organizado mediante as disciplinas ou áreas curriculares) e os saberes fora da escola.
A importância dos saberes e das experiências prévias dos alunos, destacada pelos conhecimentos psicopedagógicos.
Os processos dos alunos que assinalam o papel da transferência de conhecimento e da compreensão como indicadores de aprendizagem.
O papel do diálogo pedagógico, da pesquisa e da crítica como atitude dirigida a favorecer a aprendizagem na aula.
Uma educação para a compreensão que favorece uma atitude globalizadora.
Atitude globalizadora que vincula a construção da subjetividade (dos docentes e alunos) com as interpretações do “mundo” oferecidas pelas áreas disciplinares ou pelos temas e problemas em torno dos quais se organiza o currículo.
A importância dos elementos que possibilitem aos alunos construir sua própria história diante da que vem determinada por sua condição de gênero, etnia, classe social ou econômica.
A escola como geradora de cultura e não só de aprendizagem de conteúdos
Nessa perspectiva, conclui-se que é necessário reconhecer situações de aprendizagem que vivem dentro e fora da escola. Os problemas para aprender e pensar são complexas interações entre personalidades, interesses, contextos sociais e culturais e experiências de vida. “Nesse contexto, o interesse e a paixão aparecem como duas virtudes fundamentais, e o desenvolvimento racional se contempla como um aspecto do pensamento, mas não como a “única” forma de conceitualizar e interpretar a realidade.” (HERNÁNDEZ, 1998, p.32).
Segundo Hernández (idem, p. 33), para se repensar a escola, deve-se
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