Autismo Na AMA
Trabalho Universitário: Autismo Na AMA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: psicologiaativa • 17/5/2014 • 534 Palavras (3 Páginas) • 352 Visualizações
Atendendo a pedidos
Hoje fui à AMA para participar de uma reportagem sobre a Síndrome de Asperger que não aconteceu, aproveitei para participar da confraternização de fim de ano dos assistidos e tive a oportunidade de conversar com algumas mães e também alguns Aspies acerca das últimas notícias que envolvem a síndrome de Asperger e principalmente sobre o quadro “Divã do Faustão”. Acho que tristeza e indignação resumem o que estão sentindo, afinal são tantos anos de batalha para difundir informações e desmistificar o autismo e de repente...
Quando comentei que a equipe de reportagem não apareceu, imediatamente me perguntaram “Mas o que você vai fazer?”, “O que a AMA vai fazer?”. Nas redes sociais estão rolando abaixo-assinados pedindo retratação e coisa e tal, mas a instituição talvez deva fazer um comunicado pontuando algumas questões:
Sobre o quadro divã do Faustão: penso que a confusão foi gerada por terem comentado sobre a síndrome de Asperger e psicopatia dentro de um mesmo contexto. Mas não podemos exigir que o Faustão se responsabilize por todas as pessoas que vão no seu programa, muito menos reagir de forma intolerante e extremista à profissional . O que foi dito, apesar de não concordarmos, abriu a possibilidade para discussão e divulgação do conhecimento sobre o tema.
Sobre diagnósticos de personalidades e/ou pessoas que cometem crimes: não é possível fazer um raciocínio clínico sem uma avaliação prévia e completa de toda sua história, basear-se em suposições e em fatos isolados é leviano.
Sobre comorbidades: o fato de uma pessoa ser Aspie não a impede que tenha outro transtorno psiquiátrico.
Sobre Connecticut: Mesmo que se confirme que o autor dos crimes tenha a síndrome de Asperger, a hipótese mais aceitável é que ele também apresente outras psicopatologias associadas, e estas últimas é que teriam determinado a tragédia.
Sobre a síndrome de Asperger: não existem evidências que liguem violência à síndrome de Asperger. Ao contrário a síndrome de Asperger está associada à aderência as leis e regras, são pessoas socialmente ingênuas e têm dificuldades em expressar suas emoções, mas não significa que elas não as tenham, são verdadeiras e menos manipuladoras e desenvolvem empatia, porém de uma maneira não convencional.
Sobre o Vale do Silício: Essa região tem sido apontada como uma área com alta concentração de Aspies, mas não dá para saber se houve aumento dos casos, já que, não temos dados oficiais do índice de pessoas com síndrome de Asperger há 40 anos. Para Gillberg, (um dos maiores especialistas em transtornos do espectro do autismo no mundo), caso esse fato seja confirmado pode estar relacionado ao fato da região atrair especialistas em tecnologia da informação e algumas dessas pessoas poderem apresentar traços ou até mesmo a síndrome de Asperger, e se essas pessoas se casam transmitem a herança genética do autismo aos filhos, mas essa hipótese também precisa ser confirmada.
Sobre o que realmente importa: precisamos continuar trabalhando para que a população geral tenha acesso à informação correta só com informação será possível combater o preconceito. E a grande discussão não deveria estar centrada no diagnóstico do autor dos crimes e sim em políticas públicas voltadas
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