BEHAVIORISMO E COMPORTAMENTO
Trabalho Universitário: BEHAVIORISMO E COMPORTAMENTO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Cibelevvv • 4/10/2014 • 2.341 Palavras (10 Páginas) • 426 Visualizações
BEHAVIORISMO E COMPORTAMENTO
O behaviorismo (ou comportamentalismo), inaugurado por John Watson em 1913, tomou como base o funcionalismo, o método experimental, o condicionamento de Pavlov e o associacionismo para construir seu saber.
Ao propor o comportamento como o objeto da psicologia, James Watson queria dar a essa ciência um status de cientificidade para a época, a fim de romper de vez com a filosofia. De fato, Watson buscava construir uma psicologia com método experimental e analítico, sem alma ou mente, que pudesse prever e controlar. O comportamento pareceu-lhe perfeito para isso, já que ele podia ser mensurado, observado e era capaz de sofrer experimentos reproduzíveis. Além disso, Watson considerava que o comportamento devia ser estudado a partir de uma perspectiva funcionalista, isto é, como função de certas variáveis do meio. A idéia central era a de que certos estímulos levam o organismo a dar algumas respostas para se adaptar ao meio, através de equipamentos hereditários e da formação de hábitos.
O mais importante behaviorista depois de Watson foi Skinner, que buscou trabalhar com o comportamento operante, que ele chamou de behaviorismo radical. Para entendermos o que é o comportamento operante, precisamos antes ir a Watson e introduzir as noções de comportamento reflexo.
O comportamento respondente (ou reflexo):
O comportamento reflexo ou respondente é o que conhecemos como não-voluntário e inclui as respostas não condicionadas. Como exemplo, podemos citar a contração das pupilas, a salivação, arrepio, etc. Tais comportamentos são respostas incondicionadas diante de certos estímulos ambientais e “naturais”. Mas também podem ser provocadas por estímulos novos que inicialmente não produziam respostas em determinado organismo. Quando tais estímulos são pareados com estímulos eliciadores podem, em certas ocasiões, eliciar respostas semelhantes. A essas novas interações chamamos de reflexos, que são agora condicionados devido a uma história de pareamento, o qual levou o organismo a responder a estímulos que originalmente não respondia. Assim, transformam-se estímulos não-condicionados em estímulos condicionados. Como exemplo, podemos falar do experimento de Pavlov com a salivação do cão e transpor tais resultados para o organismo humano.
O comportamento operante:
Tal comportamento abrange a maior parte das atividades humanas, inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se possa dizer que, em algum momento, têm efeito sobre ou fazem algo ao mundo ao redor. Assim, chamar um táxi, tocar instrumentos são exemplos de comportamento operante. Como um bom exemplo de tais conceitos, vamos lembrar de um experimento muito conhecido feito com ratos de laboratórios para auxiliar na construção das leis comportamentais propostas por Skinner.
Um ratinho, ao sentir sede em seu habitat, tende a manifestar um comportamento que satisfaça sua necessidade. Assim, se deixarmos este rato privado de água por 24 horas, ele certamente apresentará o comportamento de beber água quando tiver sede. Sabendo disso, os pesquisadores resolveram fazer um controle experimental de tal evento.
Um ratinho foi posto na caixa de Skinner – um recipiente fechado onde havia apenas uma barra. Tal barra, ao ser pressionada pelo rato, acionava a descida de uma gota de água. Que reposta se esperava do rato? Que ele pressionasse a barra. E isso aconteceu por acaso pela primeira vez. Por ter obtido água ao encostar-se à barra quando sentia sede, constatou-se a alta probabilidade de que, estando em situação semelhante, o ratinho pressione novamente a barra. Neste caso, o comportamento operante, o que permite a aprendizagem dos comportamentos, é a ação do organismo sobre o meio e o
efeito dela resultante – a satisfação das necessidades, ou seja, a aprendizagem depende do efeito da ação. O comportamento operante pode ser representado em termos R->S, sendo R a resposta e S o estímulo reforçador, que tanto interessa ao organismo. Tal estímulo é chamado de reforço. A interação é fundamental porque o organismo se comporta produzindo uma alteração ambiental que retroage sobre o indivíduo, alterando a probabilidade de uma nova ocorrência. Assim, a partir do behaviorismo acredita-se que agimos sobre o mundo em função das conseqüências criadas pela nossa ação.
Reforçamento:
Podemos então chegar a compreender que o reforço é toda e qualquer conseqüência que, seguindo uma resposta, altera a probabilidade futura de ocorrência de uma resposta.
Reforço positivo é todo evento que aumenta a probabilidade de uma resposta futura que o produz
Reforço negativo é todo evento que aumenta a probabilidade de uma resposta futura que o remove ou atenua.
O reforçamento positivo oferece algo ao organismo; o negativo permite a retirada de algo indesejável.
Vamos voltar para a caixa de Skinner. Agora, ao ser colocado na caixa, o ratinho recebe choques do assoalho. Após várias tentativas para evitar o choque, o ratinho chega à barra e, ao pressioná-la acidentalmente, os choques cessam. Com isso, as respostas de acionamento da barra tendem a aumentar de freqüência. Chama-se de reforço negativo tais respostas para a remoção de um estímulo aversivo.
A extinção é um processo no qual uma resposta deixa abruptamente de ser reforçada, diminuindo ou eliminando sua emissão. Assim, quando a pessoa que estávamos paquerando, deixa de nos olhar e passa a nos ignorar, nossas investidas tenderão a desaparecer.
Os dados de pesquisas mostram que a supressão do comportamento punido só é definitiva se a punição for extremamente intensa, isto porque aquilo que se pune, as causas, não são alteradas com a punição. A punição não altera a motivação; só suprime temporariamente a resposta.
Aprendizagem:
Para o behaviorismo a aprendizagem é uma resposta do organismo a estímulos externos e que se caracterizam pelo processo de condicionamento e de reforço.
- BOCK, A; FURTADO, O; TEIXEIRA, M. L. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 2002.
O Behaviorismo surgiu no início do século XXI, em oposição ao mentalismo. Em fins do século passado a ciência de modo geral começou a colocar uma forte ênfase na obtenção de dados ditos objetivos, em medidas, em definições claras, em demonstração e experimentação. (MATOS, 1993). Esta influência fez sentir na psicologia com a proposta
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