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BRASIL: NOVAS FORMAS DE SOCIOLOGIA CRÍTICA

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Por:   •  28/4/2014  •  Tese  •  737 Palavras (3 Páginas)  •  627 Visualizações

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JESSÉ SOUZA E A CONSTITUIÇÃO DA DESIGUALDADE SOCIAL

BRASILEIRA: NOVOS CAMINHOS RUMO A UMA SOCIOLOGIA CRÍTICA

A ideia deste texto é analisar a desigualdade social e a invisibilidade social, a partir da visão dos autores Jessé Souza e Fernando Braga da Costa. Tais autores analisam em suas obras os diversos atores sociais construidos na sociedade brasileira e a partir de noções como o personalismo, o familismo, o patrimonialismo e a explicação do jeito de ser brasileiro.

A sociologia de Jessé Souza provoca um desconforto inicial no leitor por desfazer com rapidez obras que há décadas são difundidas nas ciências sociais e que faziam parte do imaginário do povo, pois o autor crítica autores como Sérgio Buarque de Hollanda, Faoro e DaMatta e suas respectivas obras Raízes do Brasil (1936), Os donos do poder (1958) e Carnavais, malandros e heróis (1979). O que Jessé Souza pretendia não era causar desconfortos, e sim mostrar uma nova visão e apresentar teorias que possam explicar o Brasil e sua gente. Para o autor é necessário articular a história de vida desses sujeitos invisíveis na sociedade com teorias sólidas, buscar explicações macrossociológicas para compreender a constituição social dos brasileiros.

Jessé souza juntou teorias, consideradas por ele essenciais para descrever fenômenos sociais e compreender o processo de modernização periférica de países como o Brasil e de outros países da América Latina.

Souza iniciou um projeto em A modernização seletiva, acusando a falta de autenticidade da sociologia brasileira, ou seja, de “[...] uma abordagem sociológica que articula o iberismo com uma comparação superficial entre o Brasil e os Estados Unidos, desprezando a variedade dentro da modernidade ocidental e não levando suficientemente em consideração os elementos específicos da formação brasileira.” (AVRITZER, 2001, p. 166). Ele vai acusar as obras de Hollanda, Faoro e DaMatta de reproduzirem o modelo norte americano.

Jessé Souza critica obras de DaMatta, Faoro e Hollanda, porém, rende-se à teoria de Gilberto Freire e concorda com o pensamento deste autor. Gilberto Freire foi a maior referência da literatura brasileira para Souza, em sua construção da “teoria da ação social”. Souza encontrou nas ideias de Freire fundamentos para justificar o seu projeto em busca de uma sociologia crítica e que explique a constituição da modernidade periférica. Mesmo com o rompimento com alguns aspectos retratados nas obras de freire, souza não desfaz a importância deste autor sobre a formação da sociedade brasileira.

FERNANDO BRAGA DA COSTA: A INVISIBILIDADE SOCIAL E UMA

PSICOLOGIA (COM COMPROMISSO) SOCIAL

Fernando Braga da Costa faz uma psicologia crítica, com compromisso social, no livro Homens invisíveis: relatos de uma humilhação social ele mantém este compromisso. A postura crítica de Fernando Costa é essencial para que ele ofereça uma visão fiel da invisibilidade social brasileira.

No livro de Fernando da costa o autor seleciona métodos de coleta de dados para poder tratar da invisibilidade social de perto. A etnografia serve à psicologia e sustenta todo o caminho da investigação.

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