Biografia Rita Lee sob perpectiva desenolvimentista de Erick Erickson

ERIK ERIKSON - ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO - ESTUDO DE CASO

TAIS DA ROCHA PINTO SILVA

Após a leitura do livro "Rita lee: uma autobiografia", resolvi escrever sobre Rita lee Jones,

hoje com 71 anos de idade. Após uma vida intensa de "rock star" (como ela própria se

intitula) Rita vive hoje com seu marido Roberto em uma casa grande e afirma: "minha onda

agora é ser careta".

Nascida em 1947, Rita era a caçula de duas irmãs e apesar do estupro sofrido aos quatro anos,

ela teve uma boa meninez e adolescência, dentro de uma família presente e estruturada

(embora a mesma relatar um excesso de tolerância aos seus "desvios" por parte da família,

devido ao fato relatado), e demonstra uma maior afinidade com o pai, que contava ser um

homem muito "fechado" e que era a única pessoa capaz de receber carinhos e ser mimada por

ele. Apesar disso, Rita demonstrou, em sua puberdade, reflexos da produção de culpa,

características de um mal desenvolvimento da terceira fase.

Durante a puberdade, a cantora apresenta grande variância entre o desenvolvimento de

identidade e confusão de papéis, pois antes se identificava como Rito, o menino baiano e

relata o evento de sua primeira menstruação como um divisor de águas, já que antes se vestia

e levava a vida como um garoto e depois abraça toda a feminilidade esperada pela mulher, na

época. Apesar disso, Rita demonstra o desenvolvimento de uma ideologia fortíssima e relata

um fracasso acadêmico nas cadeiras escolares, mas um bom desenvolvimento na área

esportiva, além da musical. Apesar do fracasso ginasial, a compositora demonstrava um

compromisso muito grande com sua carreira musical (na qual era muito bem sucedida) desde

por volta dos seus 13 anos.

Sempre com uma personalidade muito forte, Rita demonstra uma rebeldia intensa durante

todos os períodos da vida, característica da identidade negativa. Na fase de jovem adulta,

apresenta um desenvolvimento muito positivo de intimidade, gerando virtudes como amor e

entrega afetiva. Fez parte, por muito tempo da banda "mutantes". A qual formou com grandes amigos, com quem estabeleceu, por longa data, uma relação consistente e duradoura, e

manteve um relacionamento estável com seu primeiro amor, Arnaldo, por quatro anos.

Tempos depois, por volta de seus 50 anos, já com a carreira bem estabelecida e estável,

casada com seu segundo marido (o qual é casada até hoje) e mãe de três filhos,