Bulliyng no Âmbito Escolar
Por: Dréa Nunes • 27/6/2017 • Trabalho acadêmico • 2.090 Palavras (9 Páginas) • 236 Visualizações
1 TEMA:
Realizaremos um estudo acerca do Bullying no âmbito escolar, e como o psicólogo educacional atua frente a essa necessidade.
2 DELIMITAÇÃO DO OBJETO:
O bullying é um dos grandes fatores de isolamento ou queda do rendimento escolar de crianças e adolescentes que passam por tal violência, estas vítimas podem apresentar doenças psicossomáticas e principalmente traumas que influenciaram seu crescimento psíquico e em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
Segundo TARDELI (2011) é de interesse da psicologia escolar intervir no combate e prevenção ao bullying, adotando métodos específicos em cada situação onde acontece, e tomando o fenômeno como algo que generaliza os aspectos sociais, familiares, escolares e individuais. Para que isso caminhe bem é fundamental a presença do psicólogo escolar/educacional, podemos citar:
O bullying é um assédio que geralmente ocorre no ambiente escolar entre pares. É definido como um continuado e deliberado maltrato verbal e atitudinal que uma criança sofre por parte de outras, que se comportam de modo cruel com ela com o objeto de ameaçá-la, assusta-la, e atentar contra sua dignidade. (TARDELI, 2011, p.96)
Segundo FREIRE (2012), o bullying é a forma de violência que mais vem ganhando espaço na sociedade e causando grande preocupação aos educadores, pais e a sociedade em geral, este fenômeno acontece de forma repetitiva e por um longo espaço de tempo, causando vários danos ao psiquismo dos envolvidos.
Ainda para TARDELI (2011), os tipos de bullying costumam ser físico: empurrões, socos etc., verbal: insultos, chacotas, entre outros, psicológico: são ações que tendem a destruir a auto-estima do sujeito e o social que seria o isolamento do grupo e a convivência deste. Não vamos esquecer também o Cyberbullying, onde esses ataques acima descritos ocorrem no ambiente virtual.
Para FERREIRA (2009), a educação dos jovens no século XXI tem se tornado algo muito difícil, devido à ausência de modelos e de referenciais educacionais, os pais de ontem, mostram-se perdidos na educação das crianças de hoje. Estão cada vez mais ocupados com o trabalho e pouco tempo dispõem para dedicarem-se à educação dos filhos. Esta, por sua vez, é delegada a outros, ou em caso de famílias de menor poder aquisitivo, os filhos são entregues à própria sorte. Os pais não conseguem educar seus filhos emocionalmente e, tampouco, sentem-se habilitados a resolverem conflitos por meio do diálogo e da negociação de regras. Optam muitas vezes pela arbitrariedade do não ou pela permissividade do sim, não oferecendo nenhum referencial de convivência pautado no diálogo, na compreensão, na tolerância, no limite e no afeto. A escola também tem se mostrado inabilitada a trabalhar com a afetividade. Os alunos mostram-se agressivos, reproduzindo muitas vezes a educação doméstica, seja por meio dos maus-tratos, do conformismo, da exclusão ou da falta de limites revelados em suas relações interpessoais. Assim, percebe-se que se o bullying não for identificado, tratado e evitado, pode produzir sérios danos psicológicos para as crianças envolvidas, tanto para as vítimas como para os agressores. Nesta perspectiva, torna-se essencial abordar o bullying numa perspectiva de prevenção, identificando fatores de risco e proteção a fim de desenvolver estratégias de intervenção e prevenção mais eficazes no contexto escolar.
Segundo Fante (2005), existe pouca conscientização sobre o bullying nos meios educacionais, evidenciando o despreparo para lidar com a violência, que é negada ou encarada como "normal" entre os educadores. As falas da supervisora, da diretora e das docentes refletiram a ausência de um posicionamento crítico em relação ao bullying. São imprescindíveis a sensibilização e o envolvimento da comunidade escolar na compreensão e redução do fenômeno.
Souza (2003) ressalta que na instituição de ensino, o psicólogo pode utilizar-se de diferentes técnicas e metodologias oriundas da Psicologia, desde a observação geral ou específica, passando pela entrevista aos diferentes personagens envolvidos com a escola, pela utilização de técnicas de dinâmicas de grupo e de avaliação psicoeducacional para diagnóstico e compreensão dos problemas de aprendizagem entre outras, as quais lhe proporcionarão subsídios para a efetivação de sua prática profissional, que deverá ser exercida com ética, compromisso e competência.
A prevenção pode ser iniciada por meio da capacitação dos profissionais, com o objetivo de compreender o bullying, bem como o conhecimento de estratégias de intervenção e prevenção, tais como: refletir sobre os valores humanos como: ética, cidadania e moral; valorizar o diálogo, respeito e as relações de cooperação; criação de um serviço de denúncia de bullying; criação de um estatuto contra o fenômeno; e encontros com a família (FANTE, 2005).
O programa de prevenção do bullying de Olweus (1993) atua em três níveis:
- O primeiro são intervenções a nível escolar – que abrangem a aplicação de instrumentos para avaliar a magnitude do bullying na escola, a formação de uma coordenação de prevenção do bullying – composta por representantes dos funcionários, estudantes, pais e corpo pedagógico –, a capacitação dos funcionários, o desenvolvimento de regras a nível escolar contra o bullying e o desenvolvimento de um sistema de supervisão coordenado durante o recreio;
- O segundo nível inclui as intervenções na sala de aula, onde são realizadas reuniões regulares dos alunos de cada turma sobre o bullying e sobre as relações entre os pares, e também reuniões de pais para informá-los e capacitá-los sobre o bullying.
- O terceiro nível abrange intervenções a nível individual com crianças agressoras e vítimas, bem como com os pais das crianças envolvidas.
Desta maneira, toda a escola é envolvida na identificação e na intervenção do bullying. Os estudantes tendem a se sentir mais confiantes para denunciar as ocorrências de bullying e os pais e professores são estimulados a apoiar o projeto anti-bullying, criando um ambiente escolar mais positivo e criando uma cultura que valoriza o respeito e a cooperação.
3 OBJETIVO GERAL
Conscientizar sobre as causas e as conseqüências do bullying, e principalmente prevenir e construir ações educativas contra o bullying na unidade escolar.
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