CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO BEHAVIORISMO RADICAL
Por: Ivonete Veloso • 20/4/2019 • Trabalho acadêmico • 2.575 Palavras (11 Páginas) • 507 Visualizações
SUMÁRIO
RESUMO 2
1. INTRODUÇÃO 3
1.1 BEHAVIORISMO 3
2. BEHAVIORISMO RADICAL 3
3. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DO BEHAVIORISMO RADICAL 7
3.1 COMPORTAMENTO 7
3.2 AMBIENTE 8
3.3 RESPOSTAS 8
3.4 ESTÍMULOS 8
4. ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO 9
4.1 COMPORTAMENTO RESPONDENTE 9
4.2 COMPORTAMENTO OPERANTE 9
CONCLUSÃO 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo trazer informações que se referem aos principais conceitos do Behaviorismo Radical que é uma vertente do chamado Behaviorismo Metodológico ou Clássico. Fala sobre o surgimento do Behaviorismo Radical; expressão introduzida por B.F. Skinner, que se refere à análise experimental do comportamento como ciência e como campo filosófico que permite observar a interação entre o indivíduo e o meio em que ele vive.
1. INTRODUÇÃO
Antes de tratarmos propriamente sobre o Behaviorismo Radical falaremos um pouco sobre o que é Behaviorismo.
1.1 BEHAVIORISMO
Antes de tratarmos propriamente sobre o Behaviorismo Radical falaremos um pouco sobre o que é Behaviorismo.
Do inglês Behavior (Comportamento) também conhecido como Comportamentalismo, Behaviorismo é o conjunto de abordagens que propõe o comportamento como objeto de estudo da psicologia. Surgiu como oposição ao estruturalismo (cujo objeto de estudo é a estrutura consciente da mente) e ao funcionalismo ( que tem como um dos fatores mais importantes no desenvolvimento, o ambiente), e é uma das três principais correntes da psicologia, juntamente com a psicologia da forma Gestalt (doutrina da psicologia baseada na ideia da compreensão da totalidade para que haja a percepção das partes). É uma corrente psicológica que não aprova qualquer relação com o sublime, mas que pretende estudar comportamentos objetivos que podem ser observados.
2. BEHAVIORISMO RADICAL
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990), autor e psicólogo norte americano, estudou na Universidade Harvard (1931), conduziu trabalhos pioneiros em psicologia experimental e foi quem propôs o Behaviorismo Radical.
Entre várias propostas de entendimento do que seria a psicologia (seus objetivos, seus métodos, seu papel na sociedade) encontramos o chamado “Behaviorismo Radical’”. Essa expressão, com as características conhecidas hoje foi introduzida por B.F. Skinner, em 1945, defendendo a análise experimental do comportamento. Contrapondo-se ao Behaviorismo metodológico, de cunho realista (que estabelece um objeto de estudo observável e mensurável), de Watson, o programa de Skinner adota os princípios do pragmatismo, cuja base é a de que a força da investigação científica reside não tanto na descoberta da verdade sobre a maneira como o universo objetivo funciona, mas no que ela nos permite fazer, ou seja, a grande realização da ciência é que ela permite dar significado a nossa experiência. Isso implica entender que o pragmatismo se preocupa com a funcionalidade do objeto real observável, mensurável, e não com a existência de um objeto real por detrás desses efeitos (BAUM, op.cit.; FURTADO, op.cit.).
Preocupado com as questões humanas Skinner acreditava que era possível construir um mundo melhor conhecendo o homem e a natureza humana de forma mais aprofundada do que como era proposto na psicologia de sua época. “Para ele por mais complexo que fosse o comportamento do ser humano era plausível estuda-lo de forma científica. Característica essa, marcante em seu pensamento. Ele enxergava a ciência como o caminho mais rápido e mais seguro para a construção do conhecimento. Enquanto outros, acreditavam que o comportamento humano era muito complexo para ser estudado cientificamente, ou que a subjetividade humana estava além do alcance da ciência”. (Moreira & Medeiros, 2007, p.211).
O Behaviorismo Radical de Skinner, campo filosófico da análise do comportamento adotado por vários psicólogos que surgiu na área da Psicologia como uma proposta filosófica e como um projeto de pesquisa, aproximou-se muito do pragmatismo, corrente de pensamento que sugeria a ideia de que algo é mais ou menos verdadeiro conforme nos permite demonstrar de forma eficiente o que é observado. Fazendo isso, Skinner afastava-se do positivismo lógico, propondo assim que a verdade deve ser alcançada em acordo comum entre os observadores. O que abria um leque importante de possibilidades para o Behaviorismo; entre elas, a de criar condições de estudar eventos privados, coisa que o Behaviorismo de Watson não considerava, mediante ao argumento de naquele momento não existir ainda tecnologia adequada.
O Behaviorismo Radical não se encaixa por completo em nenhuma escola filosófica de seu tempo, mas possui adequações com várias delas. Além do Pragmatismo, Skinner aproxima-se também do Darwinismo e de seu modelo selecionista. Para Darwin, as espécies são selecionadas naturalmente a partir do momento em que alcançam características que lhes permitam inter-relacionar-se de maneira eficiente com o ambiente que está em constante mudança.
Skinner diz que um processo semelhante acontece na aprendizagem de nossos comportamentos quando se refere ao conceito de Comportamento Operante, fortemente influenciado pelos estudos de Thorndike e a lei do efeito. Sabendo que comportamento é a interação entre o organismo e o ambiente, seriam selecionados apenas aqueles comportamentos que provocassem alterações no ambiente – que mais tarde foram nomeadas por Skinner como “reforço” -, de modo que sua ocorrência se tornaria frequente; ao passo que aqueles que não produzissem este mesmo tipo de consequências reforçadoras, reduziriam sua frequência, entrando em extinção.
Ao criar o conceito de Comportamento Operante, motivado pela ótica de Comportamento Respondente de Pavlov e Watson, Skinner exclui a necessidade de explicação para o comportamento que integrasse a metafísica (doutrina que busca o conhecimento da essência das coisas), ou que estivesse além dos elementos naturais. Deste modo, Skinner tornava-se um partidário do monismo materialista (aquele que acredita nas teorias filosóficas que defendem a unidade da realidade como um todo). E defende que o comportamento deve ser especificado por meio da observação e descrição das relações entre eventos naturais, como o organismo e o ambiente. Na visão de Skinner, ambiente é algo que vai além do habitual, ele define ambiente como tudo que está extrínseco a uma ação. Assim, o próprio organismo pode ser parte do ambiente.
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