Ciência da Psiquiatria
Artigo: Ciência da Psiquiatria. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Neocosta • 29/11/2014 • Artigo • 1.195 Palavras (5 Páginas) • 398 Visualizações
A Psiquiatria é uma saber medicamente institucionalizado e constituído a partir do século XVII, momento em que a loucura adquiriu um estatuto de doença mental (Filho,1992), portanto, uma ciência praticada por médicos, sendo que este utiliza-se de remédios neurolépticos (que têm a propriedade de produzir um estado de indiferença, reduzir os sintomas psicóticos e agir predominantemente sobre estruturas subcorticais), antipsicóticos e ansiolíticos, para avaliar o sofrimento mental, podendo estes também ser psicoterapeutas, se tiverem formação específica para tal exercício. A partir de então, a Psiquiatria preventiva foi sofrendo mudanças nas instituições da medicina mental, com conceitos assimilados também da antropologia, sociologia, psicologia comportamental e psicanálise, e com uma proposta terapêutica profilática, que aponta como objetivo de intervenção as relações sociais.
Psicologia é uma ciência que estuda os comportamentos, principalmente do ser humano, sejam eles aqueles considerados conscientes que envolvem experiências, conhecimentos, pensamentos e ações intencionais, e inconscientes que ocorrem num plano não absorvível diretamente. Em princípio, ligada à Filosofia, buscou posteriormente adotar um modelo cientificista, composto por métodos, teorias e técnicas psicológicas, não sendo considerada uma ciência médica. A psicoterapia ocupa-se com os problemas de desenvolvimento da pessoa, visando a sua integração sob diferentes aspectos: físico, emocional, cognitivo e social. O tratamento psicológico não é um tratamento psiquiátrico; o psicólogo não pode medicar. O psicólogo, porém não tem uma ação estritamente psicoterapêutica, delegada ao consultório psicológico e atendimento individual, familiar ou em grupo. Ele também está inserido em vários contextos, hospitais, comunidades, instituições, escolas, clinicas-escola, em equipes multidisciplinares e/ou interdisciplinares.
Psicanálise é uma ciência fundada por Sigmund Freud, onde considerava a Psicanálise como uma teoria psicológica, um método de investigação psicológica e um método terapêutico psicológico (ocupa-se em investigar e conhecer o funcionamento da mente e da natureza humana, numa viagem rumo ao desconhecido). O objetivo de estudo da Psicanálise é a psique, sendo que esta “não é uma coisa que existe na cabeça do individuo nem na cabeça coletiva. Ela simplesmente não tem lugar material. Psique é o que produz sentido nas coisas humanas, sejam individuais ou coletivas. (...) Sendo assim, estudar a psique não é um passatempo, nem é egoísmo elitista de gente rica” (Hermrmann, 1992:85). Um psicanalista ultiliza-se de um modo sob determinadas condições, para interpretar, na relação que estabelece com a pessoa, no aqui-agora, os fenômenos transferenciais e inconsciente.
Todos os aspectos acima desenvolvidos dizem respeito a algumas maneiras que encontramos para estar no mundo e nos relacionarmos, nos dando uma possibilidade de podermos acender algumas luzes, clarear alguns pontos, conviver com alguns outros obscuros. Ao observarmos e vivermos no mundo, percebemos que tudo na natureza está em constante movimento, sendo que os fenômenos e as pessoas envolvem contradições e elementos oposto. Reconhecer nossas limitações, em relação ao conhecimento acerca do mundo, de nós mesmos e dos outros.
A Psicologia da Saúde estabeleceu uma disciplina formal da Psicologia em 1978, mas a preocupação com a Psicologia na área da saúde, contudo, existe há mais tempo. A criação dessa nova área da Psicologia resultou do desafio feito, nos anos 30 do século XX, ao Modelo Biomédico que predominava desde o século XXII. Este modelo é visto como reducionista por separar mente e corpo. Prioriza a doença sobre a saúde, explicando tanto uma como outra. Na Europa no inicio do século XX, um grupo de psiquiatras, alguns formados em Psicanalise, propuseram o Modelo Psicossomático a partir de uma visão psicodinâmica, considerando que as doenças são causadas por fatores psicológicos, a exemplo do fenômeno da conversão histérica, em que conflitos emocionais causariam sintomas como paralisia, cegueira, surdez, perda e sensações de partes do corpo. Estudando assim o impacto de estados emocionais e respostas ao stress sobre o desenvolvimento de sintomas somáticos e doenças. Estabeleceu-se forma, a Medicina Psicossomática e sua versão mais atualizada á Psicologia Médica.
Nesse contexto, surgiu, na década de 70 do século XX, a segunda proposta psicológica na área depois da Medicina Psicossomática, a Medicina Comportamental que é o campo interdisciplinar que preocupa com o desenvolvimento e a integração dos conhecimentos e técnicas das ciências biomédica e comportamental relevantes para saúde e doença e a aplicação desses conhecimentos e técnicas para a prevenção diagnóstico, tratamento e reabilitação métodos da Medicina Comportamental têm se mostrado eficazes na modificação de comportamento e emoções, mostrando que é possível ensinar as pessoas a controlar vários
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