Comportamento Humano
Resenha: Comportamento Humano. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: forplayasas • 9/1/2015 • Resenha • 953 Palavras (4 Páginas) • 301 Visualizações
Primeiramente, definamos o que vem a ser “determinante” para a Análise do Comportamento. Determinantes são relações funcionais. Usualmente, a ciência trabalha com a determinação por “causa-e-efeito”, na qual temos que dada a ocorrência de um evento A, este causa a ocorrência do evento B, garantidamente e dentro de uma relação 1:1. Se eu aplico uma força X em um objeto de massa Y, com atrito W, o objeto se move em uma velocidade Z.
Influenciado por Ernest Mach, Skinner propôs que o comportamento deva ser analisado em termos de funções probabilísticas entre eventos ambientais e do organismo. As relações funcionais não implicam em garantia de 100% de ocorrência do evento B mediante o evento A. O evento B, isto é, o comportamento, pode ser função simultaneamente do fator determinante A, C, D, J, K etc. O comportamento é multideterminado (Chiesa, 2006, p. 96-121). E cada comportamento emitido depende diretamente do ambiente histórico e do ambiente imediato do emissor (Skinner, 1953/2005, p. 31).
Todo organismo é biológico, logo, o comportamento de um organismo depende da história evolutiva daquele organismo, que chamamos de filogênese. É por essa determinação que somos suscetíveis ao nosso ambiente (através de receptores exteroceptivos, interoceptivos e proprioceptivos). A filogênese determina uma porção de nosso comportamento, e dá a base para outras determinações. Neste âmbito estão as causas biológicas do comportamento e os reflexos biologicamente importantes, que outrora foram chamados de instintivos.
Todo comportamento ocorre em um contexto, em um local, em um determinado tempo. Todo comportamento opera sobre o mundo e assim o altera, o que por sua vez, também altera comportamentos subseqüentes. (Skinner, 1957, p.1). As alterações podem ser facilmente identificáveis, como quando você diz algumas palavras doces a alguém que você gosta, e assim recebe um tratamento igualmente afável em retorno. Também podem ser alterações triviais e pouco notáveis, como quando você lembra o nome de um velho amigo após fazer uma pergunta em pensamento sobre a data de hoje, que coincidentemente é a data do aniversário do seu amigo. O contexto evoca, de maneira probabilística, uma determinada gama de respostas. Entretanto, quem se comporta é um organismo, e um organismo, além da história da espécie, também carrega uma história de vida. Dependendo da história de vida, uma pessoa que acorda em pânico numa madrugada silenciosa, sem conseguir movimentar seu corpo, pode achar que está sendo abduzida por extraterrestres, como visto nos filmes, ou estar ciente de que está passando por um episódio de paralisia do sono, como diagnosticado pelo seu médico. Tudo depende do que ela conhece, do que ela acredita, instâncias que dependem inteiramente de sua história de vida. A história de vida do organismo, que chamamos de ontogênese, criada em cima das possibilidades da história filogenética, em contato com um contexto, determinam probabilisticamente o comportamento que ali ocorre, naquele instante. A história cria um repertório de comportamentos, o contexto faz com que determinados comportamentos sejam mais prováveis de ocorrer, e as consequências destes comportamentos os selecionam.
Quando se trata de humanos, grande parte da história de vida do organismo é social, ou seja, ocorre em contato com outros membros da espécie, em uma cultura. O contexto social antecede e ultrapassa a vida de uma pessoa. Práticas culturais são criadas e mantidas pelo comportamento sincronizado de um grupo de indivíduos. Grande parte de nossas práticas culturais são mantidas por comportamento verbal. Graças ao conhecimento acumulado por gerações sobre o efeito de determinadas contingências, hoje todo
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