Curriculo Integrado
Ensaios: Curriculo Integrado. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Deiseewill • 4/4/2014 • 387 Palavras (2 Páginas) • 302 Visualizações
Este artigo tem por objetivo contribuir para a reflexão sobre as concepções e diferentes bases
teóricas de propostas de organização curricular integrada presentes no meio educacional. Esse
discurso, que já fazia parte da história do currículo e do cotidiano de escolas, foi retomado em
período recente, como parte da retórica que orienta as políticas e as práticas curriculares na
atualidade e em função da divulgação do assunto pela literatura educacional da época. Tomando
como referencial de análise Bernstein (1996), Ball (1998), Ball e Bowe (1998), Dussel (2002),
Lopes (2002, 2005, 2008), Macedo (2002) e Lopes e Macedo (2002), este trabalho enfoca de
modo especial algumas modalidades de integração curricular propostas para a formação
docente.
Palavras-chave: Integração Curricular, Formação Docente, Conhecimento Escolar. Sob diferentes concepções e modalidades e refletindo distintas finalidades educativas e
sociais, o discurso sobre integração registra longo percurso na educação e na história do
currículo. Quase sempre relacionada à ideia de inovação ou de renovação educacional, a
integração é, em geral, associada à melhoria do processo de ensino-aprendizagem e à
maior compreensão da realidade e dos conteúdos culturais. Autores com diferentes
perspectivas teóricas defendem essa organização curricular, em contraposição à
fragmentação e à compartimentação do conhecimento.
Na década de 1990, o discurso sobre integração curricular foi retomado no Brasil e em
muitos países, no âmbito de propostas oficiais e de organismos internacionais como o
Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura –
UNESCO – e o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID – e como parte da
literatura divulgada por autores estrangeiros e brasileiros. As diretrizes curriculares,
elaboradas no movimento de reformas educacionais da época, preveem várias
modalidades de integração para a Educação Básica e a Formação Docente. Como
demonstram as análises de Lopes (2002) e de Macedo (2002), essas normas mesclam
diferentes concepções teóricas e distintos mecanismos de organização curricular
integrada.
Ao serem apropriadas e interpretadas em diferentes instâncias educacionais e no
cotidiano escolar, tais propostas são recontextualizadas e hibridizadas (Bernstein, 1996;
Ball, 1998; Dussel, 2002) àquelas
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