Diversidade e Inclusão nas Organizações
Por: 19901008 • 11/5/2016 • Resenha • 1.469 Palavras (6 Páginas) • 1.291 Visualizações
Diversidade e Inclusão nas Organizações
Claudio V. Torres
Amália Raquel Perez Nebra
O texto traz o tema sobre diversidade, e será apresentado algumas proposta a respeito do tema.
Torres e Pérez-Nebra (2004) ressaltam que o Brasil se destaca na literatura internacional como um dos principais exemplos de grupos culturais diversos que convivem e interagem em aparente harmonia. Dentro das organizações o tema diversidade ainda continua conquistando espaço. Mesmo que o Brasil se mostre como uma das figuras maiores econômicas globais, continua com indicadores sociais de umas das sociedades mais desiguais do mundo. No Brasil o campo de estudos em diversidade cultural, ainda esta no começo, com raras pratica sistematizadas na área de gestão de pessoas, contudo as leis, planos nacionais relacionados a mulheres, raça e ao homossexualismo e movimento político, não ligados somente as organizações “tradicionais”, mas também as escolas e outras instituições e contextos. É necessário que as organizações possam compreender sobre a diversidade e geri-la, alcançando o Maximo de vantagens.
Depois dos anos de 1980 dentro das organizações a maioria da força de trabalho tem modificado suas características, mas as primeiras mais duras foram na Europa no período de guerra e pós-guerra, quando as mulheres e os negros começaram a entrar no mundo das organizações, as organizações se diversificaram cada vez mais, depois dessa grande mudança. O aumento da diversidade da força de trabalho ocorre em dimensões como gênero, raça, nacionalidade, classe social, região cultural, idade, entre outras (Cascio, 2003). Também podemos observar que outro tema discutido é sobre os grupos dos migrantes, a qual tem trazido impacto no trabalho, e também a necessidade de desenvolvimento de competências interculturais, e tem ganhado cada vez mais espaço, mas discussões sobre diversidade.
Um mercado de recursos humanos diverso requer pessoal capacitado para geri-lo (Ferdman, 1995; Thomas; Ely, 1996). Embora no Brasil a diversidade no mercado brasileiro de recursos humanos seja uma realidade, são poucos os esforços observados que tratam diretamente da inclusão e da diversidade nas diversas classes: do profissional que atua nas políticas organizacionais ou na sua interação com a sociedade em geral. Inclusão significa que os membros de todos os grupos são tratados de forma justa, sentem-se incluídos, tem igualdade de oportunidades e são representados em todas as funções e níveis organizacionais (Hovino; Ferd, Merrill-Sands, 2004).
O coração do conceito diversidade se refere às diferentes formas de se pensar o trabalho e as organizações, assim como de se abordar as situações a ele relacionadas, que são profundamente enraizadas nas identidades sociais. Ao mesmo tempo, para a diversidade, as “[...] categorias, rótulos e identidades também importam, em si e por si [...]” (Ferdman; Sagiv, 2012, p.325).
Para Hayes (2002), inclusão se refere ao julgamento ou à percepção de aceitação das pessoas, sendo o sentimento de ser bem-vindo e valorizado como membro daquela organização nos diversos níveis. O sentimento de pertença a um grupo é fundamental para o individuo, e o foco da inclusão é esse: a pertença.
Podemos ver concordância entre a maioria dos autores: inclusão se relaciona a como o individuo percebe que esta sendo tratado (na e pela organização) por conta de características que o ligam aos grupos aos quais pertence, Omo raça, gênero, religião, etc. (Davidson; Ferdman, 2001; Ferdman, 2010). Então o que ira importar é o efeito de como tratamos o outro, e não o que queríamos ter feito. Mor Barak (2000) define também inclusão como a participação do individuo nos processos formais e informais da organização.
Agora já a exclusão social ainda é explicada por diversos enfoques teóricos, Pereira e Hanashiro (2010) sugerem a existência uma pratica institucionalizada de exclusão e discriminação, que tem resultados desastrosos para fatores como comprometimento organizacional, satisfação e significado do trabalho, etc.
Os aspectos subjetivos e objetivos da inclusão e da exclusão não podem ser dissociados (Hanashiro ET AL., 2011), as circunstancias estruturais das organizações podem ser interpretadas tanto como inclusão quanto exclusão.
Para Ferdman e colaboradores (2009), os elementos da experiência psicológica de inclusão são categorizados em cinco grupos:
- Valorização social.
- Influencia no poder de decisão.
- Envolvimento/engajamento no grupo de trabalho.
- Autenticidade.
- Reconhecer a diversidade.
Comportamento inclusivo são ações individuais e grupais resultantes ou provocadoras de políticas e procedimentos organizacionais, que promovem um clima inclusivo e são adotadas pelo individuo, pelos membros do grupo de trabalho e pela organização.
Podemos ver que para compreendermos melhor a definição de diversidade, vemos alguns conceitos básicos da psicologia social especificamente da cognição social. São três conceitos ligados aos temas: estereótipos, preconceito e discriminação. Estereótipo liga-se a caracterização de pessoas, mas sem julgamento; é um elemento cognitivo de organização. O preconceito apresenta o julgamento e a avaliação sobre essa caracterização (i.e gosto e não gosto). A discriminação é o ato, o comportamento ligado ao preconceito que, na tipologia de Gouveia e colaboradores (2006), se liga ao fato do individuo ter e estar em contexto onde essa demonstração seja possível, aceita ou viável.
Identidade grupal caracteriza-se na identificação física e cultural com um grupo, o que ocorre no contato com o grupo de oposição ou contraste (Tajfel; Turner, 1979; Taylor; Moghaddam, 1994). As pessoas se identificam e se classificam em diferentes motivos situacionais, algumas dessas categorias se tornam mais evidentes que outras em determinados momentos.
Identidade social é o conhecimento do individuo de que pertence a um grupo, acrescido de significação e valor emocional, podemos a estudar em dois níveis: pessoal e social. Esse processo ocorre na formação da identidade do grupo. Assim identidade organizacional caracteriza-se à representação em um dado período da historia do individuo associado a certo contexto social, a qual trás um sistema de características físicas, psicológicas, morais, jurídicas, sociais e culturais, resultando na definição da pessoa feita por ela mesma ou por outro.
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