Documentario As Margens do Corpo

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Faculdade Anhanguera de Brasília

Aluna: Fernanda Rodrigues de Souza

RA: 6658381983

Professora: Rachel Rabelo

Disciplina: Psicologia Forense

9ª Série Matutino

Estudo de caso

Documentário : À margem do corpo

1. Como ocorreu o caso?

O documentário relata a história real de uma jovem chamada Deusali, moradora da cidade de Alexania-Go. A Jovem teria sido estuprada de forma brutal e engravidado do então estuprador, Negro Vila, que foi preso posteriormente.  

Deusali, uma jovem pobre e que não tinha família por perto, decide buscar ajuda do Estado, a qual vem a sofrer diversos tipos de omissões, burocracias e erros na condução de seu caso. Ela deseja realizar aborto do feto por vias legais, e, enganada pelos médicos, fica semanas aguardando o procedimento no leito do hospital. Os médicos ministram remédios ineficazes, e Deusali acaba por dar a luz à criança.  Ela se muda para outra cidade onde começa a trabalhar como doméstica, engravida novamente, e, durante esta nova gestação, enfrenta um quadro de psicose puerperal que a induz matar sua própria filha. Ela forja um assassinato, que posteriormente é descoberto.

 Deusali é levada presa e, em meio a crises e a base de remédios, dá a luz a criança que é colocada a adoção. Algum tempo depois, Deusali falece.  

1. Segundo depoimentos, como era Deusali? Física, mental e psicologicamente

Conforme depoimentos, fisicamente Deusali era negra, estatura média, cabelo crespo, pouco bonita e de traços finos.

Em um dos depoimentos prestados por uma amiga da jovem, ela afirma ser Deusali capaz de forjar o próprio estupro.

O comandante da polícia militar, Walter Martins, afirma que Deusali era instável mental e psicologicamente e que fazia uso de 5 tipos de remédios controlados no período em que ficou detida, afirma que ela tinha visões e que conversava sozinha, passava noites sem dormir, via vultos e tinha crises convulsivas. Apresentava confusão mental.

1. Como era o comportamento de Deusali?

Deusali tinha alguns episódios de crises, uma das vezes, saiu correndo na rua como conta uma vizinha. Afirmava que “era o demônio que pegava ela”

Outra vez, quando assistia tv, deu um grito e caiu como afirma a patroa de Deusali. Falava com voz irreconhecível, se mordia, arrancava cabelo da cabeça.

Apesar dessas crises, depoimentos afirmam que Deusali era calma, falava baixo e era trabalhadora.

1. Na sua opinião, houve estupro?

Não houve prova suficiente para constatar o suposto estupro, além do que, segundo relatos, Deusali, durante crises, praticava em si as mesmas agressões apresentadas noutrora como resultado do estupro, quais sejam: mordidas pelo corpo, cabelo cortado etc.

1. Como a mãe do acusado justifica o fato?

A mãe do acusado nega a versão da vítima e diz que o filho é inocente. Tenta proteger o filho dizendo que outra pessoa que teria cometido o estupro, mas que ele teria entrado na casa e “apenas comido o feijão”. A mãe do acusado, em suas palavras, ameaça matar o juiz que prendeu o filho.

1. Como foi a postura dos profissionais?

Constata-se despreparo por parte dos profissionais no atendimento às vítimas de estupro.

A postura adotada pelos profissionais foi a de desrespeito à vontade de Deusali, por ex., no momento do aborto.

Os profissionais que cometeram algum erro de procedimento, jogaram a culpa a outros. Ex.: o médico legista culpou o judiciário.