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Durkein

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Por:   •  17/5/2013  •  1.789 Palavras (8 Páginas)  •  664 Visualizações

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Émile. Durkheim (1858-1917) -

Introdução

Durkheim foi um dos pioneiros na análise dos fatores coercitivos que levam o indivíduo, desde cedo, a se moldar segundo os parâmetros historicamente impostos pelo grupo social, no qual encontra-se circunstancialmente inserido. Esta estruturação do indivíduo segundo padrões preestabelecidos e exteriores ao próprio, perpassa pelo psicológico, pelo moral, pelos hábitos e costumes, pelo comportamento, enfim, por toda cultura. Tal processo é, até certo ponto, inconsciente, e será determinante no sentido de conferir um maior ou menor engajamento social (ou comprometimento) do indivíduo nos processos coletivos que permeiam as atividades sociais.

Este autor se preocupa em analisar a maneira pela qual o meio social, através de aparelhos de coerção e da própria instituição educativa, contribui para regular, controlar e moldar permanentemente os comportamentos individuais, tornando os processos coletivos aparentemente harmônicos e estáveis. Esse processo de coerção do indivíduo acontece desde cedo, sendo primordial para a garantia da coexistência pacífica entre os indivíduos que, por sua vez, tornará possível uma convivência coletiva estável e pacífica.:

O indivíduo ingressa na sociedade no momento em que, dentro dela, nasce. No mesmo instante de seu nascimento, ele começa a ser moldado pelas instituições que compõem a sociedade: primeiramente, o indivíduo sofre influência da própria família (caso possua uma); depois, mais tarde, de seu bairro, amigos, de sua escola, seu trabalho, sua igreja, etc. A partir daí, o indivíduo assimila (ou não), os hábitos, a moral, os costumes, enfim, toda forma de lei não escrita que rege a convivência de seu grupo. Geralmente, o indivíduo procura agregar as regras do grupo ao seu sistema individual de valores, procurando agir em conformidade com o grupo, pois sabe que estará às margens do mesmo se assim não o fizer. Quando o processo acima mencionado não chega a acontecer adequadamente, o indivíduo se marginaliza em relação aos processos sociais coletivos.

O fato social encontra-se intrinsecamente relacionado aos processos culturais, hábitos e costumes coletivos de um determinado grupo de indivíduos ou sociedade. Tais elementos, além de conferir unidade e identidade ao grupo social, serve de controle e parâmetros às atividades individuais que, em princípio, não devem causar desarmonia no corpo social,ou melhor, na convivência oriunda das relações individuais.

O Objeto da sociologia de Durkheim é o:

Fato social _ De acordo com o autor definido como: “as maneiras de agir, de pensar e de sentir, que tenham um caráter coletivo.”ou em outras palavras, “Toda a crença, todo comportamento instituído pela coletividade”.

As características do fato social são:

Generalidade: revela a natureza de coletividade de grupo.

Exterioridade:– independem da vontade ou da adesão

Coercitividade – a pressão social exercida sobre o indivíduo, para que ele participe do fato social. Esta pode ter o caráter de sanções legais (previstas por lei) ou espontânea (morais).

O fato social normal são aqueles que não extrapolam os limites dos acontecimentos mais gerais da sociedade. O aborto e o crime, por exemplo, são considerados como normais, porque sempre irão existir.

O fato social patológico quando avança esta taxa dita ‘normal’. Numa sociedade isolada das grandes civilizações são aceitas certas atitudes, comportamentos e costumes que são ‘normais’ aos habitantes desta, Para Durkheim, um fato social se torna patológico quando atinge grandes dimensões e ameaçam a sociedade. O crime (que pode ser definido como a transgressão da lei), por exemplo, é considerado um fato social normal já que é um fenômeno social observado em praticamente todas as sociedades. O crime só se torna um fato social patológico quando assume proporções exageradas. Assim, estes fatos sociais patológico são aqueles que se encontram fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente.

Consciência coletiva:

É o conjunto de crenças, sentimentos e valores aceitos pela média dos membros de uma sociedade. Ou seja, é um sistema de representações coletivas. Forma moral vigente na sociedade. Esta aparece como um conjunto de regras fortes estabelecidas que atribuem valor (bom x mal, certo x errado, virtude x pecado) e delimitam os atos individuais. É a consciência coletiva o que define em uma sociedade o que é moral, amoral, aprovável, reprovável ou criminoso. Por ex. na linguagem, nas práticas de trabalho.

Anomia:

É a ausência, desintegração ou inversão das normas vigentes em uma sociedade, neste caso, a consciência “perde” os parâmetros de julgamento da realidade. Ela vai acontecer em momentos extremos, tais como: guerras, desastres ecológicos, econômicos etc. A este sistema Durkheim chama: “consciência coletiva”.

Divisão do trabalho social:

É a organização da sociedade em diferentes funções, exercidas pelos indivíduos ou grupos de indivíduos. Nas sociedades mais simples, predomina a divisão social do trabalho baseada, principalmente, em critérios biológicos de sexo e idade.

Ao tentar definir o que é a sociedade o autor se pergunta:

Como pode uma coleção de indivíduos constituir uma sociedade?

O autor não trabalha com o conceito de conflito para ele a sociedade é fundamentada no consenso. Então, como se chega a essa condição de existência social consensual? Durkheim responde essas duas perguntas distinguindo duas formas de solidariedade: a Mecânica e a Orgânica.

Solidariedade Mecânica – Característica de Sociedades Simples – consciência coletiva forte e divisão do trabalho social fraca (sexo, idade). As sociedades primam por seu coletivismo e são independentes do trabalho do outro.

Solidariedade Orgânica - sociedades mais complexas.Estas resultam das crescentes divisões do trabalho social. Assim os indivíduos são mais especializados e portanto interdependentes. E é isto o que garante a coesão social. A consciência coletiva é fraca e a a divisão do trabalho social, da especialização do trabalho aumenta e portanto o indivíduo desenvolve maior autonomia pessoal

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