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ESTUDOS DISCIPLINARES PSICOLOGIA COGNITIVA

Por:   •  14/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.189 Palavras (17 Páginas)  •  3.194 Visualizações

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ESTUDOS DISCIPLINARES

PSICOLOGIA COGNITIVA

EXERCÍCIO 01:

Os trechos abaixo foram retirados da entrevista que Judith Beck concedeu a jornalista Simone Iwasso e plublicada em 22/10/2006 no jornal "O Estado de São Paulo".

Jornalista: É uma psicoterapia bastante criticada e também elogiada por ser pragmática, baseada em regras e com resultados de curto prazo. Para alguns é uma versão americanizada de terapia. Essa é uma leitura superficial ou o objetivo é este mesmo?

J. Beck: Sim, é mesmo uma psicoterapia bastante pragmática, é focada na resolução de problemas e ajuda as pessoas a mudarem sua visão, suas respostas e seus pensamentos. É uma resposta muito melhor, não só porque é feita em pouco tempo, de curta duração, mas porque é eficaz. Acredito que nem todas as pessoas precisam ficar discutindo sua infância, elas precisam aprender a ser seu próprio terapeuta. Não é suficiente ir ao consultório e falar. Não é fazendo isso que a pessoa muda, que os problemas se resolvem. O necesssário é fazer pequenas mudanças todos os dias.

Jornalista: Os problemas mentais têm mudado? Mudou o perfil dos pacientes ao longo dos anos?

J. Beck: Parece que temos mais pessoas com problemas psiquiátricos, mas parte disso é porque as pessoas estão mais dispostas a procurar ajuda, apesar de ser ainda um estigma. Percebo que há uma disposição, uma conscientização maior. Mas temos visto um aumento de algumas coisas, como os disturbios alimentares...

Considere agora as afirmações que se seguem e escolha aquela alternativa que contém afirmações sobre a Terapia cognitiva e suas aplicações que estão presentes no techo da entrevista:

I - A Terapia cognitiva é orientada para metas específicas.

II - A Terapia cognitiva permite que o cliente teste seus presupostos no seu contexto de vida.

III - Para que haja resultados é essencial falar sobre a infância.

IV - Os clientes devem aprender que a melhora é conseguida quando vêm a si próprios como colaboradores ativos no contexto terapêutico.

A (  )         É verdadeiro o que se afirmar em apenas I.

B (  ) É verdadeiro apenas o que se afirma em II.

C (  ) É verdadeiro apenas o que se afirma em I e IV.

D (  )         É verdadeiro apenas o que se afirma em II e IV.

E ( X ) É verdadeiro apenas o que se afirma em I, II e IV.

Justificativa:

 A alternativa II está incorreta pois afirma que para que haja resultados é essencial falar sobre a infância, entanto é importante salientar que a terapia cognitiva não desconsidera a história de vida do paciente, mas enfatiza o presente pois quer provocar mudanças aqui-e-agora. O passado é trazido em três situações típicas: quando o paciente tem grande interesse nele; quando o foco no presente não provoca mudanças significativas ou quando há a necessidade de entender a relação de causas e efeitos entre o passado e o presente.

EXERCÍCIO 02:

Por ocasião da morte de um amigo, Maurício de Souza escreveu uma crônica cujo trecho segue: " Hoje acordei me sentindo diferente. Pensando na vida, mas sem conseguir olhar para o futuro. Não conseguia rir, encantar com o que está em volta de mim. Estranhei meu estado de espírito. Eu não sou assim! Vivo me orgulhando de ter apenas alguns poucos minutos de baixo-astral durante um ano todo... Mas hoje a coisa pegou. eu me arrastei pela manhã e pela tarde sem emoções, sem entusiasmo, sem planos, sem vontades. e por mais que buscasse motivos, não me lembrava de nenhum que pudesse ter baqueado assim. Os problemas que eu me lembro ter, já os processei. E sinto que posso resolvê-los com decisões ou com suas eventuais alterações. então, o que estava me arrastando para um sentimento de solidão, de tristeza, de falta de perspectivas? Nunca me senti assim, antes..." Mauricio de Souza - site www.monica.com.br/mauricio/cronicas  

 

Tomando como referência o trecho da crônica acima, afirma-se:

I - O terapeuta deveria levar o autor a identificar a situação problema, os pensamentos aflitivos ligados a ela, bem como as reações ativadas por estes pensamentos. Depois, poderia levá-lo a responder de forma mais efetiva a tais pensamentos;

II - O Terapeuta deveria identificar, com a ajuda do autor, a ocorrência da morte de um amigo, passaria a perseguir os pensamentos automáticos associados a tal situação e o ajudaria a responder a eles de forma mais efetiva;

III - O Terapeuta deveria apontar ao autor que seu pensamento automático provavelmente estaria relacionado à perda de um amigo e que deveriam avaliar, testar a validade de seus pensamentos, para que se sentisse melhor;

IV - Se o registro dos pensamentos disfuncionais (RPD) tivesse sido feito pelo autor, com a orientação do terapeuta, ele poderia ter conseguido identificar sozinho, a situação problema (morte de um amigo), os pensamentos automáticos (imagem de alguém arrasado; "nunca serei capaz de dar conta disso"), as emoções (tristeza, solidão, falta de perspectiva, ausência de vontade, de entusiasmo...) e os comportamentos (sem rir, sem cantar, sem se encantar...)) associados a ele e como deveria responder mais efetivamente aos seus pensamentos (se eu continuar supondo que não conseguirei enfrentar tal situação, provavelmente, eu não consiguirei ter as lembranças boas relacionadas ao meu amigo);

V - O terapeuta, ao invés de avaliar o pensamento automático, falaria sobre a morte, buscando ajudar o paciente em resolução de problemas, já que se mostrou inábil para enfrentar a morte do amigo.

A (  )        Apenas a afirmação I está correta.

B (  ) As afirmações III e IV estão corretas.

C ( X ) As afirmações I, II e IV estão corretas.

D (  ) Apenas a afirmação V está correta.

E (  ) Apenas a afirmação IV está correta.

Justificatica:

O paciente frequentemente não percebe o efeito de seus pensamentos automáticos. Isso ocorre em função das características próprias destas cognições.

O RPD (Registro de Pensamentos Disfuncionais) é uma das principais ferramentas que um terapeuta cognitivo utiliza para que os seus pacientes avaliem e respondam, por escrito, aos seus pensamentos automáticos,é uma atividade que pode ser utilizada como uma tarefa de casa,proporciona uma oportunidade ao paciente para consultar importantes notas de terapia durante as próximas semanas, meses ou até mesmo anos,é uma minuta que ajuda o paciente a responder mais efetivamente a seus pensamentos automáticos, reduzindo assim a sua disforia.

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