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TEMAS EM PSICOLOGIA SOCIAL ESTUDOS DISCIPLINARES

Por:   •  7/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.643 Palavras (7 Páginas)  •  1.563 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

Temas em Psicologia Social

AIRTON MOLENA - RA T7820H-8

DANIELY DE SOUZA DUARTE - RA T7826A-4

DENISE GOMES VIEIRA – RA T8225H-6

GISELLE BOTELHO GONÇALVES - RA T7459G-2

 

 

TEMAS EM PSICOLOGIA SOCIAL

ESTUDOS DISCIPLINARES

Diversas visões de Identidade, e na psicologia por Ciampa

Professor Orientador:

Profa. Msc. Andréa Siomara de Siqueira Breches

SÃO PAULO

2018


Sumário

1.        INTRODUÇÃO        3

3.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        8

Figuras

Figura 1: Conceito de Identidade por vários autores        4


  1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem a finalidade de propiciar uma sólida formação geral, necessária para que o futuro graduado possa vir a superar os desafios de renovadas condições de exercício profissional e de produção do conhecimento, Nesse sentido o trabalho se fundamenta no cruzamento das teorias estudadas em sala de aula e alguma demonstração cultural que pode abranger diversas formas e meios, como por exemplo: cinema, música, teatros, etc.

Com o intuito de indicar o cruzamento entre teoria e prática, o trabalho prove o aluno de graduação de competências e habilidades específicas para abordar, com visão inter e multidisciplinar, problemas de sua área de atuação profissional, com grau crescente de complexidade à medida em que ele progride em sua formação.

Ao abordar outra área, o trabalho, proporciona aos estudantes oportunidades para estabelecer conexões entre as diferentes áreas do conhecimento visando a solução de problemas; d. estimular práticas de estudo independente, visando uma progressiva autonomia profissional e intelectual do aluno (conf. Estudos disciplinares, Unip, 2015).

Um dos temas abordados no segundo bimestre, o primeiro, foi a Identidade. Acredita-se que é de fundamental importância, até por ser o primeiro, para a sustentação dos demais temas estudados. Dessa forma, escolhe-se este tema começando com o tema base, de Ciampa (CIAMPA, 1984), mas se estende para outras áreas, mostrando a multidisciplinaridade e importância do tema. Até como a proposta do trabalho, conforme acima.

Uma coisa é clara: a identidade tornou-se uma palavra-chave largamente estudada e de relevância sociopolítica da pós-modernidade. A justificativa ampara-se na ambiguidade da palavra e/ou no entendimento de que a identidade é um problema em meio à crise, ao deslocamento, à incerteza. Por isso, o anseio em falar sobre identidade é um sintoma da pós-modernidade (MERCER, 1990) que se propaga contemporaneamente. Mas, nem sempre foi assim. Bauman (2005, p. 22-23) relembra que, antes do século XX, os debates acerca da identidade eram “unicamente um objeto de meditação filosófica”(MORESCO; RIBEIRO, 2015, p. 169).


  1. DIVERSAS VISÕES DE IDENTIDADE E NA PSICOLOGIA POR CIAMPA

Segundo as aulas e Wonsoski (2015, p. 1) “Os estudos sobre identidade devem considerar dois aspectos: sua interdisciplinaridade e sua definição. Sobre o primeiro percebe-se que o termo identidade está em diversas ciências, sendo estudado por vários autores”.

Esse tema é de relevante interesse e importância, pois autores da sociologia moderna, como Hall e Bauman, colocam a Identidade do sujeito pós-moderno da atualidade, na qual essa identidade passa a ser fragmentada, em que um indivíduo pode conter várias identidades, algumas vezes contraditórias ou não resolvidas (WONSOSKI; DOMINGUES, 2015). Sendo assim, para os estudantes de psicologia é de fundamental importância essa discussão para se ter clara as possibilidades de variantes podem ser encontradas com os clientes.

“Uma identidade coesa, firmemente fixada e solidamente construída seria um fardo, uma repressão, uma limitação da liberdade” (BAUMAN, 2005, p.60, apud WONSOSKI; DOMINGUES, 2015, p. 2), isso pode exemplificar que pode-se encontrar problemas existenciais e emocionais tanto em pessoas com ou sem uma identidade coesa.

“Identidade” significa aparecer: ser diferente e, por essa diferença, singular — e assim a procura da identidade não pode deixar de dividir e separar. E no entanto a vulnerabilidade das identidades individuais e a precariedade da solitária construção da identidade levam os construtores da identidade a procurar cabides em que possam, em conjunto, pendurar seus medos e ansiedades (...) (BAUMAN, 2003, p. 21, apud MORESCO; RIBEIRO, 2015, p. 175).

Para o psicólogo Antônio da Costa Ciampa, autor estudado em sala de aula, a pergunta “Quem sou eu?” é um questionamento que remete à identidade e a narração da resposta pelo sujeito é feita de modo em que ele é autor e personagem da história (WONSOSKI; DOMINGUES, 2015). Assim, identidade se constroem frente às consequências das relações que se dão, e também das condições dessa relação, pois só se os pais se comportarem como pais que se caracterizará uma relação paterno-filial.

Figura 1: Conceito de Identidade por vários autores

Autor

Conceito

fonte

Ciampa (1984, 2007)

como psicólogo,

compreende a identidade como metamorfose (constante transformação). “identidade é o reconhecimento de que é o próprio de quem se trata; é aquilo que prova ser uma pessoa determinada, e não outra.”

“Uma totalidade contraditória, múltipla e mutável, no entanto, una.”

Wonsoski e Domingues  (2015)    

Hall (2011) e Bauman (2001, 2005)

Como sociólogos, Hall (2011) e Bauman (2001, 2005).

Wonsoski e Domingues  (2015)    

GIDDENS (1991); JACQUES (1998); BOURDIEU (2003)

“conceito de si”, “representação de si” e “sentimento pessoal”, analisando-as sob a perspectiva de identidade social e pessoal, como atributos específicos do indivíduo e/ou características que assinalam a pertença a grupos ou categorias

Moresco e Ribeiro (2015)  

CANCLINI (1995); HALL (2001); KELLNER (2001); BAUMAN (2005); SILVA (2014)

“sentimento de pertencimento de realidades” e “conjunto de significados compartilhados”

Nesta perspectiva, a identidade é compreendida como culturalmente formada, um posicionamento e não uma essência, ligada à discussão das identidades culturais, nacionais e as que se formam por sentidos cambiantes e contínuos do cotidiano do sujeito

Moresco e Ribeiro (2015)  

BHABHA (1977); CANCLINI (1995); MARTÍN-BARBERO (2010)

Nesse intercâmbio cultural entre os sujeitos na qual a sociedade está embebida – também chamado de interculturalidade – destaca-se a importância da identidade enquanto narrativa.

Entende-se que toda identidade é gerada e constituída no ato de ser narrada como uma história, no processo prático de ser contada para os outros. E a metodologia dos Estudos Culturais chama a atenção para os impactos das relações e dessa interculturalidade que se articulam entre cultura, identidade e mudanças sociais contemporâneas.

Moresco e Ribeiro (2015)  

Foucault (2000)

No entanto, as identidades sociais podem ser conflitantes, pois um sujeito pode possuir duas ou mais identidades, entrando em contradição devido às relações de poder na sociedade

Moresco e Ribeiro (2015)  

Woodwardv (2014, p. 09-10)

Fundamenta a ideia de que a identidade é dependente de outra identidade para sua existência. A identidade é relacional, ou seja, depende de algo exterior a ela para existir, de uma identidade que ela não é, logo, diferente da mesma. Para a autora, a identidade, portanto, é marcada pela diferença que pode ser mais importante que outras, de acordo com casos e/ou grupos particulares.

Assim, a construção da identidade é simbólica e social.

Moresco e Ribeiro (2015)  

Cuche (2002)

a identidade existe como uma forma do sujeito se localizar em um sistema social e ser localizado socialmente. Porém, a identidade é, ao mesmo tempo, uma estratégia de inclusão e um mecanismo de exclusão: ela situa o indivíduo em um grupo social (no qual o sujeito se assemelha e/ou se identifica) e o distingue dos demais grupos (no qual o sujeito é diferente ou não possui determinada característica). Dessa forma, Cuche (2002) acredita que a identidade torna-se uma modalidade de categorização baseada na diferença cultural.

Moresco e Ribeiro (2015)  

Bhabha (1998, p. 85).

Essas identidades binárias, bipartidas, funcionam em uma espécie do reflexo narcísico do Um no Outro, confrontados na linguagem do desejo pelo processo psicanalítico do identificação. Para a identificação, a identidade nunca é um a priori, nem um produto acabado; ela é apenas e sempre o processo problemático de acesso a uma imagem da totalidade.

Bhabha apresenta a discussão da identidade sob a abordagem filosófica como autorreflexão; e a visão antropológica da diferença da identidade humana enquanto a divisão natureza/cultura.

Moresco e Ribeiro (2015)  

Bauman (2005, p 25)

as identidades se tornam voláteis, algumas por escolha própria, outras lançadas por outras pessoas e entidades, segundo o autor. Para ele, o enfoque da identidade nasce da crise de pertencimento, da lacuna entre o “deve” e o “é”.

Questionar “quem você é” só faz sentido ao acreditar que “possa ser outra coisa além de você mesmo”.

Moresco e Ribeiro (2015)  

Fonte: Criado pelos autores

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