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Introdução ao estudo da Psicologia: Psicologia científica e senso comum

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Por:   •  24/6/2013  •  Trabalho acadêmico  •  2.344 Palavras (10 Páginas)  •  1.106 Visualizações

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AULA 1

Introdução ao estudo da Psicologia: Psicologia científica e senso comum.

Objetos de estudo da Psicologia. Fenômenos psicológicos.

Conceitos a serem desenvolvidos:

O que é ciência? Atividade eminentemente reflexiva, que procura compreender, elucidar e alterar o cotidiano, a partir de estudos sistemáticos. “Compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação de sua validade.” (Bock, 2002, p. 19)

Psicologia científica - Desde William James e de Wundt, a psicologia se considera como disciplina científica. Diante dessa afirmação há dois questionamentos evidentes: 1) O que é psicologia? 2) O que os psicólogos entendem por ciência? Se acompanharmos a história da psicologia, perceberemos que essas duas perguntas tiveram (e ainda têm) uma infinidade de respostas, o que, muitas vezes, alimentou a crítica à pretensão científica da psicologia.

O que é psicologia? Um breve olhar sobre a história da psicologia revela que essa pergunta pode ser respondida de diversas maneiras. Não cabe aqui analisar cada uma dessas respostas, o que possivelmente nos conduziria à desconfortável conclusão de que cada psicólogo pode escolher a resposta que mais lhe agradar.

Segundo VIEGAS (2007), são quatro os tipos do conhecimento:

Ideológico ou senso comum => conhecimento passado de geração em geração.

Religioso => origem do homem, seus mistérios e princípios morais.

Filosófico => origem e o significado da existência humana.

Científico => Conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Deve ser obtido de maneira programática, sistemática e controlado, para que se permita a verificação de sua validade.

Psicologia do senso comum => se adquire informalmente - não proporciona diretrizes para a avaliação de questões complexas. As pessoas geralmente confiam muito na intuição, na lembrança de experiências pessoais ou nas palavras de alguma autoridade.

Psicologia: origens e objetos

Origem => Surgiu enquanto ciência a partir do 1º laboratório criado por Wilhelm Wundt.

Objetos => comportamento e processos mentais.

Comportamento => toda forma de resposta ou atividade observável realizada por um ser vivo.

Processos mentais => experiências subjetivas – sensações, percepções, sonhos, pensamentos, crenças, sentimentos.

“Ciências Psicológicas”

A Psicologia possui diferentes objetos de pesquisa.

Escola behaviorista => estímulos ambientais, os experimentos. Dedica-se ao estudo das interações entre o individuo e o ambiente, entre as ações do individuo (suas respostas) e o ambiente (as estimulações). S ―> R

Escola gestaltica => os mecanismos da percepção e sua influência sobre o comportamento humano; Para os gestaltistas, entre o estimulo que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de percepção. O que o indivíduo percebe e como percebe são dados importantes para a compreensão do comportamento humano.

Escola psicanalítica => comportamento anormal e suas injunções inconscientes.

Por fim a “Psicologia Jurídica” => seu objeto de estudo localiza-se nas relações e interações entre o indivíduo, o Direito e o Judiciário. (psicossocial)

Psicologia: origens e objetos

A história da psicologia enquanto ciência inicia-se em 1879 quando na Universidade de Leipzig, Alemanha, o médico, filósofo e psicólogo alemão, Wilhelm Wundt, funda o primeiro grande laboratório de pesquisa em psicologia. Antes de Wundt a psicologia era tida, simplesmente, como um ramo da filosofia.

Em sentido lato, a psicologia teria por objetos de pesquisa o “comportamento” e os “processos mentais” de todos os seres vivos. (DAVIDOFF, 2001; MORRIS; MAISTO, 2004; MYERS, 1999) Define-se por comportamento toda forma de “[...] resposta ou atividade observável realizada por um ser vivo.” (WEITEN, 2002, p. 520) Por seu turno, processos mentais aludiriam às “[...] experiências subjetivas que inferimos através do comportamento – sensações, percepções, sonhos, pensamentos, crenças, sentimentos.” (MYERS, 1999, p.2)

“Ciências Psicológicas”

A partir de uma reflexão epistemológica mais precisa, verifica-se que a Psicologia possuiria, de fato, diferentes objetos de pesquisa e, por conta disto, diferentes métodos e técnicas de pesquisa. Nas palavras de Japiassu: “Por isso, talvez fosse preferível falarmos, ao invés de “Psicologia”, em “Ciências Psicológicas.” (1983 p.24-6)” Por exemplo, no que concerne aos processos mentais podemos citar os mecanismos da percepção e sua influência sobre o comportamento humano (objeto da escola gestaltica ); em relação ao comportamento anormal e suas injunções inconscientes, as pesquisas da escola psicanalítica . No que pese o comportamento e suas relações com os estímulos ambientais, os experimentos da escola behaviorista e assim sucessivamente.

Por fim, recentemente na história da Psicologia no Brasil institucionalizou-se, a partir das possibilidades (e, concretamente, das demandas) interdisciplinares entre o Direito, o Judiciário Brasileiro e a Psicologia, um novo e vasto campo de pesquisa; uma nova prática para o psicólogo: a “Psicologia Jurídica”. Seu objeto (que, a nosso ver, carece ser precisado) localiza-se nas relações e interações entre o indivíduo, o Direito e o Judiciário. Na busca pelo ideal de Justiça e pela promoção dos direitos humanos, o psicólogo surge, portanto, como um ator importante, contribuindo, a partir do seu saber e da sua prática, para a afirmação da dignidade humana.

Psicologia científica e psicologia do senso comum

Todos nós usamos o que poderia ser chamado de psicologia de senso comum

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