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Enrique Pichon Riviére

Por:   •  14/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.325 Palavras (14 Páginas)  •  602 Visualizações

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UNIVERSIDADE POSITIVO

IGOR MATHEUS DO PRADO

JOÃO VITOR ALVES FERREIRA

KURT LEWIN E PICHON RIVIÈRE

CURITIBA

2016


Pichon Riviére

Enrique Pichon Riviére nasceu em Genebra (Suiça) em 25 de junho de 1907, mas foi naturalizado na Argentina, e morreu em Buenos Aires em 16 de junho de 1977 com 70 anos.

Aos três anos de idade mudou-se para a região do Nordeste na Argentina com sua família onde passou toda sua infância e adolescência. A razão da imigração de Enrique juntamente com seus cinco irmãos, e seus pais é desconhecida. De qualquer forma, o pai fixara-se na província de Corrientes onde iniciou seus trabalhos como cultivador de algodão. Vale lembrar que, dado o contexto de Pichón em sua infância, aprendeu primeiro a falar em francês, depois em guarani e por último em espanhol.

Em 1924 começou a estudar medicina na cidade de Rosário, onde tem seu primeiro emprego como instrutor de hábitos seguros em um prostíbulo. Estou também estudou antropologia, mas finalmente decidiu pela psicanálise e psiquiatria. Antes de concluir seus estudos em 1936, ele trabalhou como psiquiatra no Asilo Torres por oligofrênicos, na província de Buenos Aires. Mudou-se para Buenos Aires, onde ele trabalha em outro hospital para o doente mental e também funciona como um jornalista no jornal Critica (1936). Uma vez recebido vai trabalhar no Asilo da Misericórdia (agora Neuropsychiatric José Tomás Borda), onde ele trabalhou por 15 anos. No Hospício de la Merced, um de seus primeiros trabalhos é organizar grupos de enfermeiros e instrui-los no tratamento de paciente, porque naquela época um dos principais problemas foi o abuso de ignorância entre enfermeiros para os pacientes. Nestas circunstâncias desenvolveu a técnica de Grupo de Operações. Nesses grupos eram discutidos com enfermeiras os diferentes casos, isso foi feito para dar-lhe uma visão geral da psiquiatria. Deixou os últimos estudos para desenvolver a sua carreira como um psiquiatra e psicanalista, tornando-se um dos introdutores da psicanálise na Argentina. Na cidade de Goya, em Corrientes, teve seu primeiro contato com a obra de Freud, na escola secundária.

Como estudante de medicina articula a então concepção moderna à época: a psicossomática. Na Psiquiatria inclui todos os desafios da Psiquiatria Dinâmica e da Psicanálise e como Psicanalista incentiva seus colegas a trabalharem com a loucura, a psicose. Entre 1938 e 1947 trabalhou como Chefe de Interdisciplinar Psicoasistencial Hospital, em seguida, levado para outro lugar dentro do centro de saúde, onde permaneceu por 6 anos.

Em 1942 tornou-se um dos fundadores da Associação Psicanalítica Argentina (APA), 9 anos depois para concentrar o seu interesse nas atividades da empresa e de grupo no centro social, foi responsável pela fundação da Escola de Psicologia Social. Em 1955, ele fundou o Instituto Argentino de Estudos Sociais, tornando-se diretor. Ele é considerado o grande introdutor da psicanálise na Argentina e é também o criador da teoria da Task Force. É reconhecido como um dos maiores psicanalistas e psiquiatras na Argentina, apesar de ter nascido na Suíça.

Ele se envolveu em política, economia, esporte, testou hipóteses sobre mitos e costumes de Buenos Aires, e estava particularmente interessado na criação artística por estabelecer um terreno comum entre crítica literária e interpretação psicanalítica da obra como uma expressão das patologias do autor. 
         Líder e professor da cadeira e conferências destinados a público mais amplo e diversificado, tornou-se responsável por mais de uma geração de referência psicoterapeutas, e formou dezenas de pesquisadores no campo da teoria social que interpreta o indivíduo como resultado de a relação entre ele e os objetos internos e externos. 

Sua esposa Arminda tirou a própria vida em 1972, e Rivière começou um relacionamento com sua colaboradora Ana Pampliega de Quiroga, que tinha conhecido há sete anos.    

Pichón participa ativamente como intelectual de vanguarda dos movimentos culturais da época. Não restringia seu fazer a uma determinada área, enquanto médico dedicava-se à crítica artística e a análise do surrealismo e do dadaísmo.

Contribuições de Pichon Riviére à Psicoterapia de Grupo

É o criador da teoria e da técnica dos Grupos Operativos, segundo Pichon-Rivière todo grupo operativo se reúne em torno de uma tarefa, que constitui seu principal motivo de existência.

Um dos conceitos centrais da obra pichoniana, que traz luz à sua forma de compreender a vida, os grupos e a vida dos grupos é o de dialética. A obra de Pichon-Rivière falar sobre dialética, pois o autor construiu seu pensamento e suas teorias a partir de uma concepção dialética da realidade. É possível concluir também, que seu pensamento como método de conhecimento e apreensão da realidade, a dialética compreende o Homem na natureza e como ser histórico, como ser social pensante, ético e agente. Considera suas condições concretas de existência como ser social, político e cultural (Haguette, 1990).

Seus conceitos e reflexões são permeados pela idéia de movimento e transformação contínua dos sujeitos, de seus vínculos e de seu modo de operar na realidade. A mudança, que é o objetivo primordial de todo grupo operativo, envolve todo um processo gradativo, no qual os integrantes do grupo passam a assumir diferentes papéis e posições frente à tarefa grupal.

Logo no início da década de 30, quando estudava medicina e trabalhava no asilo de Torres com crianças oligofrênicas, fazia experiências com grupos familiares. Os oligotimicos tinham uma base orgânica e estigmas físicos degenerativos, porém os mesmos eram possuidores de um grau de retardo metal significativo. A causa que Pichon descobre para retardo é nestes casos, por carência afetiva sofridas na terna infância.

Quando se tornou Chefe no serviço de admissão do hospício de Las Mercedes, observou de perto o estado dos pacientes no momento da internação, notava o paciente em estado de crise e assistia à eclosão ou reativação do processo psicótico e é quando a presença ou ausência da família torna-se sempre significativa.

Pichón começa a tarefa de Chefe da sala de Serviço de Adolescente, criada 1943 e 1944, nesta época investiga a enfermidade, esquizofrenia na maioria dos casos, e a situação da família, observa o tipo de vínculo, a situação desencadeante e observa as situações de perdas ou de privação como constante. Inicia assim a hipótese do porta-voz. Há uma relação de casualidade não linear e sim dialética entre a estrutura e a dinâmica do grupo familiar, e a estrutura e dinâmica do grupo interno ou mundo interno do porta-voz, já naquela época Pichón usava o termo porta-voz para se referir ao doente mental como o ''depositário''.

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