Entrevistas Prévias em Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica
Por: Maria Carolina • 10/5/2022 • Resenha • 347 Palavras (2 Páginas) • 89 Visualizações
Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica
Capítulo 4. Entrevistas Preliminares
O quarto capítulo, tal como sugerido pelo título, trata dos procedimentos que devem ser abordados durante as primeiras entrevistas com o paciente, bem como suas finalidades e objetivos.
Um dos pontos cruciais para o sucesso não apenas dessa etapa, mas sim do processo em sua totalidade é a postura do terapeuta (ou entrevistador, dado que esta etapa pode também ser realizada por um outro psicólogo que não necessariamente tocará o processo terapêutico), que deve ater-se a importância de iniciar um vínculo terapêutico com o paciente, passando-lhe segurança através da transparência, atenção através da escuta, e compreensão através das colocações e devolutivas feitas.
O sucesso da P.B. não se resume apenas a postura do terapeuta, mas também do paciente. Espera-se deste uma postura ativa dentro do processo, dado que a P.B. necessita de insights do paciente para que possa se desenvolver plenamente, sendo inclusive esta capacidade um dos requisitos para que se possa seguir com a metodologia de P.B.
Quando falamos de requisitos e possibilidades do paciente, retomamos a questão ao terapeuta: cabe à este apresentar o modelo de atuação dentro da P.B, alinhando com o paciente questões como disponibilidade para atendimento, desmistificando questões relacionadas ao tratamento, apresentando como este poderá seguir pelas próximas sessões, etc. Além disso, cabe aqui ao psicólogo realizar algumas investigações, a fim de averiguar se a P.B. é uma metodologia adequada para seguir com aquele paciente. Essas investigações estão relacionadas à análise das condições egóicas, controle de impulsos, tolerância à ansiedade e frustrações, além buscar compreender os mecanismos de defesa daquele paciente.
Em suma, as entrevistas preliminares possuem três objetivos: investigar as possíveis dores do paciente, para que junto à ele possa se definir a pauta central que será tratada ao decorrer da terapia (dado o caráter breve da P.B., é necessário que haja um foco a ser trabalhado ao longo das sessões); apresentar a metodologia de trabalho ao paciente, de forma clara e compreensível para ele, e por último, estabelecer o “contrato de trabalho”, isto é, combinar disponibilidades, honorários, posições e comprometimentos dentro do processo.
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