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Epidemiologia Sinais e Sintomas

Por:   •  24/9/2016  •  Resenha  •  2.672 Palavras (11 Páginas)  •  1.119 Visualizações

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EPIDEMIOLOGIA

*Epidemiologia dos Transtornos Mentais

É o estudo quantitativo da distribuição dos determinantes dos transtornos mentais em populações específicas, isto é, investiga a distribuição, incidência, prevalência e duração dos Transtornos mentais, (TM).

  • Estudo: inclui observação, pesquisa analítica e experimental.
  • Distribuição: refere-se à análise por tempo,local e características dos indivíduos.
  • Determinantes: são todos os fatores físicos, biológicos, comportamentais e sociais que influenciam a saúde.
  • Populações específicas: grupos com características identificadas, como,por exemplo, faixa etária, renda, de uma cidade, de uma instituição etc.

É da natureza da epidemiologia o seu envolvimento interdisciplinar.  

Utiliza o método científico para atingir seus objetivos no estudo da distribuição e determinantes do estado de saúde-doença, incapacidade, morbidade e mortalidade nas populações.

Em psicopatologia, os métodos epidemiológicos contribuem para um entendimento das causas, tratamento e prevenção da doença mental.

É a “ciência básica da saúde pública”. Orienta as decisões em políticas públicas.

Estes métodos ajudam a definir e avaliar estratégias para a prevenção e controle da doença e da incapacitação.

Contribui para o avanço das pesquisas psiquiátricas ao correlacionar achados clínicos com variáveis sociodemográficas como idade, gênero e situação econômica.

Examina todo o espectro da doença clínica, considerando, ainda, o limiar de severidade da mesma.

Estudos utilizados para comparar a incidência e prevalência de doenças entre países e entre culturas.

Quando as distribuições dos transtornos mentais são determinadas, os epidemiologistas são capazes de identificar grupos de risco.

TAXA DE PREVALÊNCIA

        É a proporção de uma população que apresenta o transtorno em um determinado momento.

  • 1% da população será diagnosticada com esquizofrenia.  1 – 100.000 desenvolverá o Transtorno.

TAXA DE INCIDÊNCIA

  •   O número de casos novos de determinado TM identificados por unidade de tempo.
  • Incidência anual entre 1 a 5 pessoas por 10.000.

*Tipos de estudos clínicos e epidemiológicos

Tentam responder questões relacionadas às causas, tratamento, curso, prognóstico e prevenção de vários transtornos. Podem ser:

*Observacional   *Experimental

* Investigação e delineamentos de estudo

1) Estudos descritivos – fornecem estimativas da taxa do TM em uma população;

2) Estudos analíticos – exploram variações das taxas entre diferentes grupos, para identificar fatores de risco;

3) Estudos experimentais – avaliam os efeitos de intervenções preventivas a terapêuticas planejadas para alterar o desenvolvimento ou prognóstico dos TM

Estudo descritivo

1 – Diagnóstico na comunidade

Quantas pessoas na comunidade apresentam transtorno mental clinicamente significativo? Que transtornos são mais comuns? Até que ponto estão sendo satisfeitas as necessidades da comunidade?

As respostas a estas perguntas são relevantes para a política de saúde pública sobre o oferecimento de serviços para os pacientes, até decisões mais pontuias, como instalação de um hospital, ou uma equipe especializada ou investimento em formas de tratamento.

2 – Complementação do quadro clínico

Investigar o desenvolvimento de TM antes que o indivíduo tenha procurado atendimento.

Co-ocorrência de múltiplos transtornos e segurança quanto aos riscos familiares. Transtorno depressivo e ansiedade; pânico e agorafobia; transtorno alimentar e depressão.

Nível de gravidade ou sintomatologia necessárias para estabelecer o limiar entre um caso subclínico e um transtorno clínico, incluindo indivíduos que ainda não entraram em tratamento.

3 – Identificação de síndromes

Investigar a existência ou a importância relativa das condições que têm sido descritas experimentalmente em situações clínicas.

A agorofobia pode existir sem um transtorno de pânico pre-existente?

Depressão e alcoolismo?

Estudos Analíticos

4) Avaliação de riscos individuais

Conhecer as taxas de TM para a população é importante para identificar grupos de risco.

Possibilita indentificar aspectos particulares que favorecem o elevado risco: fatores biológicos, genéticos, ambientais e infecciosos ou outros que ajudem a explicar a taxa elevada.

Renda, desemprego, carência de assistência médica, abuso físico ou sexual, uso de droga, nível de educação, condições de moradia e vizinhança, etc

5) Estudo histórico

Busca de fatores de risco na tendência histórica.

 O abuso de droga e suicídio tem ocorrido mais frequentemente nesta década?

Esses dois fenômenos estão ligados ou é coincidência?

Estudos Experimentais

6) Identificação de causas

Uma vez que fatores de risco foram identificados e uma provável causa tenha sido proposta é possível esquematizar intervenções e testar sua efetividade.

Redução do hábito de fumar pode levar a uma redução  no desenvolvimento do câncer pulmonar.

Acesso ao sistema de saúde adequado previne ou ameniza sintomas de depressão?

Intervenções preventivas e terapêuticas para o abuso de drogas, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo.

7) Funcionamento de serviços de saúde

Informações sobre a utilização dos serviços de saúde, para identificar a extensão de doença não tratada;

Empecilhos para o atendimento;

Alocação de investimento público;

Avaliar o desempenho dos testes diagnósticos;

Existe efeito benéfico de um tipo de tratamento;

*Avaliação Diagnóstica

  • O que é um caso?
  • Na ausência de qualquer padrão definitivo para o estabelecimento da validade de um diagnóstico psiquiátrico,é difícil julgar o valor de um procedimento de diagnóstico.
  • Segurança. Consentimento livre e esclarecido.
  • Exequilibidade. Tamanho da amostra, acesso aos participantes, recursos financeiros, profissionais treinados.
  • Confiabilidade. Entre examinadores ou entre exames para o mesmo examinador.

*Estudo de caso-controle

Útil como estágio exploratório para estudos prospectivos. Casos são identificados e os indivíduos que são similares em idade, sexo, situação sócio-econômica são comparados, como um grupo controle.

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