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Estadios Desenvolvimento Grafismo

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Por:   •  24/3/2014  •  2.021 Palavras (9 Páginas)  •  1.098 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo analisar desenhos feitos por cinco crianças pertencentes aos diferentes estágios do desenvolvimento do grafismo de acordo com as perspectivas de Piaget, Lowenfeld e Luquet.

Para Piaget, a criança começa a desenhar por volta dos 2 anos de idade, período que compreende o estádio pré-operatório, como uma manifestação da função simbólica e representação do pensamento. Ele não define diferentes estágios para o grafismo.

Segundo Lowenfeld, a criança passa por quatros fases, que são, respectivamente, a fase das garatujas, que vai aproximadamente dos 2 aos 4 anos de idade; pré-esquemática, dos 4 aos 7 anos; esquemática, dos 7 aos 9 anos e realismo, dos 9 aos 12 anos.

Luquet também estabeleceu quatros estágios do desenvolvimento do grafismo. São eles o realismo fortuito, de 2 a 3 anos aproximadamente; o realismo mal sucedido, de 3 a 4 anos; o realismo intelectual, de 4 a 8 anos e o realismo visual, de 9 a 12 anos.

Embora esses autores definam as idades aproximadas em que deve ocorrer cada estágio, eles enfatizam que não é uma regra fixa e varia de acordo com cada indivíduo, podendo ocorrer antes ou depois desses períodos.

O desenho é uma das manifestações semióticas, isto é, uma das formas através das quais a função de atribuição da significação se expressa e se constrói. (PIAGET, 1973).

A pesquisa foi realizada com cinco crianças, entre três e quinze anos, todas possuem vinculo com algum participante do grupo.

Tem como objetivo avaliar desenhos de crianças de 02 a 05 anos de acordo com estágios de desenvolvimento do grafismo (Luquet e Lowenfeld).

Todas as crianças tiveram as mesmas opções de materiais: lápis, caneta, lápis colorido, canetinhas, giz de cera e papel A4 virgem.

Os testes foram realizados na residência das crianças com a autorização e presença dos responsáveis.

Foram utilizados cinco desenhos, ao qual podemos observar:

O individuo V de três anos pegou a folha A4 e com o giz de cera e desenhou vários rabiscos, na medida em que desenhava ele mostrava e dizia o que estava desenhando.

O interessante é que apesar dos rabiscos parecidos, ele trocou de cor para fazê-los diferentes, ou seja, se ele fizesse algo naquele desenho que utilizasse o azul, somente aquele objeto seria azul. Mostrou ter a imaginação muito fértil e um grande interesse por carros.

O segundo desenho é do indivíduo D, seis anos. Ele utiliza uma única cor para fazer seu desenho, na verdade duas cores, pois o carro que ele desenhou segundo ele tem desenhos em branco como os pneus. Como ele poderia utilizar um lápis branco na folha branca? Ele usou a folha branca para dar os detalhes em seu carrinho. O carro está pintado de branco, no desenho não há linhas.

O terceiro desenho é do individuo V, oito anos. Ela desenhou a si mesma com uma flor e muitos corações. Fez uma dedicatória em seu desenho e entregou para sua responsável, o desenho dela contem linhas para segundo ela não fazer o desenho “torto”. Mesmo com as opções de cores, ela também utilizou somente uma cor, caneta esferográfica azul.

O quarto desenho foi do indivíduo M, 10 anos. Ele desenhou-se em um campo de futebol, com bola, goleira, chuteiras, nuvens e sol. O desenho possui “chão” a base para seu desenvolvimento. Assim como o indivíduo V e o M utilizou somente um instrumento, o lápis preto.

O quinto é ultimo desenho é do indivíduo I. Ele também utilizou somente o lápis e desenho tudo que estava ao seu redor, tomando cuidado para não esquecer nenhum detalhe como marca do computador, cabos, fios, tomadas, foi praticamente uma replica do local que ele estava.

Luquet dividiu as etapas gráficas em Realismo Fortuito, Realismo Falhado e Realismo intelectual e realismo visual.

No Realismo Fortuito (2 a 3 anos), a criança começa a fazer traços sem qualquer objetivo (não há intenção para uma representação gráfica), mesmo sabendo que os traços realizados por outrem podem querer determinar um objeto determinado e representa-lo efetivamente, a criança não considera a ideia de também possuir a mesma habilidade. É nesta fase também que podemos identificar as famosas "garatujas", e de acordo com as definições de Piaget, este é o período sensório-motor.

Essa definição se enquadra no desenho do indivíduo V, três anos. Na fase garatujas ele apresentou ser controlado, pois respeitou o limite do papel, nomeadas porque deu nome a seus desenhos e diagramadas, elas se cruzam no papel criando formas parecidas com mosaicos.

Não obtivemos desenhos dessa fase do realismo falhado ou mal sucedido (3 a 4 anos). De acordo com Piaget, é neste ponto que a criança se encontra no estágio pré-esquemático, que se inicia por volta dos quatro anos e se estende até os sete anos mais ou menos.

No desenho do indivíduo V fica claro a intenção do Realismo intelectual (4 a 8 anos) a criança desenha o que sabe e não o que vê. O indivíduo V utilizou a transparência e o plano deitado em seu desenho.

Segundo Piaget o indivíduo D está na fase “pré-esquemática”, não a presença da linha no chão, ele utiliza do argumento de seu carro ser branco para justificar a “falta” da pintura.

Para Luquet, assim como o indivíduo D e V também se encontra no realismo intelectual, ela desenhou o que sentia, porém devido seu desenho se diferencia do de Davi pelo aparecimento de linhas, objetos no chão e no céu, acreditamos que diferentemente do individuo D para Piaget segundo Lowenfled ela se encontra na fase esquemática (7 a 9 anos).

Os dois últimos desenhos encontram-se no estagio do realismo intelectual. Ocorre geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da perspectiva e a submissão às suas leis, daí um empobrecimento, um enxugamento progressivo do grafismo que tende a se juntar às produções adultas. Assim, a criança abandona as estratégias utilizadas anteriormente e a transparência dá lugar à opacidade, ou seja, a criança desenha apenas os elementos visíveis e o rebatimento e às mudanças de ponto de vista se coordenam, dando origem à perspectiva.

Ambos desenharam o que vêm não mais o que sentem ou sabem. O individuo M um pouco menos que o individuo I, esse desenhou uma replica perfeita do local onde estava já do individuo M do local que gostaria de estar.

Entrando na adolescência há um aumento do olhar crítico do sujeito. O desenho como atividade espontânea tende

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