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Estress

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Por:   •  18/3/2015  •  1.003 Palavras (5 Páginas)  •  283 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O estresse no trabalho é um problema crescente nas organizações. Encargos

e horários cada vez mais exigentes, além do “enxugamento” das empresas;

insegurança relacionada a falta de estabilidade; a sensação de insuficiência

profissional; falta de visão sobre a relevância social do seu trabalho; a percepção de

falta de reconhecimento de esforços; entre outros, causam cada vez mais estragos

naqueles que precisam trabalhar. Além disso, as preocupações pessoais do

funcionário não podem ser eliminadas simplesmente ao entrar no seu posto de

trabalho. Toda a história de vida da pessoa está junto a ela em todos os momentos e

quando vai para o trabalho não é diferente. Seus conflitos; as frustrações; as

desavenças conjugais; a preocupação com os filhos; interesses e necessidades

pessoais e a falta de equilíbrio entre as necessidades do trabalho e as da família,

continuam com o individuo.

O desenvolvimento acelerado nas áreas de tecnologia também é um produtor

de estresse potencial de grande relevância. O fenômeno do consumo atinge a todas

as classes econômicas de uma forma nunca vista. Por vezes, a fim de manter o

poder aquisitivo para o consumo, o ser humano extrapola na competição e na

tentativa de ganhar e possuir mais. Assim a qualidade de vida é confundida com a

quantidade. Este processo tem repercussões para o bem-estar, pois aspectos

importantes da saúde e do viver são relegados à categoria de baixa prioridade.

A sensação de estresse pode ser aquela impressão que às vezes se tem de

nervosismo, irritação, agitação, fadiga ou doença. É nítida sua presença quando se

sente e experimenta desgaste e cansaço cronicamente.

Toda mudança que exige adaptação por parte do organismo, causa um certo

nível de estresse. Portanto existem fontes de estresse internas e externas. As fontes

internas são mais fáceis de ser identificadas, são elas: as reações à morte,

separação, emprego, etc. O organismo tem capacidade de adaptação após uma

situação estressante, mas se estas ocorrem em grande quantidade num curto

espaço de tempo há uma excessiva demanda de energia adaptativa, o que induz a

um nível de estresse excessivo, podendo acarretar problemas físicos e psicológicos.

O desgaste físico e emocional ao qual as pessoas são submetidas nas

relações com o ambiente de trabalho é um fator muito significativo na determinação

de transtornos de saúde relacionados ao estresse, como é o caso das depressões,

ansiedade, transtorno do pânico, fobias e doenças psicogênicas (GOLEMAN, 1997).

A vida é então um constante dar e vir e como Selye (1965) nos afirma: é

especialmente um processo de adaptação às circunstâncias em que subsistimos. O

segredo, da saúde e da felicidade, reside no ajustamento e participação bem

sucedida às condições deste mundo, perpetuamente em processo de modificação.

O modo de perceber e reagir aos acontecimentos é que determina a reação

final do indivíduo frente a situações de vida. Isto sugere que não é a situação em si

que leva ao estresse, mas a reação que se tem frente a ela e o modo de percebê-la.

Portanto, é difícil manter o equilíbrio no mundo atual, e o bem-estar do organismo

fica de lado diante das aspirações de crescimento individual, que acabam sendo

absorvidas pelo trabalho.

Segundo Goleman (1995) deve-se equilibrar e não eliminar as emoções, pois,

todo sentimento tem seu valor e sentido. Quando as emoções são abafadas demais,

criam o embotamento e a distância, mas se são descontroladas tornam-se

patológicas, como na depressão, na ansiedade, na raiva e agitação maníaca. O

controle das emoções perturbadoras é a chave do bem estar emocional.

Viver com qualidade e ter qualidade de vida é um assunto que tem

preocupado as pessoas. Conciliar trabalho e vida pessoal ainda é um dos maiores

desafios das pessoas, em face às muitas exigências do mundo moderno. O homem

não pode ser colocado no mesmo patamar que as máquinas para execução do

trabalho. O lazer e o descanso são primordiais para a manutenção da qualidade de

vida e da saúde.

O gerenciamento das atividades é possibilitado através da divisão do

trabalho, hierarquia, autoridade e responsabilidade. Tais atividades visam à

satisfação das necessidades organizacionais, mas dependem de que os indivíduos

estejam em condições de realizá-los de forma eficiente.

Neste novo século, as organizações devem tratar os interesses e

necessidades dos seus colaboradores, não apenas como benefícios ou caridade,

mas como assunto estratégico de desenvolvimento organizacional.

O que se pretende com o presente estudo é ampliar o conhecimento sobre o

estresse e a sua relação com a QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) na atual

conjuntura de reestruturação produtiva, buscando traçar paralelos e influências entre

estruturas de personalidade, gestão, organização do trabalho e identidade dos

profissionais vinculados a Televisão Santa Cruz.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Geral

Conhecer os sintomas do estresse e sua relação com a qualidade de vida no

trabalho dos empregados da TV Santa Cruz.

1.1.2 Específicos

• Identificar os aspectos que influenciam para o aumento dos níveis de

estresse dos funcionários;

• Identificar quais as funções e setores da empresa são mais afetados;

• Selecionar fatores que favorecem a diminuição do estresse e contribuem

para a melhoria da qualidade de vida no trabalho.

1.2 JUSTIFICATIVA

Entre os diversos resultados do capitalismo moderno estão a correria frenética

e busca constante de resultados com exigência cada vez maior e prazos cada vez

menores. A corrida pelo "sucesso" muitas vezes se depara com o “bicho papão” do

estresse, e com medo de se perder tempo, medo de fracassar, medo da opinião

alheia, medo de ser visto como fraco, medo de ser julgado ou criticado. Outras

vezes se passa por cima dos limites, tanto do corpo quanto do emocional. Em

recente pesquisa realizada pelo International Stress Management Association

(ISMA, 2007) que ouviu mil profissionais de diversos países, o Brasil liderou o

ranking de horas trabalhadas por semana: com 54 horas, contra a média mundial de

41.

No quesito “exaustão física e emocional”, que avalia o nível de estresse do

trabalhador, o Brasil registrou o segundo pior índice, ficando atrás apenas do Japão

e superando países como China, Estados Unidos e Alemanha.

Com base nesses dados, percebe-se a necessidade de busca de alternativas

para alcance de uma carreira bem sucedida e rentabilidade para a organização, sem

necessariamente “sacrificar” o corpo e a mente dos trabalhadores.

Nos últimos meses a TV Santa Cruz tem passado por uma série de mudanças

a nível estrutural, que às vezes podem ser vistas como ameaças para muitos de

seus trabalhadores, gerando uma sensação de insegurança em alto grau. A situação

de incerteza em relação aos resultados dessa reestruturação, implica em condições

propícias para tornar real o estresse potencial, que somado a fatores ambientais e

individuais, tendem a intensificar os níveis de estress

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