Estress
Casos: Estress. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 18/3/2015 • 1.003 Palavras (5 Páginas) • 287 Visualizações
INTRODUÇÃO
O estresse no trabalho é um problema crescente nas organizações. Encargos
e horários cada vez mais exigentes, além do “enxugamento” das empresas;
insegurança relacionada a falta de estabilidade; a sensação de insuficiência
profissional; falta de visão sobre a relevância social do seu trabalho; a percepção de
falta de reconhecimento de esforços; entre outros, causam cada vez mais estragos
naqueles que precisam trabalhar. Além disso, as preocupações pessoais do
funcionário não podem ser eliminadas simplesmente ao entrar no seu posto de
trabalho. Toda a história de vida da pessoa está junto a ela em todos os momentos e
quando vai para o trabalho não é diferente. Seus conflitos; as frustrações; as
desavenças conjugais; a preocupação com os filhos; interesses e necessidades
pessoais e a falta de equilíbrio entre as necessidades do trabalho e as da família,
continuam com o individuo.
O desenvolvimento acelerado nas áreas de tecnologia também é um produtor
de estresse potencial de grande relevância. O fenômeno do consumo atinge a todas
as classes econômicas de uma forma nunca vista. Por vezes, a fim de manter o
poder aquisitivo para o consumo, o ser humano extrapola na competição e na
tentativa de ganhar e possuir mais. Assim a qualidade de vida é confundida com a
quantidade. Este processo tem repercussões para o bem-estar, pois aspectos
importantes da saúde e do viver são relegados à categoria de baixa prioridade.
A sensação de estresse pode ser aquela impressão que às vezes se tem de
nervosismo, irritação, agitação, fadiga ou doença. É nítida sua presença quando se
sente e experimenta desgaste e cansaço cronicamente.
Toda mudança que exige adaptação por parte do organismo, causa um certo
nível de estresse. Portanto existem fontes de estresse internas e externas. As fontes
internas são mais fáceis de ser identificadas, são elas: as reações à morte,
separação, emprego, etc. O organismo tem capacidade de adaptação após uma
situação estressante, mas se estas ocorrem em grande quantidade num curto
espaço de tempo há uma excessiva demanda de energia adaptativa, o que induz a
um nível de estresse excessivo, podendo acarretar problemas físicos e psicológicos.
O desgaste físico e emocional ao qual as pessoas são submetidas nas
relações com o ambiente de trabalho é um fator muito significativo na determinação
de transtornos de saúde relacionados ao estresse, como é o caso das depressões,
ansiedade, transtorno do pânico, fobias e doenças psicogênicas (GOLEMAN, 1997).
A vida é então um constante dar e vir e como Selye (1965) nos afirma: é
especialmente um processo de adaptação às circunstâncias em que subsistimos. O
segredo, da saúde e da felicidade, reside no ajustamento e participação bem
sucedida às condições deste mundo, perpetuamente em processo de modificação.
O modo de perceber e reagir aos acontecimentos é que determina a reação
final do indivíduo frente a situações de vida. Isto sugere que não é a situação em si
que leva ao estresse, mas a reação que se tem frente a ela e o modo de percebê-la.
Portanto, é difícil manter o equilíbrio no mundo atual, e o bem-estar do organismo
fica de lado diante das aspirações de crescimento individual, que acabam sendo
absorvidas pelo trabalho.
Segundo Goleman (1995) deve-se equilibrar e não eliminar as emoções, pois,
todo sentimento tem seu valor e sentido. Quando as emoções são abafadas demais,
criam o embotamento e a distância, mas se são descontroladas tornam-se
patológicas, como na depressão, na ansiedade, na raiva e agitação maníaca. O
controle das emoções perturbadoras é a chave do bem estar emocional.
Viver com qualidade e ter qualidade de vida é um assunto que tem
preocupado as pessoas. Conciliar trabalho e vida pessoal ainda é um dos maiores
desafios das pessoas, em face às muitas exigências do mundo moderno. O homem
não pode ser colocado no mesmo patamar que as máquinas para execução do
trabalho. O lazer e o descanso são primordiais para a manutenção da qualidade de
vida e da saúde.
O gerenciamento das atividades é possibilitado através da divisão do
trabalho, hierarquia, autoridade e responsabilidade. Tais atividades visam à
satisfação das necessidades organizacionais, mas dependem de que os indivíduos
estejam em condições de realizá-los de forma eficiente.
Neste novo século, as organizações devem tratar os interesses e
necessidades dos seus colaboradores, não apenas como benefícios ou caridade,
mas como assunto estratégico de desenvolvimento organizacional.
O que se pretende com o presente estudo é ampliar o conhecimento sobre o
estresse e a sua relação com a QVT (Qualidade de Vida no Trabalho) na atual
conjuntura de reestruturação produtiva, buscando traçar paralelos e influências entre
estruturas de personalidade, gestão, organização do trabalho e identidade dos
profissionais vinculados a Televisão Santa Cruz.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Geral
Conhecer os sintomas do estresse e sua relação com a qualidade de vida no
trabalho dos empregados da TV Santa Cruz.
1.1.2 Específicos
• Identificar os aspectos que influenciam para o aumento dos níveis de
estresse dos funcionários;
• Identificar quais as funções e setores da empresa são mais afetados;
• Selecionar fatores que favorecem a diminuição do estresse e contribuem
para a melhoria da qualidade de vida no trabalho.
1.2 JUSTIFICATIVA
Entre os diversos resultados do capitalismo moderno estão a correria frenética
e busca constante de resultados com exigência cada vez maior e prazos cada vez
menores. A corrida pelo "sucesso" muitas vezes se depara com o “bicho papão” do
estresse, e com medo de se perder tempo, medo de fracassar, medo da opinião
alheia, medo de ser visto como fraco, medo de ser julgado ou criticado. Outras
vezes se passa por cima dos limites, tanto do corpo quanto do emocional. Em
recente pesquisa realizada pelo International Stress Management Association
(ISMA, 2007) que ouviu mil profissionais de diversos países, o Brasil liderou o
ranking de horas trabalhadas por semana: com 54 horas, contra a média mundial de
41.
No quesito “exaustão física e emocional”, que avalia o nível de estresse do
trabalhador, o Brasil registrou o segundo pior índice, ficando atrás apenas do Japão
e superando países como China, Estados Unidos e Alemanha.
Com base nesses dados, percebe-se a necessidade de busca de alternativas
para alcance de uma carreira bem sucedida e rentabilidade para a organização, sem
necessariamente “sacrificar” o corpo e a mente dos trabalhadores.
Nos últimos meses a TV Santa Cruz tem passado por uma série de mudanças
a nível estrutural, que às vezes podem ser vistas como ameaças para muitos de
seus trabalhadores, gerando uma sensação de insegurança em alto grau. A situação
de incerteza em relação aos resultados dessa reestruturação, implica em condições
propícias para tornar real o estresse potencial, que somado a fatores ambientais e
individuais, tendem a intensificar os níveis de estress
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