Estresse e seus aspectos fisio e neurofisiológicos
Por: caholiva_ • 31/5/2017 • Trabalho acadêmico • 2.004 Palavras (9 Páginas) • 222 Visualizações
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
UNIVERSIDADE PAULISTA
PSICOLOGIA
Trabalho de DP
Matéria: Neurofisiologia / Fisiologia
Tema: Estresse e seus aspectos fisio e neurofisiológicos.
Carolina Oliva Rodrigues RA B35JJJ-2
CAMPINAS
2017
RESUMO
Apesar de ser psicológico, o estresse (ou stresse) pode acarretar problemas físicos. Envolvendo três fases (estágio de defesa ou alarme, fase de resistência e fase de exaustão), ele pode ser definido como a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos e que permitem ao indivíduo superar determinadas exigências do meio ambiente ou como o desgaste físico e mental causado por esse processo. O estresse afeta a imunidade e o funcionamento do sistema de defesa do organismo, fazendo com que alguns indivíduos tenham herpes, alergias, doenças dermatológicas, ginecológicas, cardiovasculares e gástricas. O tratamento, quando mais precoce melhor, poderá ser feito por medicamentos, há métodos de tratamento comportamental do estresse ou ainda com suporte por psicólogos clínicos à família e ao indivíduo, porém, a maneira mais adequada de evitar as consequências desse estresse é a prevenção e a implementação de estratégias que reduzam o causador dessa doença e ainda a prática diária de atividades físicas e de lazer. Sabendo controlá-lo, o estresse, na etapa de alerta, estimula o organismo a criar estímulos para que a adrenalina obtenha a disposição necessária para o indivíduo e, é nesse momento que se encontra toda a parte produtiva do ser humano.
Palavra chave: Estresse. Stresse.
- INTRODUÇÃO
O termo estresse denota o estado gerado pela percepção de estímulos que provocam excitação emocional e/ou perturbem a homeostasia disparando um processo de adaptação caracterizado, entre outras alterações, pelo aumento de secreção de adrenalina produzindo diversas manifestações sistêmicas, como distúrbios fisiológicos e psicológicos.
O complexo sistema sensorial do indivíduo leva, constantemente, informações ao sistema nervoso central (SNC) sobre o ambiente interno e externo. A parte destinada ao processamento (avaliação) dessas informações é o sistema límbico. A resultante é o estado emocional, com seus componentes: subjetivo (sentimento), corporal (reações fisiológicas) e comportamental (ações motoras). Tal estado exerce uma função “comunicativa” ou “expressiva”, na medida em que sinaliza qual emoção sente o indivíduo naquele momento, ao mesmo tempo em que exerce uma função “adaptativa” ou de “enfrentamento” face à situação que a desencadeou. (MELLO-FILHO, PSICOSSOMATICA HOJE, JULIO DE MELLO FILHO, 2 ED, - PORTO ALEGRE: ARTMEND, 2010, p.230).
As pessoas reagem diferentemente ao estresse, inclusive em termos de doenças. Parece haver uma espécie de filtro através do qual os eventos ambientais são percebidos pelo indivíduo. Isto faria distinguir situações estressantes e situações percebidas como estressantes. Seriam estas últimas as que teriam valores psicológicos. Sem dúvida, parece haver correlação entre a quantidade de situações estressantes e a resultante percepção desses estresses. Mas parece haver um efeito moderador ou hipertrofiador que depende do próprio indivíduo em função de sua constituição, história e circunstância. O mesmo se aplica ao modo de reagir e de enfrentar, de se adaptar ao estresse, que aparece influenciado por circunstâncias particulares próprias do indivíduo (MELLO-FILHO, PSICOSSOMATICA HOJE, JULIO DE MELLO FILHO, 2 ED, - PORTO ALEGRE: ARTMEND, 2010, p.322).
De acordo com estudos, o estresse envolve três fases:
Estágio de defesa ou alarme: Este estágio é caracterizado no organismo através do sistema nervoso central que percebe a situação de tensão e o hipotálamo estimula a hipófise, levando-a a aumentar a secreção do hormônio dreno corticotrópico (ACTH). Este, por sua vez, estimula as suprarrenais a aumentarem a produção de adrenalina e corticoides. (Lima EDRP, Carvalho DV Estresse Ocupacional. Rev. nursing 2002).
Fase de Resistência: Ocorre quando o estressor perdura por um período muito prolongado, havendo um aumento da capacidade de resistência do organismo pela adaptação ao estressor, ficando a atividade mais intensa em função do sistema parassimpático, possuindo o efeito de desmobilizar o corpo, pois este abaixa novamente o nível de alerta. A respiração e os batimentos cardíacos, a circulação e a pressão arterial voltam gradativamente a seus níveis anteriores, porém, havendo persistência do estresse, o nível de resistência vai diminuindo e inicia o estágio de exaustão (Furlan V.- Stress em mães de crianças portadores do HIV, [dissertação] Campinas (SP)- 1997).
Fase de exaustão ou esgotamento: Caracteriza-se pela incapacidade dos mecanismos responsáveis pela busca da adaptação do organismo aos efeitos dos estressores permanecerem por tempo prolongado. O estresse torna-se intenso e, consequentemente, esgota toda a energia adaptativa do organismo (Furlan V. - Stress em mães de crianças portadores do HIV, [dissertação] Campinas (SP)- 1997).
Portanto é necessária a compreensão do estresse, pois este está em situações do cotidiano, como perder as chaves, atrasar a entrega de um relatório, perder clientes ou até trabalhar exaustivamente, entre outros, e que acontece de forma silenciosa.
- ANÁLISE PSICOLÓGICA
O organismo promove respostas comportamentais por meio de mudanças na função e expressão gênica neuronal para lidar com as alterações físicas ou ambientais que podem ameaçar a homeostasia, isso faz com que permita um rápido restabelecimento do estado funcional, estas respostas fisiológicas são desencadeadas por meio de circuitos neurais interligados que incluem o eixo neuroendócrino-hipotálamo-pituitária-adrenal e o sistema límbico.
Segundo Lipp (2003), o hipotálamo regula as funções básicas à manutenção e sobrevivência do organismo, por meio de ações sobre o sistema nervoso autônomo e sistema endócrino, induzindo respostas orgânicas a alterações no meio ambiente interno e externo, embora estímulos estressores induzam várias alterações neuroquímicas e hormonais adaptativas, existem mecanismos regulatórios da atividade do eixo HPA responsáveis pela secreção de glicocorticoides em níveis toleráveis, inibindo neurônios produtores de CRH na região do núcleo para ventricular hipotalâmico causando uma diminuição significativa nos níveis de GCS circulantes.
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