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Estudo Psicológico da Assistência Social

Por:   •  10/10/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.344 Palavras (6 Páginas)  •  68 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Faculdade de Psicologia

Campus Coração Eucarístico

Saúde Mental e Trabalho

Alicia Julia Siqueira Salles

Ana Tereza Netto Viana

Fernanda Ramos da Mata

Hanna Barbosa Silva
Tais Cristina Fernandes Bonifácio

Belo Horizonte

2023


1 INTRODUÇÃO

        A Assistência Social é uma profissão fundamental na promoção do bem-estar e da qualidade de vida das pessoas, famílias e comunidades em diferentes contextos. De acordo com o Código Brasileiro de Ocupações (C.B.O.), os profissionais dessa área desempenham um papel crucial na orientação de indivíduos, famílias e comunidades sobre direitos, deveres, serviços e recursos sociais. Além disso, planejam, coordenam e avaliam planos, programas e projetos sociais em diversas esferas de atuação, incluindo seguridade, educação, trabalho, jurídica, habitação e outras.

No entanto, é fundamental reconhecer que os profissionais da Assistência Social também são susceptíveis a desafios e demandas emocionais significativas decorrentes da natureza do trabalho que desempenham. Lidar com situações de vulnerabilidade, carência e crises sociais podem colocar esses profissionais em risco.

Exploraremos esses riscos enfrentados pelos profissionais de Assistência Social, como a pressão no ambiente de trabalho e a exposição ao estresse, e discutiremos como a integração de abordagens da Psicologia pode fortalecer a capacidade desses profissionais de lidar com tais desafios. Ao considerar o panorama atual da Assistência Social, esta pesquisa busca destacar a importância da colaboração interdisciplinar entre assistentes sociais e psicólogos na promoção da saúde mental.

        

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Riscos e implicações na profissão do Assistente Social

Conforme o Código Brasileiro de Ocupações, o assistente social atua em esferas do setor público e privado, bem como no terceiro setor, podem trabalhar durante o horário comercial, além de no regime de plantões e em casos de emergência. Esses profissionais atuam em áreas como as de planejar as políticas sociais, executar procedimentos técnicos, desempenhar tarefas administrativas, entre outros.

As tarefas descritas acima podem gerar pressão nesse profissional, tendo em vista que elas demandam conhecimento técnico detalhado e mudança na rotina do assistente social. Ademais, é importante notar que os assistentes sociais estão constantemente expostos a situações de sofrimento humano em seu ambiente de trabalho, o que pode provocar sobrecarga emocional nesses sujeitos.

É evidente que essa profissão exige que os responsáveis estejam com a saúde mental em dia e não sejam levados a exaustão da sua rotina, de acordo com Pimenta ( data), a psicologia pode contribuir para melhorar as condições de trabalho ao fiscalizar e regulamentar o ambiente de trabalho e suas variáveis potencialmente patogênicas, além de analisar as condições e a organização do trabalho, as dimensões socioeconômicas e políticas, e promover a articulação entre as políticas públicas, as redes de atenção, os CERESTs, os sindicatos e os órgãos fiscalizadores.

Conclui-se, portanto, que a promoção de condições de trabalho seguras e saudáveis, juntamente com o acesso a serviços de saúde mental, é essencial para abordar as questões descritas, tendo como objetivo aprimorar a vivência do assistente social em seu ambiente laboral.

        

2.2 Precarização do trabalho (adequar subtítulo)

 

Atualmente, o capitalismo, como sistema de metabolismo do capital social, vive uma fase de expansão, fortemente marcada pelos processos de transformações no mundo do trabalho e a reestruturação do capital, juntamente com a perspectiva neoliberal marcada pela restrições das políticas sociais e a desestruturação do sistema de proteção social destinada a assegurar os direitos do cidadão no tripé; saúde, previdência e assistência social, por meio da privatização da saúde e previdência pública.

 A precarização que perpassa o cotidiano do trabalho do assistente social possui duas vertentes: a sua configuração enquanto classe trabalhadora e seu trabalho realizado junto a classe trabalhadora. Primeiro, o assistente social enquanto trabalhador, sujeito aos impactos da precarização nas suas condições e relações de trabalho. Segundo, o assistente social enquanto executor das políticas sociais e públicas e assim, tendo também as requisições e demandas conforme a configuração da política social e da situação da classe trabalhadora.

É comum o surgimento de sentimentos relacionados à angústia e impotência entre os profissionais de Serviço Social, diante do esmagamento da subjetividade humana pelo capital, uma vez que os trabalhadores não conseguem realizar um trabalho de qualidade diante das inúmeras problemáticas que não são resolvidas e limitações estruturais das instituições presentes no universo do exercício profissional como exemplos; a lógica burocrática do trabalho quantitativo em detrimento do qualitativo nos espaços em que atuam; o excesso de atividades e de demandas em sua rotina; a escassez de recursos materiais e estruturais para desenvolver suas ações; as precárias condições de trabalho, a falta de materiais diversos, de transporte para visitas domiciliares e institucionais, e de salas para o atendimento dos usuários, entre outros constrangimentos.

2.3 Saúde mental (adequar subtítulo)

 Saúde mental para o assistente social é um aspecto crucial que permeia toda a prática profissional. Esta dimensão adquire significativa relevância em virtude da natureza do trabalho social, que envolve o contato direto com indivíduos e comunidades em situações de vulnerabilidade, demandando competência emocional e resiliência por parte dos profissionais.

Primeiramente, a saúde mental do assistente social é fundamental para garantir a eficácia das intervenções e a qualidade do serviço prestado. Um profissional com boa saúde mental é mais apto a estabelecer vínculos de confiança com os clientes, fator essencial para o sucesso das abordagens assistenciais. A empatia e a compreensão, habilidades intrínsecas à prática social, são facilitadas quando o assistente social mantém sua própria saúde mental equilibrada.

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