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Estudo de Caso - Proposta de intervenção

Por:   •  10/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.231 Palavras (5 Páginas)  •  520 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO – UNESP

FACULDADE DE CIÊNCIAS

CAMPUS BAURU

ELABORAÇÃO DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

PROF.: Olga

ALUNAS: BRUNA DAREZZO PESSENTE

LUISA ALIBONI

BAURU

2014

1. Dados do cliente

Cliente: P.A.C.,

Número de inscrição no CPA: 11.220

Sexo: Masculino

Data de nascimento: 22/01/2007

Idade: 8 anos

Escolaridade: Cursando o Ensino Fundamental

2. Elaboração da Avaliação Diagnóstica

A partir da leitura dos dados obtidos pelas queixas que levaram P.A.C a ser encaminhado para o Centro de Psicologia Aplicada (CPA) no campus de Bauru da UNESP, podemos destacar a grande dificuldade na leitura, ortografia, irritação do cliente com muita facilidade, passou a se incomodar com vários barulhos, não se acha uma criança inteligente, tem medo de escrever e ler e errar, não tem foco, tem chorado com facilidade diante de suas dificuldades, grita por qualquer coisa e faz de tudo para chamar a atenção dos pais.

Ainda, segundo as queixas apresentadas a criança passou sete meses com acompanhamento fonoaudiólogo motivado pelo fato de trocar letras com frequência. A recomendação de procurar os serviços oferecidos pelo CPA veio do psicológico responsável da escola em que estuda.

Através dos dados obtidos na primeira entrevista ao CPA verificamos a necessidade de analisar mais detalhadamente os contextos familiar e escolar que a criança está inserida, através de observações e entrevistas. Ainda, para investigação mais apurada da hipótese avaliativa desse cliente, tentaremos uma articulação com outros profissionais que já tiveram contato com o menino como o fonoaudiólogo e o psicólogo escolar.

Diante das queixas apresentadas elaboramos uma hipótese, a qual se pretende investigar. A partir disso, objetiva-se trabalhar com aspectos globais que possam auxiliar na avaliação diagnóstica desse cliente planejada a partir de um roteiro criado para investigar as queixa iniciais a partir da observação de comportamentos no cotidiano. Lembrando que tal roteiro pode sofrer alterações dependendo dos resultados obtidos.  

3. Roteiro de investigação

Inicialmente é necessário que se estabeleça um rapport para que, tanto a criança, como os pais, se sintam à vontade para responder as questões do psicólogo e dizerem outros fatos que consideram importantes e diminuam a ansiedade. Serão realizadas 6 sessões sendo: uma anamnese com os pais, duas entrevistas lúdicas com a criança (uma individual e uma com os membros da família – pai, mãe e irmãos), uma entrevista com os profissionais da escola, uma entrevista com o fonoaudiólogo e por último uma entrevista devolutiva com os pais.

a) Anamnese

A partir da anamnese feita com os pais busca-se conhecer melhor a história de vida criança procurando detalhes que possam auxiliar na avaliação diagnóstica. Nossas perguntas serão feitas para eles em torno dos aspectos a seguir:

1. IDENTIFICAÇÃO

Nome, cor, sexo, idade, data de nascimento, procedência, nome dos pais.

2. QUEIXA PRINCIPAL

Pediremos que os pais expliquem melhor as queixas principais, pedindo exemplos de cada comportamento queixa.

3. HISTÓRIA DAS QUEIXAS ATUAIS (início dos comportamentos, evolução, contextos em que ocorrem).

4. REVISÃO DOS SISTEMAS – Será perguntado aos pais sobre:

Geral (prostração, alterações de peso, pele e mucosas, febre, sudorese).

Cabeça (cefaléia, traumas, deformidades).

Olhos (conjuntivite, acuidade, lacrimejamento).

Ouvidos (secreção, otalgia).

Nariz (coriza, congestão).

Garganta (dentes, gengiva, rouquidão, dor).

Pescoço (dor, nódulos, cistos, torcicolo).

Cardíaco (dor, sopro, palpitação, taquicardia).

Respiratório (tosse, dor, expectoração).

Digestivo (hábito intestinal, apetite, dor).

Musculoesquelético (hérnias, fraquezas, dor, rigidez, deformidades).

Nervoso (humor, perda de consciência, paralisia, tremor, dormência).

5. HISTÓRIA PREGRESSA

Antecedentes mórbidos: (infecções de repetição, doenças prévias, alergias,

hospitalizações, cirurgias, traumas, uso de medicações).

6. HISTÓRIA GESTACIONAL

Pré-natal (gestações prévias, abortamentos, aceitação, intercorrências, consultas, exames).

Parto (tipo, anestesia, local, fórceps).

Recém-nascido (peso, comprimento, perímetro cefálico, perímetro torácico).

7. HISTÓRIA ALIMENTAR

Aleitamento materno (exclusivo), dificuldades, tempo, introdução dos alimentos,

alimentação atual, vitaminas.

8. HISTÓRIA VACINAL

9. DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR

Marcos do desenvolvimento, escolaridade.

10. HISTÓRIA FAMILIAR

Doenças familiares: câncer, tuberculose, diabete, cardiopatia, epilepsia,

consangüinidade.

Rede de Apoio e eventos significativos

11. HISTÓRIA SOCIAL

Habitantes, situação conjugal, condições econômicas, vida social, inserção em grupos, hábitos de lazer

12. DADOS ESCOLARES

Casos de reprovação, áreas de dificuldade, hábitos de estudo, áreas de interesse

b) Entrevista lúdica diagnóstica

Em outra sessão, será realizada uma entrevista lúdica com a criança.

A entrevista lúdica diagnóstica permite que através da brincadeira se conheçam dados globais do paciente tais como valores, hábitos, funcionamento familiar, comportamentos cotidianos. Esse instrumento é interessante a medida que estabelece um vínculo do psicólogo com a criança possível graças ao seu caráter informal.

c) Entrevistas

A articulação com os profissionais já envolvidos com a criança, como professores, coordenadores pedagógicos, fonoaudiólogo e psicólogo escolar, elaborada por meio de entrevistas semi-estruturadas, tem o objetivo de conhecer melhor sua realidade e suas vivências visando entender sua trajetória escolar e pontuar as atuais dificuldades em cada um desses contextos que a criança está inserida.

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