Determinação Do Nível Operante E Treino Ao Bebedouro Com Sujeito Experimental Unico
Artigos Científicos: Determinação Do Nível Operante E Treino Ao Bebedouro Com Sujeito Experimental Unico. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: larizuquim • 16/4/2013 • 2.713 Palavras (11 Páginas) • 1.860 Visualizações
1. MÉTODO
Em Análise Experimental do Comportamento, a investigação empírica da relação comportamento-ambiente, se dá normalmente pelo método chamado delineamento experimental, que pode ser de grupo ou individual. O delineamento experimental de sujeito único se caracteriza pela análise do comportamento deste organismo como uma unidade individual, e não ao nível do grupo que pertence. (MATOS; TOMANARI, 2002).
Os comportamentos de um sujeito dependem de sua história de vida e das situações enfrentadas, assim não podem ser analisados por meio de uma estatística. O delineamento experimental com sujeito único é chamado também de delineamento A-B-A, pois de início, o pesquisador observa o sujeito sem intervir, analisando seus comportamentos inatos, em seguida o investigador introduz uma variável no ambiente experimental e verifica os efeitos destes no comportamento do sujeito. Propõe-se, portanto, nesse tipo de delineamento A-B-A, que quando o ambiente passa por modificações específicas, a situação inicial do sujeito, seus comportamentos inatos (A), sofrem interferência e tendem a mudar, ou alterar (B), e quando tais modificações (variável independente) são retiradas do ambiente espera-se que o sujeito volte à linha de base (A), se isso acontecer, o experimentador terá alcançado seu objetivo. (MATOS, TOMANARI, 2002.)
1.1 Sujeito
Para os experimentos de determinação de nível operante e treino ao bebedouro foi utilizado como sujeito experimental (Ss6), um rato albino, da espécie Rattus Norvegicus, de linhagem Wistar, macho, com peso de 264 gramas e 55 dias de vida. O Ss6 é proveniente do Biotério da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, no Coração Eucarístico. O sujeito experimental é ingênuo, ou seja, nunca foi submetido a nenhum experimento. Para a realização dos experimentos de determinação do nível operante e treino ao bebedouro, o Ss6 não sofreu privação de água e não foi submetido à privação de alimento.
1.2 Equipamento
Para a realização dos experimentos, foi utilizado o seguinte equipamento: uma caixa de condicionamento operante de modelo ELT-02, por duas unidades operacionais separadas, gaiola e controle, conforme descrição de Gomide e Weber (2003):
A estrutura da gaiola é alumínio anodizado cinza fosco, medindo 24cm de altura, 26cm de comprimento e 21cm de largura. O piso possui grades paralelas, em aço inoxidável, fixadas nas extremidades com rebites em acrílico, com uma distância de 1,5cm entre as grades. Na parede lateral direita existe um bebedouro na altura do piso, com aproximadamente 0,7cm de diâmetro; cerca de 8cm acima do bebedouro localiza-se uma barra que possui 8cm de comprimento e 0,5cm de diâmetro e que, ao ser pressionada, aciona um microinterruptor que leva o pescador (dispositivo de condução da gota de água) até a cuba de água e o traz com uma gota. Acima da barra existem orifícios para saída de estimulação sonora e, ao lado destes, existe um vidro transparente, permitindo a passagem de estimulação luminosa para dento da gaiola. Na parte central do teto, há um orifício para fixação de hastes (argola e trapézio), e o fechamento da gaiola é feito pelo lado anterior, com vidro fumê.
A unidade de controle consta de um módulo em alumínio anodizado e laterais em cerejeira, medindo 30cm de comprimento, 14cm de altura e 21,5cm de largura na base. Existem os seguintes circuitos e controles no painel frontal: 1) chave de alimentação energética geral (liga/desliga), com um indicador luminoso de cor vermelha; 2) chave comutadora para acionamento do bebedouro (automático/manual), para esquemas de respostas e reforços; 3) controle de estímulos luminosos em quatro intensidades e controle de estímulo aversivo (choques elétricos em quatro intensidades), com teclas seletivas de pressão e interruptoras em separado; 4) controle de estímulos sonoro de frequência fixa de 1.000Hz; 5) cronômetro digital, fornecendo horas e minutos ou minutos e segundos; 6) contador cumulativo de respostas (acionamentos da barra) com botão zerador; e 7) contador cumulativo de liberação de reforços (acionamentos de “pescador”) com botão zerador.
O painel traseiro da unidade de controle tem um porta-fusível (1A), uma entrada de cabo de força (110V), e uma tomada de onze pinos para conexão do cabo da gaiola. (GOMIDE; WEBER, 2003, p.31-32).
1.3 Procedimentos
No dia 20 de março de 2013, os experimentos realizados com o sujeito experimental foram de determinação do nível operante e treino ao bebedouro. Sendo o primeiro iniciado às 19h35min e finalizado às 20h05min com a duração de 30 minutos, e o segundo experimento iniciado às 20h07min e finalizado às 20h 25min, com duração de 18 minutos. Os experimentos foram realizados no laboratório de Análise Experimental do Comportamento da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, unidade em Arcos.
Antes do início dos experimentos, cada um dos integrantes do grupo experimental GR6 lavou as mãos com água e sabonete líquido e as esterilizaram com álcool etílico, hidratado a 70%. Um componente do grupo preparou o equipamento, colocou jornal sob a caixa de condicionamento operante, abasteceu a cuba com água filtrada e verificou o funcionamento do aparelho. Após a preparação do equipamento, um dos componentes do grupo calçou luvas de látex e retirou o sujeito experimental da gaiola viveiro para a pesagem.
O grupo experimental seis encaminhou-se para a cabine e levou a gaiola viveiro com o Ss6. Na cabine, o sujeito experimental seis foi retirado da gaiola viveiro e colocado na caixa de condicionamento operante. Deu-se início ao experimento de determinação do nível operante. O objetivo do experimento de determinação do nível operante consiste em observar os comportamentos específicos do sujeito experimental com a finalidade de determinar a força da reposta de pressão à barra, antes que qualquer operação experimental seja introduzida e modifique esta força. (GOMIDE; WEBER, 2003).
Como nesse experimento nenhuma resposta de pressão à barra foi reforçada com a gota d’água a chave de controle do bebedouro permaneceu na posição manual. Na folha de registro do experimento foi anotado com um “X” o número de vezes que o Ss6 pressionou a barra, em cada minuto que isso ocorreu, além de outros comportamentos do animal como: limpeza (L); andar (A); erguer-se (E); farejar (F); ficar parado (P) e outros comportamentos emocionais.
Os comportamentos do sujeito experimental foram observados durante 30 minutos e serão descritos a seguir em
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