Determinaçao Do Nivel Operante E Treino Ao Bebedouro
Exames: Determinaçao Do Nivel Operante E Treino Ao Bebedouro. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: taisbotoni • 14/4/2013 • 3.110 Palavras (13 Páginas) • 1.725 Visualizações
1. MÉTODO
Para realização do experimento de determinação do nível operante e treino ao bebedouro foi utilizado o método de delineamento experimental com sujeito único. Segundo, (MATOS; TOMANARI, 2002), o delineamento experimental com sujeito único caracteriza por “comparar os desempenhos do individuo com ele mesmo, em outra situação, momento ou condições; qualquer diferença seria, portanto devido ás diferenças de situações, não a variações individuais’’.
1.1 Sujeito
Os experimentos de determinação do nível operante e de treino ao bebedouro foram realizados com um rato albino, da espécie Rattus Novergicus da linhagem Wistar, macho, com aproximadamente 49 dias de vida, peso de 120 gramas. Proveniente do biotério da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, no Coração Eucarístico, o sujeito experimental ocupa a gaiola número nove no laboratório de Analise Experimental do Comportamento da PUC Minas, em Arcos.
No dia do experimento, o sujeito experimental nove (Ss9) estava privado de água por 24 horas, sem privação de alimento e sem histórico experimental.
1.2 Equipamento
Para os experimentos de determinação do nível operante e de treino ao bebedouro, foi utilizado o seguinte equipamento: uma caixa de condicionamento operante do modelo ELT – 02, composta por duas unidades operacionais separadas – gaiola e controle, de acordo com Gomide e Weber (2003, p. 31-32):
A estrutura da gaiola é de alumínio anodizado cinza fosco, medindo 24cm de altura, 26cm de comprimento e 21cm de largura. O piso possui grades paralelas, em aço inoxidável, fixadas nas extremidades com rebites em acrílico, com uma distância de 1,5cm entre as grades. Na parede lateral direita existe um bebedouro na altura do piso, com aproximadamente 0,7cm de diâmetro; cerca de 8cm acima do bebedouro localiza-se uma barra que possui 8cm de comprimento e 0,5cm de diâmetro e que, ao ser pressionada, aciona um microinterruptor que leva o pescador (dispositivo de condução de gota de água) até a cuba de água e o traz com uma gota. Acima da barra existem orifícios para saída de estimulação sonora e, ao lado destes, existe um vidro transparente, permitindo a passagem de estimulação luminosa para dentro da gaiola. Na parte central do teto, há um orifício para fixação de hastes (argola e trapézio), e o fechamento da gaiola é feito pelo lado anterior, com vidro fumê.
A unidade de controle consta de um módulo em alumínio anodizado e laterais em cerejeira, medindo 30cm de comprimento, 14cm de altura e 21,5cm de largura na base. Existem os seguintes circuitos e controles no painel frontal: 1) chave de alimentação energética geral (liga/desliga), com indicador luminoso de cor vermelha; 2) chave comutadora para acionamento do bebedouro (automático/manual), para esquemas de respostas e reforços; 3) controle de estímulo luminoso em quatro intensidades e controle de estímulo aversivo (choques elétricos em quatro intensidades), com teclas seletivas de pressão e interruptores em separado; 4) controle de estímulo sonoro de frequência fixa de 1.000Hz; 5) cronômetro digital, fornecendo horas e minutos ou minutos e segundos; 6) controlador cumulativo de respostas (acionamentos da barra) com botão zerador; e 7) contador cumulativo de liberação de reforços (acionamentos do “pescador”) com botão zerador.
O painel traseiro da unidade de controle tem um porta-fusível (1A), uma entrada de cabo de força (110V), e uma tomada de onze pinos para conexão do cabo da gaiola.
1.3 Procedimento
No dia 20 de março de 2013, aproximadamente às 19 horas e 30 minutos, o grupo experimental nove se reuniu no laboratório de Análise Experimental do Comportamento para a realização do experimento de determinação do nível operante. O experimento de determinação do nível operante, segundo Gomide e Weber (2003), consiste na observação do comportamento específico do sujeito experimental no propósito de determinar a força da resposta de pressão à barra, antes que qualquer operação experimental seja introduzida e modifique esta força. O nível operante permite avaliar o efeito do reforço, comparando a frequência da resposta antes e depois da introdução do reforço.
Uma breve explicação sobre os experimentos foi oferecida pela professora, sobre como a caixa de condicionamento operante deveria ser acionada para seu perfeito funcionamento. O grupo recebeu a instrução para abastecer a cuba com água filtrada e inseri-la na caixa de condicionamento operante. Após estes procedimentos o grupo experimental realizou a higienização das mãos com álcool etílico hidratado a 70%, preparou a cabine e os equipamentos e pesou o Ss9 que, posteriormente, foi levado à cabine para a realização do experimento de determinação do nível operante. Segue abaixo a descrição, minuto a minuto, dos comportamentos de limpar (L), andar (A), erguer-se (E), farejar (F) e ficar parado (P), além dos comportamentos emocionais tais como morder as grades da caixa de condicionamento operante, morder a cauda e defecar:
No primeiro minuto, o sujeito experimental nove emitiu os seguintes comportamentos: limpou-se duas vezes e ergueu-se nas patas traseiras uma vez.
No segundo minuto, o Ss9 emitiu os comportamentos de erguer-se nas patas traseiras uma vez, farejar duas vezes, limpar-se uma vez e pressionou a barra cinco vezes.
No terceiro minuto, o sujeito experimental nove emitiu os comportamentos de erguer nas patas traseiras cinco vezes, farejar três vezes, limpar-se sete vezes.
No quarto minuto, o Ss9 ficou parado uma vez, limpou-se uma vez, farejou uma vez, ergueu-se nas patas traseiras cinco vezes e andou duas vezes.
No quinto minuto, o sujeito experimental comportou-se da seguinte forma: ficou parado uma vez, ergueu-se nas patas traseiras quatro vezes, farejou uma vez e andou uma vez.
No sexto minuto, o sujeito experimental emitiu os seguintes comportamentos: farejou quatro vezes, andou três vezes, ergueu-se nas patas traseiras três vezes, limpou-se uma vez e mordeu as grades da caixa de condicionamento operante três vezes.
No sétimo minuto, o Ss9 emitiu os comportamentos de erguer-se nas patas traseiras seis vezes, andar quatro vezes, limpar-se três vezes, farejar duas vezes e mordeu a grade da caixa de condicionamento operante oito vezes.
No oitavo minuto, o sujeito experimental emitiu os comportamentos de farejar duas vezes, limpar-se três vezes, erguer-se nas patas traseiras uma vez e mordeu a grade da caixa de condicionamento operante
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