TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

FENOMENOLOGIA

Seminário: FENOMENOLOGIA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/9/2014  •  Seminário  •  4.152 Palavras (17 Páginas)  •  608 Visualizações

Página 1 de 17

A Fenomenologia trata dos fenômenos perceptíveis, extinguindo a separação entre o sujeito e o objeto. Essa filosofia surgiu no século XIX, a partir dos estudo de Franz Brentano e teve em sua corrente de estudos os filósofos Edmund Husserl, Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre e Merleau-Ponty.

É oposta ao positivismo, analisando a realidade no ponto de vista individual. Tudo que se apresenta à consciência ocorre como um objeto intencional. O objetivo do método fenomenológico é alcançar a intuição das essências. Busca interpretar o mundo através da consciência de um determinado sujeito, segundo as suas experiências.

Acredita em captar instantaneamente os fenômenos de forma inteligível, considera que toda consciência é “consciência de alguma substância”, porém a consciência não é considerada uma substância, mas formada por atos de percepção, imaginação,paixão, emoções e demais atos internos do homem.

Busca-se a essência de um determinado fenômeno através do processo de redução fenomenológica, todas as coisas são caracterizadas por serem inacabadas em constante processo de modificação. A Fenomenologia é um tratado científico a respeito da descrição e classificação dos fenômenos.

É uma ciência subjetiva, estuda o próprio fenômeno, o termo “Fenomenologia” provém do grego “phainesthai” que é tudo aquilo que se revela, e “logos” que significa estudo. Visa reconhecer e esclarecer o fenômeno sob estudos que consideram a visão de um determinado sujeito espectador.

Fenomenologia

Tomada em sentido etimológico, o termofenomenologia provém de duas palavras gregas, phainomenon e logos. Assim, seu sentido primeiro é ciência ou estudo dos fenômenos. A amplitude deste sentido permite identificar a fenomenologia com a própria investigação filosófica, uma vez que esta deve, necessariamente, partir disso que se apresenta, dos fenômenos, de modo a conferir-lhes uma unidade de sentido.

O termo fenomenologia foi empregado em várias acepções, por vários pensadores, ao longo da história da filosofia. Assim, no século XVIII, Lambert denominafenomenologia a investigação que visa distinguir entre verdade e aparência, de modo a destruir as ilusões que com frequência se apresentam ao pensamento. Esta investigação é afirmada como o fundamento de todo saber empírico.

Para Kant, fenomenologia é o nome da ciência que estuda a matéria enquanto objeto possível da experiência. Este filósofo postula, ainda, a necessidade de uma phenomenologia generalis, que trace a distinção entre os âmbitos sensível e inteligível. Hegel denominafenomenologia do espírito a ciência do movimento da consciência, que parte da consciência sensível e alcança, após vários estágios, a consciência de si, esta caracterizada como um saber absoluto.

Para Peirce, a fenomenologia constitui uma das partes constituintes da filosofia, e compreende o estudo disso que se apresenta de qualquer modo à mente, independente de qualquer correspondência à realidade. Contudo, a fenomenologia ganhou um novo e rigoroso direcionamento no pensamento de Edmund Husserl, de maneira tal que o sentido atualmente vigente deste termo liga-se, por princípio, ao significado que lhe outorgou este autor.

A fenomenologia husserliana é um método que visa encontrar as leis puras da consciência intencional. A intencionalidade é o modo próprio de ser da consciência, uma vez que não há consciência que não esteja em ato, dirigida para um determinado objeto. Por sua vez, todo objeto somente existe enquanto apropriado por uma consciência. "Sujeito" e "objeto" constituem, para esta concepção, dois polos de uma mesma realidade.

Contudo, é preciso encontrar um procedimento que faça ver a estrutura integral da consciência. A fenomenologia consiste, pois, em apresentar as coisas nelas mesmas; ela deve alijar todos os pressupostos de conhecimento, a fim de apreender a consciência em seu puro caráter fenomenal. Para realizá-lo, ela parte do processo de redução (em grego,epoché); este consiste em pôr o mundo entre parêntesis, liberando, assim, o puro fenômeno. Este se manifesta, assim, de maneira dupla: como redução eidética, que faz aparecer a apreensão, pela consciência, de essências puras, unidades ideais formadoras de sentido. Assim, o que é visado pela consciência se manifesta em seu âmbito essencial, como sentido.

O segundo momento deste processo é o da redução transcendental, em que a própria existência da consciência é posta entre parêntesis. Voltando sobre si própria, a consciência se apreende como eu puro ou transcendental, que confere sentido a toda experiência de egoidade.

Vários autores posteriores a Husserl voltaram a tratar da fenomenologia. Entre eles, podemos citar: Max Scheler, Heidegger, Sartre, Merleau-Ponty. Contudo, por maiores que sejam as diferenças entre estas concepções, seu fundamento continua sendo o pensamento husserliano

A Fenomenologia

Husserl apresenta a sua fenomenologia como um método de investigação que tem o propósito de apreender o fenômeno , isto é, a aparição das coisas à consciência, de uma maneira rigorosa. “Como um método de pesquisa, a fenomenologia é uma forma radical de pensar” (MARTINS, 2006, p. 18). Como as coisas do mundo se apresentam à consciência, o filósofo alemão pretende perscrutar essa aparição no sentido de captar a sua essência (aquilo que o objeto é em si mesmo), isto é, “ir ao encontro das coisas em si mesmas” (HUSSERL, 2008, p. 17). Nesse sentido, a filosofia husserliana traz consigo um novo método de investigação que irá exercer grande influência no meio acadêmico, o que fará da fenomenologia um marco imprescindível na filosofia contemporânea. É oportuno enfatizar que a filosofia de Husserl é um tanto quanto vasta e densa, o que requer, por sua vez, certo esforço para interpretá-la. Diante disso, enfocaremos aqui apenas os aspectos capitais do pensamento husserliano.

O rigor que Husserl reivindica para o seu método fenomenológico advém do propósito desse pensador em dispensar à filosofia o mesmo rigor metodológico conferido à ciência. Por ter efetuado estudos nos campos da matemática e da lógica, Husserl sempre nutriu certo apreço pelo rigor metodológico. Contudo, Husserl não via “com bons olhos” os métodos empregados, por exemplo, pela psicologiaexperimental. Isso porque essa ciência, como outras ciências experimentais, parte dos dados empíricos para daí desenvolver seus postulados. Para o filósofo alemão, a instabilidade dos dados da empiria não fornecem o rigor necessário concernente à investigação filosófica. Assim, “enquanto a ciência positivista

...

Baixar como (para membros premium)  txt (27.1 Kb)  
Continuar por mais 16 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com