Fenômenos Psicossomáticos
Por: duarteliliane • 23/4/2025 • Resenha • 717 Palavras (3 Páginas) • 11 Visualizações
FENOMENOS PSICOSSOMATICOS
FICHAMENTO ANALITICO DO CASO MISS LUCY R.
Miss Lucy R, era uma governanta de 30 anos, que trabalhava na casa de um diretor em Viena, e cuidava de duas crianças que haviam perdido a mãe. Ela sentia deprimida, cansada, dores de cabeça e perca de olfato. O primeiro medico a tratou de renite supurativa, mas o médico entendeu ser melhor encaminhar o caso a Freud.
Pela percepção de Freud, poderia ser possível encontrar um trauma, uma vivência onde essa perca do olfato pudesse estar ligada. Através desse sintoma, ele começa a investigar esse trauma para conseguir entender o inicio da histeria.
Na entrevista Miss Lucy, informa que o cheiro que a acompanhava era o cheiro de torta queimada. Freud fez testes e ela não conseguia sentir alguns cheiros bem fortes, mas ela conseguia sentir o cheiro de torta queimada, então seria o ponto de partida para a análise. Freud tentou induzir a paciente ao método catártico, em estado de sonambulismo, mas ele não obteve sucesso com a paciente.
Freud esteve em algumas clinicas em Nancy, na Franca, ele ouviu de um mestre da hipnose dizer que se houvesse forma de levar todo mundo ao hipnotismo a terapia hipnótica seria a mais completa. Mas o mestre falava que nem todas as pessoas são hipnotizáveis, sendo assim, Miss Lucy, era uma dessas pessoas, então Freud começou a utilizar uma outra forma de comando de mente, que ele colocava uma pressão com o dedo na testa, e quando a pessoa se lembrava de algo para que eles começassem a trabalhar.
Utilizando essa técnica da pressão na testa, Freud conseguiu fazer com que Miss Lucy se lembrasse do cheiro da torta queimada. Ela estava em um quarto brincando com as duas crianças, de fazer torta, quando ela recebe uma carta da sua mãe, dois dias antes do seu aniversário. Sendo uma memoria aparentemente comovente e carinhosa, não parecia ser uma memoria de trauma. Mas puxando pela memória, Lucy lembrou que queria muito ir viajar para encontrar sua mãe, mas lhe doía pensar em deixar as duas crianças, uma vez que havia prometido à sua patroa no leito de morte que cuidaria das meninas.
Freud não conseguia entender porque um acontecimento desse havia se tornado traumático. Para ele ainda havia um acontecimento obscuro que desse origem a histeria. Então Freud, disse a paciente, que acreditava que ela estava apaixonada pelo patrão, e que queria se transformar realmente na mãe das meninas e ocupar o lugar de dona da casa, devido ao clima pesado que existia entre Miss Lucy e as demais funcionárias da casa.
Depois que Lucy confirmou estar apaixonada pelo patrão, ela foi pra casa e melhorou, não teve mais a sensação de cheiro de torta queimada. Sendo assim ao expor o que estava oculto, ao falar sobre algo que ela não queria assumir, ao internalizar que havia o medo das pessoas descobrirem seu amor pelo patrão e a possível critica que receberia quanto a isso, ela se sentiu melhor e conseguiu melhorar dessa condição.
Acreditava-se que ela tinha se curado, quando algum tempo depois, ela retornou, se queixando de um outro cheiro especifico. Cheiro de charuto. Foi questionada sobre a recorrência desse cheiro no seu dia a dia, e ela afirmou que era um cheiro corriqueiro, quase que casual. Sendo assim Freud utilizou novamente a técnica da pressão na testa para que eles pudessem chegar ao ponto de partida. Foi quando ela lembrou de um dia em que o contador chefe foi ate a casa do Diretor, e ao sair, tentou beijar as crianças e o Diretor brigou muito com o contador chefe e o proibiu de beijar as crianças. Mas puxando pela memória, ela lembrou de um dia em que uma senhora que foi visitar a casa, ao sair deu um beijo na boca das meninas. O Diretor se segurou na hora, mas quando a senhora saiu da casa, ele esbravejou toda a sua fúria na governanta. Disse que se isso voltasse a acontecer ele iria conseguir outra governanta para cuidar das meninas. Nesse momento ela sente que o Diretor não sente nada por ela, e ela sente a necessidade de recalcar o sentimento que sentia pelo patrão.
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