Fichamento: A psicologia social e uma nova concepção do homem para a psicologia
Por: Lucasfabio • 12/9/2018 • Projeto de pesquisa • 1.858 Palavras (8 Páginas) • 836 Visualizações
Fichamento: A psicologia social e uma nova concepção do homem para a psicologia.
Autor: Silvia Maurer Lane.
A psicologia e a psicologia social devem ser entendidas numa perspectiva histórica, pois, na década de 1950, os Estados Unidos tinham uma psicologia social predominante, a fim de interferir nas relações grupais para torná-las mais harmoniosas e felizes, uma vez que tinham acabado de sair da Segunda Guerra Mundial. Países europeus também buscavam evitar novas catástrofes, e buscavam, com a filosofia, a teoria de Lewin.
Em 1960, as críticas apontavam para uma crise de conhecimentos psicossociais, que não conseguiam intervir, explicar e nem prever os comportamentos sociais. A França retorna à psicanálise após o movimento de 1968 e, sob uma nova ótica, critica a psicologia social norte-americana. Esse movimento repercutiu na Inglaterra, onde Israel e Täjfell também analisaram a crise do positivismo.
Na América Latina, a psicologia social fica instável, tendo em vista o pragmatismo da psicologia social norte-americana em oposição ao homem entendido filosoficamente ou sociologicamente. A Venezuela se organizava numa Associação Venezuelana de Psicologia Social (AVEPSO), junto com a Associação Latino-Americano de Psicologia Social (ALAPSO), as quais fizeram suas críticas voltadas para a nossa realidade.
O primeiro passo para superar essa crise foi estudar o indivíduo “por dentro” e como ele se defronta com estímulos do meio social, pois esse indivíduo carrega sobre si sua condição social e histórica.
A ideologia nas ciências humanas
O positivismo tentava descrever o indivíduo no seu comportamento, buscando confrontar socialismo vs biologismo, pois a psicanálise focava na história do indivíduo e a sociologia visava no materialismo histórico, então a psicologia social tenta recuperar a história do indivíduo com a história da sociedade. As ciências humanas se focam na descrição de macrossocial ou microssocial, das relações entre homens e das instituições sociais, como no laboratório de Wundt, que tinha como objetivo a psicologia científica e não as filosofias, descrevendo como causas-e-efeitos.
Skiner causou uma revolução na psicologia, só não deu um salto maior porque as condições histórico-sociais o impediram. Tinha como base de estudo o homem-ambiente: crítico do reducionismo biológico, entendia o homem como produto das relações sociais, fazia análise experimental do comportamento e autocontrole, e contracontrole. Tinha como linha de raciocínio que alguns comportamentos são de reforços e outros de punição. Para Skiner jamais conseguiremos ir além do histórico-social. Lewin também encontrou com algo semelhante, para ele o indivíduo e o meio são indissociáveis, este impasse surge em outas descrição de processos grupais sob lideranças autocráticas, democráticas, e leissez-faire.
Outro problema na psicanálise são a críticas de Politzer a Freud até as análises dos franceses, e as releituras da obra de Freud.
A psicologia social e o materialismo histórico: Com a recuperação da subjetividade (varia com julgamento de cada pessoa), vimos que o materialismo e homem são imagem e semelhança um do outro. Dai surgiu a psicologia social que partisse da materialidade. Com as críticas a psicologia social tradicional, podemos conhecer o indivíduo, por dois fatos predominantes, primeiro o homem não consegue sobreviver sem outro indivíduo, ele nasce já precisando do outro ou de grupo social, segundo seu convívio em um grupo depende de uma adesão à uma linguagem, já existente na história.
Leontiev diz ao agir do homem transforma a si, e seu meio, esse agir se tornam esperadas dentro do seu grupo. Caberia para psicossocial uma análise do grupo, mediada pelas instituições e julgar tais atitudes adequadas, corretas, esperada etc.
Para a compreensão do ser humano exige um conjunto de conhecimento e estudo das ciências humanas, psicologia, sociologia, antropologia, economia, história, pedagogia e linguística, que nos permitem um conhecimento mais profundo e concreto do ser humano.
Decorrências metodológicas: a pesquisa-ação enquanto práxis
O pesquisador-produto-histórico tem como visão de mundo de homem comprometido, não tendo conhecimento neutro, onde um não interfere na existência do outro. Pesquisador e pesquisado se inserem socialmente, que pode ser reprodutora como também transformadoras, os papéis de ambos podem se confundirem, está relação objeto de análise é captada de seu movimento, que implica na pesquisa-ação.
Toda psicologia é social
Essa afirmação não desabona outras áreas específicas da psicologia, pois o comportamento do ser humano é muito complexo, tanto interpessoal tanto socialmente. Pois a psicologia social sempre visa a harmonia do indivíduo no seu individual, social ou grupal.
Fichamento: A multideterminação do humano?
Os mitos sobre o homem, Bleger, no livro Psicologia da conduta, expõe três mitos sobre a teoria que o homem nasce pronto, são elas: O mito do homem natural: nesse tópico diz que todo nasce bom, que a influência da sociedade interfere nesse desenvolvimento, e o torno uma pessoa corrompida. O mito do homem isolado: supõe que homem não social, desenvolve a necessidade de se relacionar com outros indivíduos ou seja não necessita que o meio social venha até a ele, e sim que por um instinto especial desenvolva essa busca. Le Bom denominou instinto gregário. Sem esses instinto seria impossível a formação da sociedade. O mito do homem abstrato: Essa ideia consiste em que o meio socio-histórico em que o homem viveu e se desenvolveu, não interfere na sua formação. Exemplo: um homem que viveu há 1500 anos atrás, não se difere do homem da era digital (nos dias de hoje).
Quem é o homem?
Essa pergunta se perpetua há tempos nas cabeças de filósofos, cientistas e psicólogos, nunca chegaram a uma resposta única, pois à vários pontos de vistas, e varias respostas.
O homem é um ser socio-histórico: Para esse tópico, temos que saber que somos animais da espécie Homo sapiens. A biologia mostra que os genes se manifesta sob condições ambientais e sociais. Oque a natureza oferece biologicamente para o homem não basta, para viver em sociedade ele precisa adquirir experiências e costumes sócio-culturais para o seu desenvolvimento, exemplos como escovar os dentes, dirigir, ler, escrever e etc, essas aptidões não nascem com ele, mas são adquiridos ao longo da sua vida em sociedade.
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