Filme "A culpa é das estrelas" relacionado ao pensamento do filósofo Sartre
Por: Thayaniagatha • 29/4/2019 • Resenha • 645 Palavras (3 Páginas) • 813 Visualizações
Para este trabalho, escolhemos o filme “A culpa é das estrelas” e o correlacionamos com os pensamentos do filósofo existencialista Jean-Paul Sartre.
O existencialismo é uma filosofia que não faz concessões: coloca sobre o homem toda a responsabilidade por suas ações. O escritor, filósofo e dramaturgo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980), maior expoente da filosofia existencialista, parte do seguinte princípio: “a existência precede a essência”. Com isso, quer dizer que o homem primeiro existe no mundo - e depois se realiza, se define por meio de suas ações e pelo que faz com sua vida.
Sobre o filme, Hazel foi diagnosticada com câncer aos treze anos e agora, aos dezesseis, sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões. Ela sabe que sua doença é terminal e passa os dias vendo tevê e lendo “Uma aflição imperial”, livro cujo autor deixou muitas perguntas sem resposta. Essa era sua rotina até ela conhecer Augustus Waters, um jovem de dezoito anos que perdeu uma perna devido a um osteosarcoma, em um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Como Hazel, Gus é inteligente, tem senso de humor e gosta de ironizar os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. Com a ajuda de uma instituição que se dedica a realizar o último desejo de crianças doentes, eles embarcam para Amsterdã para procurar Peter Van Houten, o autor do livro favorito da menina, em busca das respostas que desejam. É em Amsterdam, no entanto, que Hazel descobre que o câncer de Gus, havia voltado com tudo e estava tomando conta de seu corpo. O casal precisa, então, aprender a lidar com o fato de que os dois se amam, apesar de estarem doentes.
O filme acima citado, nos faz refletir sobre os pensamentos de Sartre em tais pontos:
- “Nossos atos nos definem.”[pic 1]
Na cena ao lado, Gus revela a Hazel que usou sua oportunidade de “último desejo” para que viajem ao encontro do autor preferido da menina, em busca das inúmeras perguntas não respondidas em forma de email e cartas ao autor, sobre a história do livro. Gus faz isso, pois quando Hazel descobriu seu câncer tinha apenas treze anos e usou seu “último desejo” para conhecer a Disney.
- “Se deve viver autenticamente seu projeto de vida”
Neste momento do filme, Hazel e Gus estão em Amsterdã. Mesmo tendo um agravante em seu estado de saúde, os médicos e pais da menina concordam que ela faça a viajem para realizar seu sonho. Chegando lá Hazel experimenta diversas novas experiências, vivendo cada instante único com autenticidade. [pic 2]
- “Tem que buscar um sentido para sua existência.”
Após seu câncer se espalhar pelo corpo e quase levá-lo a óbito, Gus fica reflexivo sobre sua importância na vida. Diz que esperava ser importante, um herói para alguém ou pelo menos uma pessoa que valesse a pena ser lembrada. Seu objetivo de vida era fazer coisas para não ser esquecido, mas sentia que tinha fracassado. [pic 3]
- “O homem é um ser “finito”, é marcado pela morte.”
Antes do câncer de Gus voltar, Hazel acreditava que era ela quem o deixaria sozinho, mas não foi o que ocorreu. Em uma cena anterior à esta, Hazel Grace diz que quando criança uma enfermeira elogiou-a por caracterizar uma dor número 10 com um 9, mas diz que a dor era realmente 9 e que seu 10 tinha chego com a perda de Gus. Apesar de sabermos que um dia morreremos e que esta é uma marca que define nossa limitação como ser humano, nunca estamos preparados para morrer, assim como nunca estamos preparados para perder alguém. [pic 4]
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