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Formas De Perdoar

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Por:   •  1/3/2015  •  1.498 Palavras (6 Páginas)  •  292 Visualizações

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PERDÃO

O perdão é um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de ressentimento ou raiva contra outra pessoa, decorrente de uma ofensa percebida, diferença ou erro, ou cessar a exigência de castigo ou restituição.

O perdão pode ser considerado simplesmente em termos dos sentimentos da pessoa que perdoa (intrapessoal), ou em termos do relacionamento entre o que perdoa e a pessoa perdoada (interpessoal) um dos principais pontos de divergências entre pesquisadores. É normalmente concedido sem qualquer expectativa de compensação, e pode ocorrer sem que o perdoado tome conhecimento (por exemplo, uma pessoa pode perdoar outra pessoa que está morta ou que não se vê a muito tempo). Em outros casos, o perdão pode vir através da oferta de alguma forma de desculpa ou restituição, (está mais relacionado a abrir mão de sentimentos, comportamentos e pensamentos negativos ou se inclui acréscimos positivos ou a substituição). Outro ponto de divergência é o fato se extensão o perdão é um evento extraordinário ou algo bastante comum na experiência cotidiana das pessoas. (GOMES S. RODRIGO. & LOPEZ F.F. RENATA. 2012)

A alguns pontos devem ser ressaltados o perdão deve ser diferenciado de termos como, “Pardoning (absolvição): conceito relacionado à Justiça, e que implica perdoar legalmente alguém da pena consequente à transgressão cometida.” (GOMES S. RODRIGO. & LOPEZ F.F. RENATA. 2012, p.622) Ele ocorre independente da justiça ter de fazer sua parte ou não. Também não se trata de tolerar a injustiça erros como alguns podem achar.

“Condoning (que pode ser entendido como fazer vista grossa): significa aprovar um comportamento que a maioria das pessoas pensa ser errado, que implicaria justificativa para a ofensa, liberando o ofensor de qualquer responsabilidade.” (GOMES S. RODRIGO. & LOPEZ F.F. RENATA. 2012 p.622). Perdoar não é absolver de culpa ou que o mesmo deve ficar em puni, ou seja, perdoar não é praticar a injustiça.

“Excusing (desculpas): termo que sugere que o ofensor teve um motivo que justifique ter cometido a afronta. Mesmo que haja motivos razoáveis que expliquem a ofensa (GOMES S. RODRIGO. & LOPEZ F.F. RENATA. 2012 p.622)”. Somos responsáveis por nossos atos uma falha não se justifica com outra.

Como sugere... alguns preferem a fuga dos sentimentos dolorosos através de “Denying (negação): refere-se a uma indisposição ou incapacidade para perceber que uma afronta tenha ocorrido. Contudo, fingir que nada aconteceu ou que não se sentiu magoado não é o mesmo que perdoar (GOMES S. RODRIGO. & LOPEZ F.F. RENATA. 2012 p.623)”. ou seja, se não há afronta não tenho o que perdoar.

O perdão engloba conceitos extremamente complexos ligados aos sentimentos e comportamentos humanos, não há nem mesmo um consenso entre os estudiosos. Quando se fala em perdão nos vem à cabeça algo que tem uma origem religiosa, esta vinculada a religião por tanto não tem nenhum aspecto cientifico que pode ser aplicado à psicologia ou qualquer outra ciência.

Mais isto é um grosseiro engano pesquisas já realizadas sobre o perdão, assim como diversos estudiosos mostram e através de trabalhos sérios e científicos que o perdão tem um caráter biopsicossocial na vida do homem, e independe de ter uma visão monoteísta ou ateísta.

Luiz Cuschnir é coordenador do Gender Group® e supervisor no Serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Diz em uma entrevista para uma revista “Marie Claire” que "Perdoar alivia, diminui o sofrimento e melhora a qualidade de vida", diz. "Mas algumas coisas são imperdoáveis. É preciso respeitar os limites de cada um". Para ele perdoar é importante para o bem estar mental e estabilidade emocional. Perdoar é uma capacidade humana e significa entender que o outro é um ser imperfeito por isso esta sujeito a errar. O perdoar não é uma capacidade inata ela deve ser exercitada e evolui ao longo de nosso amadurecimento, quem não consegue perdoar segundo ele é alguém muito infeliz, provavelmente fatores em seu passado influenciam para essa incapacidade de perdoar. Pois passa a vida remoendo uma única situação e coloca a culpa de tudo de ruim em sua vida, “Isso ocorre muito: a pessoa cria um algoz, um sequestrador, alguém que é a causa do seu sofrimento. Se conseguir perdoar sai do cativeiro”. Perdoar significa esquecer e seguir em frente dar a si mesmo uma nova chance. Muitas vezes olhamos para o outro e só enxergamos dor, a dor esta contida em nos e por isso não podemos esquecer, muitas vezes quando se encontra a origem da magoa se consegue perdoar.

Luiz Cuschnir também nos chama a atenção para outro fato importante que envolve o perdão, não há necessidade de perdoar sempre.

“Algumas religiões defendem isso, mas eu não penso assim. Como médico, eu tenho um compromisso com a vida. A autopreservação é o mais importante. Quem perdoa o tempo todo, sem parar, pode provocar um estado de humilhação prejudicial à sua autoestima. Antes de tudo, qualquer pessoa tem que se respeitar como um ser humano. Existem coisas que são imperdoáveis, e elas são diferentes para cada pessoa. é preciso respeitar esses limites.” (2014).

A psicologia do perdão

O campo da psicologia tem dado cada vez mais importância ao tema em seus processos terapêutico por acreditar na importância dele para a melhora de seu paciente, existem hoje linhas de trabalhos terapêuticos especializadas envolvendo o perdão. Dr. Robert Enright, em 1994 fundou o Instituto Internacional do Perdão após anos de pesquisas para tentar mostrar os benefícios do perdão na clinica.

--Enright: As origens da psicologia terapêutica centraram-se

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