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Formação De Impressões

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Por:   •  28/5/2013  •  1.508 Palavras (7 Páginas)  •  1.148 Visualizações

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Formação de Impressões

Formação de impressões como parte interessante das relações interpessoais

Nas relações interpessoais existem as impressões, quando somos interpelados por outrem ou quando interpelamos, criamos a priori impressões. Não necessitamos de informações sobre a (s) pessoa (s) com quem estamos a interagir para realizar um juízo de valor sobre a (s) mesma (s). Enumeras vezes acontece que quando nos relacionamos com um determinado grupo, pode ser desportivo, novos colegas de trabalho, a nova turma da faculdade, etc., tendemos a traçar um perfil mental dessa (s) pessoa (s). Quem é que já não pensou para consigo mesmo: “Não gosto muito daquele, parece que manda” ou “Olha, parece ser muito simpática, até vou com a cara dela”. Estes juízos de valor são transcendentes ao sujeito, são resultado da necessidade do ser humano se relacionar e integrar num determinado grupo. Desde sempre o ser humano é um ser social, que só se satisfaz socialmente, ninguém consegue realizar-se isoladamente.

Após o primeiro contacto com uma determinada pessoa, a primeira impressão que temos dela, irá influenciar a nossa maneira de se relacionar com a mesma. Se a primeira impressão for positiva, iremos ser mais receptivos, se for negativa adoptaremos uma estrutura mais defensiva. Estas primeiras impressões, muitas vezes, alteram-se após termos um contacto mais directo com a (s) pessoa (s) em questão.

http://www.youtube.sonia/watch?v=RO4z2rWXh34&feature=player_detailpage

A formação de impressões faz-se de forma directa:

• Indícios físicos, se a pessoa é alta, baixa, gordo, magro, expressões faciais e os gestos que no seu conjunto dá-nos um certo tipo de personalidade ou categoria social.

• Indícios verbais, é o modo como a pessoa fala dá-nos a conhecer o tipo de instrução, profissão, até mesmo o sotaque da pessoa indica-nos de que região é e no seu conjunto os habitantes dessa região quais as suas características.

• Indícios não verbais, é o modo como a pessoa se veste, como gesticula, como se senta, modo de andar a postura corporal que no seu conjunto nos dá características.

• Indícios comportamentais, consoante o seu comportamento nós assim a classificamos.

Por outro lado pode-se formar impressões de forma indirecta, na qual o sujeito não tem interferência directa, apenas formaliza com dados de “ouvi dizer”.

Conclui-se que a primeira informação que recebemos da pessoa é a que tem mais influência sobre as nossas impressões, é a partir daqui que formamos as nossas impressões. Que depois se houver novas informações será muito difícil alterar a impressão inicial.

Temos as primeiras impressões da pessoa em que avaliamos a nível afectivo, moral e instrumental. Onde basicamente temos:

• O gostar ou não

• O bom e o mau

• O competente e o incompetente

A avaliação de impressões tem sido analisada em três perspectivas:

• A construtivista, é dada pelos processos cognitivos e efectivos de quem percepciona. (estudo de Asch)

• A associativista, são as características dadas por dados, estes podem ser físicos ou comportamentais. (Anderson, 1965, 1974)

• A abordagem “mista”: o processamento pode realizar-se dos dois modos. (Brewer, 1988, Zebrowitz, 1990)

Existem 3 grandes períodos sobre a informação de impressões.

1º Período, 1946 e fins dos anos 50, onde temos a abordagem gestálica ou configuracional de Asch.

2º Período, princípios dos anos 60 e meados dos anos 70, onde temos a abordagem linear, desenvolvida por Anderson.

3º Período, fins dos anos 70, onde temos a abordagem da memória ou cognição social. (Hastie et al, 1980).

A abordagem Gestálica, elaborada por Asch indicava que a formação de impressões era feita pela integração de vários elementos informacionais, reinterpretando-os até se construir um todo coerente, sendo o seu significado construído em função das relações contextuais com os restantes. Asch considerou que o processo de formação de impressões teria um carácter holístico, ou seja, os traços que caracterizam uma pessoa organizam-se de modo que o todo é diferente da soma das partes que a caracterizam.

No entanto, como nem todas as características conhecidas sobre uma pessoa contribuem com o mesmo peso para a formação de impressões, Asch definiu a hipótese de que algumas características são mais importantes (centrais), enquanto que outras são secundarias (periféricas).

Numa das suas mais conhecidas experiências, Asch apresentou a diferentes grupos de sujeitos, uma lista de traços, que supostamente, caracterizavam um sujeito. A tarefa dos participantes consistia em escrever um comentário sobre o sujeito descrito e seleccionar, numa lista de pares de traços na sua maioria opostos, o adjectivo que em cada par, mais se ajustava à dimensão que tinha formado.

Um dos grupos recebia a seguinte lista: “ Inteligente, trabalhador, hábil, frio, determinado, pratico, prudente”, enquanto que um segundo grupo recebia uma lista idêntica: “ Inteligente, trabalhador, hábil, caloroso, determinado, prático, prudente”.

A diferença entre as duas listas era a presença do adjectivo caloroso e frio, onde depois de lerem os traços, os participantes teriam de formar uma impressão acerca daquele sujeito.

Nas descrições recolhidas aos participantes expostos ao traço caloroso formaram uma impressão mais favorável dos que os outros participantes expostos ao traço frio.

Segundo Asch, as características apresentadas não têm todas o mesmo peso para os participantes, definindo assim características centrais e características periféricas, concluindo também neste estudo, que ao mudar um traço periférico tem um efeito mais fraco na impressão global, do que mudar um traço central, pois um traço quando é central tem um peso e conteúdo diferente do que quando é periférico, no entanto um traço não tem sempre um sentido fixo, o seu conteúdo pode ser central numa impressão e tornar-se periférico noutra.

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