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HAMLET: ASPECTOS PSICOLÓGICOS

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Por:   •  16/6/2013  •  Tese  •  762 Palavras (4 Páginas)  •  2.438 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

LIANE ROSSALES DALPRÁ

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HAMLET: ASPECTOS PSICOLÓGICOS

Dourados

2013

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

LIANE ROSSALES DALPRÁ 131.945

HAMLET: ASPECTOS PSICOLÓGICOS

Dourados

2013

1. INTRODUÇÃO

Entre 1600 e 1602, William Shakespeare, escreveu um dos maiores clássicos da literatura mundial, Hamlet, o príncipe da Dinamarca, cuja historia retrata a tragédia que gira em torno da morte do pai e da culpa.

Nesta história Hamlet atribui a culpa da morte de seu pai a seu tio Cláudio e a partir daí ele idealiza que tem que começar sua vingança, então decide fingir-se de louco. Para conseguir o poder no reino da Dinamarca, Cláudio assassina o próprio irmão, contrai núpcias com a cunhada e provoca a infelicidade de sua família, principalmente de seu sobrinho, Hamlet. Isso nos mostra que a luta pelo poder político de um país, mesmo na democracia contemporânea, desumaniza e transforma as pessoas. Hamlet descobre que o tio, para tornar-se rei da Dinamarca, matara seu pai e casara-se com sua mãe. Busca vingança e, angustiado, adentra profundamente a alma humana.

Hamlet entra em conflito com sua existência, que se tornara insuportável desde que a alma de seu pai lhe aparecera numa noite assombrosa, no alto da torre do castelo. O espectro de seu pai reclamava desforra, clamava por vingança pelo seu assassinato. Contou ao seu filho que o crime o vitimara, seu próprio irmão, o rei Claudio o matara. O príncipe, então fica atordoado, extremamente furioso, e reage de forma estranha quando se finge de louco.

Segundo Lins (2002), há quatro séculos a tragédia de Hamlet vem sendo objeto de inúmeros estudos, as interpretações psicanalíticas desta obra tem uma historia tão longa quanto a historia da própria psicanálise. Freud citou a obra em vinte e três textos e se aproprio da mesma para descrever um de seus maiores construtos, o Complexo de Édipo. Abel (1997) afirma que no Brasil, o livro de Eustáchio e Clara Helena Portella Nunes, Freud e Shakespeare, também trabalham Hamlet em uma perspectiva freudiana; e o de Hórus Vital Brasil, que, também, em seu Dois ensaios entre psicanálise e literatura, realiza uma análise de Hamlet de um ponto de vista psicanalítico.

Alguns estudos específicos sobre essa peça também têm sido feitos por outros autores, dentre eles Williamson (1950), Quijano (1962), Pimstein (1972), Vygotsky (1999), Iasi (2002), Lins (2002), Pereira (2002), Bloom (2004) e Cantor (2004). Em meio a esses diversos trabalhos, o aspecto que destaco aqui, para tecer algumas considerações, são as características psicológicos de Hamlet.

2. ASPECTOS PSICOLÓGICOS

No segundo ato da peça, encontramos sintomas característicos do que chamamos atualmente de transtorno depressivo: humor deprimido e anedonia, observados na fala do personagem.

HAMLET: De tempos a esta parte – por motivos que me escapam - perdi toda a alegria e descuidei-me dos meus exercícios habituais. Tão grave é o meu estado, que esta magnífica estrutura, a terra, se me afigura um promontório estéril. (ATO II CENA II)

Segundo a DSM IV, a depressão

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