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Hipótese Diagnóstica Psicológica

Por:   •  11/11/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.353 Palavras (10 Páginas)  •  551 Visualizações

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1. A partir da leitura do estudo de caso elabore algumas hipóteses diagnósticas.

2. Identifique os fenômenos que deveriam ser avaliados a partir das hipóteses elaboradas.

3. Quais as técnicas e/ou instrumentos poderiam ser utilizados para avaliar os fenômenos elencados na questão 2? Justifique.

4. Agora faça o planejamento desse Psicodiagnóstico explicando a ordem escolhida para a realização de cada sessão, bem como os cuidados éticos que devem ser observados.

ESTUDO DE CASO

IDENTIFICAÇÃO:

Nome: W. H. C. M. Sexo: Masculino Idade: 8 anos

Data de nascimento: 18/04/2001 Escolaridade: 2º ano do Ensino Fundamental

Início do atendimento: 12/03/2010 Encerramento: em 08/06/2010.

ENTREVISTA INICIAL COM OS PAIS

Os pais começam dizendo que sem motivos aparentes o filho começou a ficar muito agressivo em casa, gritando com eles principalmente na hora de fazer as atividades da escola. Estava agitado e com dificuldade de concentração. Alimentava-se pouco, e sempre estava em algum lugar calado e triste. Mas eles não conseguiam entender o que estava acontecendo. No final do ano a professora mandou um bilhete pedindo que encaminhasse a criança a um psicólogo, pois o mesmo estava muito agressivo.

Ao procurar a escola os pais são informados sobre a agressividade da criança e que ele não estava aprendendo nada. A moça que trabalha na cantina também conversou com os pais que ele não estava se alimentando na escola. Ao conversarem com o filho sobre o assunto ele trás que na escola tudo de errado que aparece sua professora Poe a culpa nele. E que ela só os trata bem na presença da diretora. A relação da professora com os outros alunos W. Diz que eles têm medo dela e por isso não reclama. W. Não queria fazer as atividades da escola e os pais o castigavam por isso. Nesta ocasião ele começou a mentir principalmente em coisas relacionadas à escola. Questionado sobre suas mentiras W. Falava que era fantasia da cabeça dele.

Em novembro deste mesmo ano a professora deixa W. sozinho na sala e depois o acusa dizendo que ele roubou dinheiro e nove bombons de sua bolsa. Chamou a supervisora da escola que logo chamou os pais só que no mesmo dia ela encontrou o dinheiro em seu caderno e disse que ele havia se arrependido e devolvido o dinheiro. Segundo contam eles não aceitaram a justificativa chamou a policia e registrou um boletim de ocorrência contra a professora, mas diz que até hoje não deu em nada. Decidiram tirar a criança da escola porque o mesmo disse que se insistisse para ele ir à escola eles iriam buscá-lo morto.

Este ano de 2010 W. está se dando muito bem. Em reunião de pais a mãe pergunta como está filho a professora diz que ele é uma criança muito inteligente, que pega as coisas muito fácil, ele conversa muito alto, mas ela não vê isso como um problema e sim como algo natural de crianças. W. gostou muito desta escola e até reencontrou uns coleguinhas que freqüentava a creche com ele. Relacionam bem com estes colegas. O pai fala que ao levar e buscar o filho na escola fica de longe observando sem ele perceber e W. Sempre se comporta. Fica na fila do jeito que a professora manda.

Nos últimos meses pais relatam como muito difíceis. A mãe teve depressão segundo eles por acumular muitas tarefas: trabalho, casa, problema escolar do filho, conclusão de um curso de enfermagem, neste momento está afastada do trabalho. O pai está desempregado fazendo bicos quando aparece. A mãe percebe que W mudou a partir deste período que ela está em casa. W. chegou a comentar que seria muito bom se fosse sempre assim.

W. mora em um condomínio, lá não tem crianças. O contato dele é mais com adultos: Avós, tios, primos. Os pais não costumam sair muito com W, por falta de tempo e quando sai vai a parques e praça. Quando W sai com seus primos e tios os mesmos dizem que ele não dá trabalho. “É uma criança muito independente. Na hora que tem fome ou quer alguma coisa vai lá e pede”.

ENTREVISTA INICIAL COM A CRIANÇA

W. fala que seus pais disseram que o motivo que o levou a clínica, era por causa da professora da antiga escola. Ele conta que essa professora o acusou de ter roubado 8 mil reais e 10 bombons dela e depois ficou forçando-o a comer o último bombom que ela achou dentro da sala, mas ele fechou a mão e a boca e não comeu. Relatou que chorou muito e ficou deprimido (deprimido para ele é quando alguém fica muito triste e com raiva), tentando explicar que era mentira, mas a mesma não acreditou.W. relata que não contou para os pais quando ele chegou da escola, porque estava com medo deles acusá-lo. E por isso só contou a noite. Seus pais não brigaram com ele, os mesmos o retiraram da escola e colocaram-no em outra, que ele considera a melhor escola do mundo.

Nessa nova escola ele só é elogiado, tendo sempre em seu caderno, ótimo e excelente. Diz também que ele aprende as coisas muito fácil e rápido, coisas que na outra escola não acontecia. W. relata que adora desenhar e contar sobre a história sobre a sua vida, da vida dos pais. Essas histórias são sempre ricas em detalhes. Relatou também que o relacionamento com os pais é muito bom, mas que eles não têm muito tempo para sair com ele. A mãe tendo tempo momento por que ela está de licença médica. Já o relacionamento com a Tia não é muito bom, a mesma sempre fica incomodando-o (sempre que ele está vendo TV, ela entra no quarto falando alto).

ANAMNESE

A gravidez de W. não foi planejada, mas ficaram muito felizes quando souberam, sua mãe trabalhou ate o 3° dia antes do nascimento. Após o nascimento de W., ela teve depressão pós-parto, sendo necessário o uso de medicamentos muito fortes.

A primeira infância de W., eles relatam que o mesmo dormia no quarto deles até um mês de idade, a partir desta, ele começou a dormir sozinho no próprio quarto. Relata também que W. começou a engatinhar com 9 meses e com 10 meses e meio ele já estava andando, ele nunca chupou bico e mamou no peito até 1 ano de idade, e que com 2 anos ele mamava mamadeira sozinho. Sua mamadeira foi retirada com facilidade. Suas primeiras palavras foram pronunciadas com 1 ano, ao completar 2 anos já falava tudo sozinho. Sua dentição foi com 1 ano, necessitando ir ao dentista 2 vezes para a retirada o mesmo.W. entrou para o jardim com 3 anos e meio. Sua rotina é: acordar as 6:30 para ir a

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