Hipnose Segundo Freud

HIPNOSE

A hipnose, um fenômeno de gradações que varia de transes leves a profundo constitui-se num estado alterado de consciência, diferente dos estados de vigília ou do sono, durante o qual a atenção concentra-se em experiências mentais, sensoriais e fisiológicas.

O estudo da hipnose teve início pelo médico austríaco Franz Anton Mesmer (1734-1815) ao tratar pacientes neuróticos. No grande período de experimentação científica do século XVIII e XIX essa técnica foi usada como tratamento terapêutico, mas durante anos a hipnose foi esquecida, sendo resgatado por Jean-Martin Charcot (1835-1893) o neurologista mais importante e conceituado da época, líder da escola de Salpêtrìere na França.

Charcot estava estudando os estados hipnóticos para tratamento de pacientes histéricos. Em um trabalho apresentado na Academia Francesa de Ciências em 1882, considerou a hipnose como um estado patológico de dissociação comparando o transe ao processo histérico e anormalidade no sistema nervoso. Essa relação entre a doença e a hipnose foi bem aceita no meio científico, influenciando Freud que em 1885 foi estudar com Charcot em Paris. Então, a hipnose passa a ser aplicada como procedimento terapêutico para facilitar a lembrança de traumas esquecidos que deram origem aos sintomas, ficando claro para Freud que a histeria não era uma simulação e sim uma doença funcional também entre os homens e não somente das mulheres, como se achavam na época.

Através do comportamento dos pacientes perante a hipnose, Freud descobre que tem o controle da situação, que há uma predisposição do paciente ao transe hipnótico decorrente de algum trauma psíquico que deve ser localizado através da vida do paciente, mas essa técnica era benéfica somente enquanto havia contato com o médico, tornando esse relacionamento pessoal mais importante que a própria hipnose. Então, Freud desenvolveu outro método de cura baseado na associação de ideias e interpretação de sonhos, a “Psicanálise”, deixando de lado a hipnose.

Ouvir, para Freud, tornou-se mais do que uma arte, tornou-se um método, uma via privilegiada para o conhecimento, à qual os pacientes lhe davam acesso. (Gay, p.80, 1989).

Conclusão

Acredito que, se aplicada de maneira correta a hipnose ajuda a resolver ou a entender problemas psíquicos guardados em nosso inconsciente e, por meio dela desenvolver nossas habilidades e nosso potencial. “A hipnose é a habilidade de entrarmos em contado com a nossa capacidade de otimização e criatividade, vencendo nossos limites, é a ciência voltada para a expansão do potencial humano. (Brian Weiss).

Referências Bibliográficas

• www.fredpage.info/freudhipnose.htm

• www.hipnoterapia.com.br/hipnose-hipnoterapia.php?id=3

• www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/12433/a-evolucao-da-tecnica-de-freud-uso-da-hipnose

• http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0100-34372011000300016&script=sci_arttext