Hipnoterapia E Acupuntura: Estratégias De Suporte Ao Tratamento Da Dependência Química
Trabalho Escolar: Hipnoterapia E Acupuntura: Estratégias De Suporte Ao Tratamento Da Dependência Química. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: emivanis • 23/2/2015 • 3.722 Palavras (15 Páginas) • 620 Visualizações
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIENCIAS, EDUCAÇÃO E LETRAS - FACEL
Pós Graduação em Dependência Química
Área de Psicologia
Data de início: 17/12/2011
Hipnoterapia e acupuntura: estratégias de suporte ao tratamento da dependência química
João Francisco dos Santos Filho
RESUMO
Este trabalho busca apresentar as contribuições da literatura que apoiam a aplicação das técnicas de acupuntura e hipnose ao tratamento auxiliar da dependência química A hipnose utiliza o método da indução através do relaxamento profundo, rápido ou instantâneo. Nesse estado de alteração de consciência, é possível ao paciente reviver situações que podem estar relacionadas a experiência da primeira vez que utilizou a droga, então o terapeuta o auxilia a realizar a ressignificação do evento relembrado, bem como suas intercorrências. A técnica acupunturística, a qual utiliza de finas agulhas metálicas que são inseridas em pontos previamente estudados no pavilhão auricular e também corporal, tem como objetivo excitar o sistema nervoso autônomo, simpático e parassimpático produzindo assim substâncias neuroquímicas chamadas de endorfinas eliminando assim sintomas correlacionados à abstinência devido ao uso da droga.
PALAVRAS – CHAVE: dependência química, hipnose, acupuntura
1. INTRODUÇÃO
Terapias complementares e alternativas para o tratamento da dependência de drogas estão se tornando cada vez mais populares, e muitos desses tratamentos passaram a se incorporar aos principais programas de reabilitação.
Hipnoterapeutas afirmam que podem ajudar fumantes a deixarem do vício e muitos terapeutas afirmam obter sucesso no tratamento contra o vício do álcool e das drogas, tais como a heroína.
A hipnose trabalha destravando profundos pensamentos inseridos no subconsciente, onde possivelmente se encontra a raiz do vicio, e ao se confrontar com estes pensamentos os terapeutas afirmam que o paciente encontrou o caminho certo para deixar o vicio.
A Acupuntura, em particular, teve um grande sucesso relatado entre fumantes e alcoólatras. Está sendo muito utilizada em centros de reabilitação e de desintoxicação para trazer a harmonia entre o corpo e a mente por vias de energia que produzem o desbloqueio no corpo.
Um estudo (citado em MALUF, 2002) realizado pela Universidade de Yale nos Estados Unidos mostrou que viciados em cocaína que receberam acupuntura eram menos propensos a tomar os medicamentos durante o tratamento. O tratamento de Acupuntura apresenta um índice muito eficaz no tratamento dos dependentes químicos, no caso de fumantes por exemplos, pesquisadores (ERNEST, 2001) da Universidade de Montreal no Canadá apresentaram resultados onde o índice de é três vezes maior em seis meses a um ano do que o uso de adesivos de nicotina e o uso de medicamentos de auxílio comportamental.
Já a Hipnoterapia atua diretamente nos transtornos mentais, que são os fatores que geram a dependência química e o vício, não se concentrando apenas nos sintomas causados pela dependência. O tratamento busca obter do paciente mudança de hábitos e comportamentos, auxilia no controle da ansiedade e da abstinência e, consequentemente, eleva o grau de autoestima. A Hipnoterapia pode gerar resultados bastante sólidos e permanentes quando usados no auxilio para o tratamento de dependentes químicos.
Baseado nas pesquisas atuais para o tratamento alternativo da dependência química, este estudo de revisão bibliográfica pretende apresentar os achados sobre essas novas propostas de intervenção. Para tanto será abordado brevemente o quadro de dependência química, a técnica de acupuntura e de hipnose aplicadas a dependência química e as conclusões atuais.
2. DEPENDÊNCIA QUÍMICA
A dependência química se caracteriza pelo uso recorrente de substâncias psicotrópicas, que agem no organismo e causam alterações no comportamento humano, sendo que estas alterações envolvem a cognição e a fisiologia orgânica (MALUF, 2002). A Dependência Química é um conjunto de fenômenos que envolvem o comportamento, a cognição e a fisiologia corporal consequente ao consumo repetido de uma substância psicoativa, associado ao forte desejo de usar esta substância, juntamente com dificuldade em controlar sua utilização persistente apesar das suas consequências danosas. Na dependência geralmente há prioridade ao uso da droga em detrimento de outras atividades e obrigações sócio-ocupacionais (DSM IV, 2002).
As sustâncias psicoativas são aquelas que atuam diretamente no sistema nervoso, causando alterações no humor, na consciência e nas funções cognitivas. Qualquer classe de substância pode causar dependência química, gerando um forte impulso ou compulsão para o uso de tal substância. Segundo Pulcherio, Bica e Silva (2002 p. 7): “É sabido que quanto mais pessoas experimentarem substâncias psicoativas, maior a probabilidade de que algumas venham a apresentar problemas decorrentes do uso.” Essa compulsão é chamada de fissura e está diretamente relacionada à abstinência do uso da substância gerando um comportamento compulsivo impulsionando o uso da droga (PULCHERIO; BICA; SILVA, 2002). Os mesmos autores (PULCHERIO; BICA; SILVA, 2002, p. 7) definem a compulsão como “(...) desejo de satisfação imediata que pode ser atingido com o uso de uma substância psicoativa.”
O consumo descontrolado de drogas sempre esteve e ainda está presente na sociedade (DRUMMOND, 2004). Isso aliado à oferta cada vez maior e de uma variedade muito grande de substâncias, está afetando em maior grau a vida das pessoas no mundo todo, com perfis que se aproximam de uma epidemia, causando um aumento nos atos de violência, os quais vêm sendo cometidos cada vez com mais frieza. Além disso, a dependência química associada à violência incentiva o surgimento de distúrbios mentais e sociais cada vez mais frequentes. Há também o surgimento de doenças orgânicas relacionadas ao uso de drogas lícitas ou ilícitas, tais como a AIDS, a hepatite, a cirrose e as doenças mentais e neurológicas, tais como quadros psicóticos, esquizofrênicos, Parkinson.
Os usuários de substâncias psicoativas que entram em um processo de dependência química começam a apresentar um comportamento caracterizado como desvio social que segundo De
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