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Historia Das Ideias Psicologicas

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Por:   •  13/4/2014  •  2.586 Palavras (11 Páginas)  •  829 Visualizações

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O estudo da relação entre ciência e religião é um passo muito importante para que possamos compreender a história do conhecimento humano. Até hoje, a relação entre ciência e religião é bastante controversa – basta pensar, por exemplo, em temas como a origem do homem, do mundo, ou a existência da alma. É possível aceitar a ciência e a religião ao mesmo tempo? São formas compatíveis de falar sobre o mundo? Em termos epistemológicos (isto é, de produzir conhecimento sobre o mundo), qual deve ser a relação entre ciência e religião?

Ciência e religião são frequentemente retratadas como completamente opostas uma da outra, mas isso não precisa ser necessariamente o caso. Os seres humanos têm a tendência de procurar a verdade. Eles querem saber sobre a verdade por trás do mundo e sua existência. A ciência e a religião não são tão separadas como se pensa, já que ambas ministram o desejo do homem pela verdade. Como milhares de verdades diferentes ao redor do universo coexistem, a mesma coisa vale para a ciência e a religião.

À primeira vista, pode-se pensar que estas duas entidades se contradizem. Por exemplo, a ciência tem teorias como a da evolução e a do "big bang", enquanto as religiões têm outras explicações. Mas é preciso ter em mente que a ciência explica apenas o mundo natural, isto é, o mundo que nos rodeia. A religião se aprofunda, tentando explicar o propósito e significado por trás do mundo natural. As inúmeras perguntas sobre a vida não poderiam ser respondidas apenas pela ciência ou pela religião por si só.

Ciência e religião podem definitivamente coexistir e produzir conhecimentos sobre o mundo lado a lado. Um cientista que está disposto a olhar abertamente opiniões religiosas e uma pessoa religiosa que está disposta a olhar honestamente para visões científicas, muitas vezes podem se beneficiar. O problema surge quando um lado se recusa completamente a reconhecer o ponto de vista do outro grupo. Eles não precisam concordar sempre, mas depois de olhar abertamente para cada lado, fica claro que essas são duas formas diferentes, porém compatíveis de ver e falar sobre o universo.

A mente, ou as atividades mentais, são normalmente vistas como o objeto de estudo privilegiado da Psicologia. O que é a mente, ou o que são as atividades mentais? Só os seres humanos têm mente ou é possível afirmar que animais e computadores, por exemplo, têm ou podem ter atividade mental? Como é possível à Psicologia estudar a mente, considerando o problema da “inescrutabilidade da mente” – isto é, o fato de que não temos acesso direto às atividades mentais de outras pessoas?

A mente seria, em um humano ou outro ser consciente, o elemento, parte, substância ou processo que raciocina, pensa, sente, deseja, percebe, julga, etc.

De acordo com Descartes, a mente é de natureza imaterial, ou seja, não tem forma, medida ou peso, porém, é provida da capacidade de pensamento e de outros processos cognitivos: “[...] compreendi, então, que eu era uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de lugar algum, nem depende de qualquer coisa material.” (DESCARTES, René. O Discurso do Método. 1637) . Ou seja, diferente do que muitas pessoas pensam a mente não é o cérebro, nem qualquer outra parte do corpo. É um continuum sem forma e físico que funciona para perceber e entender o mundo e suas experiências.

Uma pergunta que é frequentemente levantada quando se fala em mente é que tipos de seres são capazes de ter atividades mentais, por exemplo, se a mente é algo exclusivamente humano, ou se ela é possuída também por animais, ou ainda, se ela pode ser uma propriedade de alguns tipos de máquinas feitas pelo homem.

Aristóteles e Descartes acreditavam que o comportamento animal era governado puramente por reflexos. Já Charles Darwin e William James argumentaram que os animais deveriam ter uma vida mental complexa. Embora seja improvável que a atividades mentais dos animais sejam tão avançadas quanto a humana, algumas práticas de certas espécies são um forte indício de inteligência. Por exemplo, um pequeno número de macacos foram ensinados por cientistas a utilizar linguagem de sinais; eles são capazes de inventar novas palavras, construir frases abstratas e até mesmo expressar seus sentimentos através da linguagem para surdos-mudos. Outra evidência da complexidade da mente animal é a autopercepção. A autoconsciência, assim como a linguagem, é uma função fundamental dos seres conscientes. Ser consciente é, em primeiro lugar, ser consciente de si mesmo, ou seja, estar ciente de que "eu" sou um ser separado dos outros. Animais como chimpanzés, elefantes e golfinhos provam ter essa habilidade ao se reconhecerem em espelhos. São comportamentos como esses que deixam claro que animais conseguem desempenhar funções cognitivas no mínimo semelhantes às do homem.

Já quando se trata de computadores, dizer se eles possuem atividade mental pode ser ainda mais complexo. Alguns atos podem ser caracterizados como atividades da mente como o livre arbítrio, o acesso restrito à essa mente (só o pensador experimenta seus pensamentos), a incorrigibilidade (apenas o pensador sabe com certeza o conteúdo de seu pensamento), e a intencionalidade dos pensamentos. Diferente de humanos ou animais, computadores só expressam aquilo que é transmitido a eles por programadores e usuários. Logo, o mais provável é que eles não são dotados de uma mente própria.

Nos últimos anos, o desenvolvimento tecnológico trouxe mudanças impressionantes para as técnicas diagnósticas, hoje é possível acessar o cérebro com técnicas sofisticadas, como nunca antes. Em contraste, o exame psíquico mudou pouco ao longo da evolução da psicologia no último século. A inescrutabilidade da mente é a grande razão para esse descompasso - nós não temos acesso à mente das outras pessoas, cada um tem acesso exclusivo à sua atividade mental. No entanto, podemos ingressar na mente alheia, de forma indireta, pelo relato e pela comparação com nossas próprias experiências. Além disso, a mente está de certa forma, “entrelaçada” ao corpo, ou seja, certos aspectos dela podem ser refletidos nas ações, relações e expressões das pessoas. Dessa forma, embora não podendo ter acesso direto ao funcionamento mental do outro, podemos acessá-lo por meio do contanto com essa pessoa, sua história, suas relações, suas vivências, sua aparência, seu corpo e seu comportamento. Isso faz com que a assistência psicológica seja possível.

O empirismo ressalta o fato de que aprendemos muito – tanto na ciência quanto no cotidiano – através das nossas experiências com o mundo físico e social.

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