Histórico da Psicanálise
Trabalho acadêmico: Histórico da Psicanálise. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 28/11/2014 • Trabalho acadêmico • 2.699 Palavras (11 Páginas) • 294 Visualizações
1. PSICANÁLISE
1.1. Histórico da Psicanálise
A Psicanálise é ao mesmo tempo um modo particular de tratamento de desequilíbrio mental e uma teoria psicológica que se ocupa dos processos mentais inconscientes; uma teoria da estrutura e funcionamento da mente humana e um método de análise dos motivos do comportamento; uma doutrina filosófica e um método terapêutico de doenças de natureza psicológica supostamente sem motivação orgânica. Originou-se na prática clínica do médico e fisiologista Josef Breuer, devendo-se a Sigmund Freud (1856-1939) a valorização e aperfeiçoamento da técnica e a formulação dos conceitos nos desdobramentos posteriores do método e da doutrina, o que ele fez valendo-se do pensamento de alguns filósofos e de sua própria experiência profissional.
Sua formulação representou basicamente a consolidação em um corpo doutrinário de conhecimentos existentes, como a estrutura tripartite da mente, suas funções e correspondentes tipos de personalidade, a teoria do inconsciente, o método terapêutico da catarse, e toda a filosofia pessimista da natureza humana difundida à época em que foi concebida. Além de alicerçar-se, como método terapêutico, nas descobertas do médico austríaco Josef Breuer, como doutrina tem em seus fundamentos muito do pensamento filosófico de Platão e do filósofo alemão Arthur Schopenhauer.
No entanto, ao serem esses conhecimentos incorporados na Psicanálise, foi aberto o caminho para um número grande de conceitos subordinados que eram novos, como os de atos sintomáticos, sublimação, perversão, tipos de personalidade, recalque, transferência, narcisismo, projeção, introjeção, etc. A psicanálise constituiu-se, por isso, em um modo novo de abordar as condições psíquicas correspondentes a estados de infelicidade e a comportamentos anti-sociais, e deu nascimento ao tratamento clínico psicológico e psiquiátrico moderno.
A extraordinária popularidade da psicanálise poderá, talvez, ser explicada, em parte, pela sua ousada concepção da motivação humana, ao colocar o sexo, objeto natural de interesse das pessoas e também sua principal fonte de felicidade, como único e poderoso móvel do comportamento humano. O mundo civilizado, pouco antes chocado com a tese evolucionista de que o homem descendia dos chimpanzés, já não se surpreendia com a tese de que o sexo dominava o inconsciente e estava subjacente a todos os interesses humanos. A novidade foi recebida com divertido espanto e prazerosa excitação. Em que pese os detalhes picarescos de muitas narrativas clínicas, a abordagem do sexo sob um aspecto científico, em plena era vitoriana, representou uma sublimação (para usar um conceito da própria psicanálise) que permitiu que a sexualidade fosse, sem restrições morais, discutida em todos os ambientes, inclusive nos conventos. Essa permeabilidade subjetiva confundiu-se com profundidade científica, e a teoria foi levada a aplicação em todos os campos das relações sociais, nas artes, na educação, na religião, em análises biográficas, etc. Porém, a questão da motivação sexual foi causa de se afastarem do círculo de Freud aqueles que haviam inicialmente se entusiasmado pela psicanálise como método de análise do inconsciente, entre elesCarl Jung, Otto Rank, e Alfred Adler que decidiram por outras teses, e fundaram suas próprias correntes psicanalíticas. No seu todo, a psicanálise foi fortemente contestada por outras correntes, inclusive a da fenomenologia, a do existencialismo, e a da logoterapia deViktor Frankl.
1.2. Constituição e Conceitos Principais
A Psicanálise se constitui como uma teoria desenvolvida por Sigmund Freud, tendo como marco inicial a publicação da obra A Interpretação dos Sonhos, no início de 1900. Os estudos de Freud, que levaram à elaboração da teoria, começaram alguns anos antes, quando ainda eram realizados na área de formação do autor: a medicina (FREUD, 1996b).
A psicanálise consiste em uma investigação da mente humana através da compreensão do funcionamento da mente humana, vivência do comportamento humano e o eventual tratamento de determinados distúrbios mentais, caso os mesmo sejam diagnosticados. A psicanálise possui algumas nomenclaturas usualmente utilizadas pelo meio psicanalítico em referência diversos conceitos existentes conforme vemos abaixo.
• Ego: parte psíquica responsável pela interação com o mundo real, estabelecendo um equilíbrio entre os impulsos instintivos presentes na id e as exigências do superego;
• Histeria: consiste em um estado de neurose que apresenta uma série de distúrbios orgânicos, sensoriais e psíquicos;
• Psicose: alteração grave das funções psíquicas que passam a ser regidas pelos instintos da id;
• Psicoterapia: auxilia o indivíduo os grupos específicos a superarem determinados obstáculos psicológicos;
• Regressão: técnica defensiva da psique que tem como objetivo retornar ao ponto anterior a determinado evento traumático;
• Transferência: consiste em um processo no qual o indivíduo encena determinada fase da sua vida com o seu terapeuta com o intuito de identificar possíveis traumas ou motivações;
Existem ainda muitos outros conceitos que são utilizados no ambiente da psicologia ou psiquiatria, o entendimento funcional dos mesmos tende a potencializar os resultados e a rapidez no diagnóstico.
1.3. O que é?
Psicanálise é um conjunto de teorias e métodos psicológicos baseados no trabalho pioneiro de Sigmund Freud, ele procurou inicialmente entender a natureza humana, observando suas reações e atos. Confirmou a presença determinante do inconsciente nos sonhos e na vida diária das pessoas, nos seus enganos de linguagem, atos falhos, esquecimentos de nomes e outros.
O interesse das pessoas em saber mais sobre si mesmas, suas capacidades, dúvidas, sentimentos, ações, acertos e desencontros consigo e com os outros, foi fonte de constante investigação. A busca de liberdade para as realizações pessoais, principalmente nas suas relações afetivas, sempre inquietou o ser humano. O desejo de respostas para esses questionamentos é muito antigo, e estimulou a criação de várias áreas do saber e da cultura: religião, filosofia, literatura, artes.
2. SIGMUND FREUD
2.1. Freud, Schlomo Sigismundo, dito Sigmund (1856-1939)
1856 Seis de maio. Nascimento em Freiberg, Morávia.
1860 A família se estabelece em Viena.
1865 Entrada para o ginásio (escola secundária).
1873 Admissão na Universidade de Viena, como estudante de medicina.
1876/82 Trabalho sob a direção de Brücke, no Instituto de Fisiologia de Viena.
1877 Primeiros trabalhos publicados: escritos sobre anatomia e fisiologia.
1881 Graduação como Doutor em Medicina.
1882 Noivado com Martha Bernays.
1882/85 Trabalhos no Hospital Geral de Viena, concentrando-se em anatomia cerebral; numerosas publicações.
1884/87 Pesquisas sobre os usos clínicos da cocaína.
1885 Nomeado Privatdozent (livre-docente) em neuropatologia.
1885/86 Estudos sob a direção de Charcot no Hospital da Salpêtrière, de doenças nervosas, em Paris. Seu interesse dirige-se inicialmente para a histeria e a hipnose.
1886 Casamento com Martha Bernays. Estabelecimento de clínica particular para doenças nervosas em Viena.
1886/93 Prosseguimento dos trabalhos em neurologia, especialmente sobre a paralisia cerebral infantil, no Instituto Kassowitz, em Viena, com numerosas publicações. Mudança gradual do interesse, da neurologia para a psicopatologia.
1887 Nascimento da filha mais velha (Mathilde).
1887/01 Amizade e correspondência com Wilhelm Fliess, em Berlim. As cartas de Freud neste período, publicadas postumamente, em 1950, em muito esclarecem a evolução de seus pontos de vista.
1887 Início do uso da sugestão hipnótica na clínica.
1888 Começa a seguir o exemplo de Breuer ao utilizar a hipnose para o tratamento catártico da histeria.
Gradualmente abandona a hipnose e a substitui pela livre associação.
1889 Visita a Bernhein, em Nancy, para estudar sua técnica de sugestão.
1889 Nascimento do filho mais velho (Martin).
1891 Monografia sobre a Afasia. Nascimento do segundo filho (Oliver).
1892 Nascimento do filho mais moço (Ernst).
1893 Publicação de Comunicação Preliminar, junto com Breuer: uma exposição da teoria do trauma na histeria e do tratamento catártico.
1893 Nascimento da segunda filha (Sophie).
1893/98 Pesquisas e trabalhos curtos sobre a histeria, as obsessões e a ansiedade.
1895 Publicação de Estudos Sobre a Histeria, escrito com Breuer: casos clínicos e descrição, por Freud, da sua técnica, incluindo o primeiro estudo sobre a transferência.
1893/96 Divergência gradual de pontos de vista entre Freud e Breuer. Freud introduz os conceitos de defesa e repressão e da neurose, como resultado de um conflito entre ego e a libido.
1895 Projeto para uma Psicologia Científica: incluído nas cartas de Freud para Fliess e publicado pela primeira vez em 1950. Uma tentativa abortada de colocar a psicologia em termos neurológicos mas que dá uma visão de grande parte das teorias freudianas posteriores. Nascimento da filha mais moça (Anna).
1896 Introdução do termo psicanálise. Morte do pai (com 80 anos).
1897 Auto-análise conduzindo ao abandono da teoria do trauma e o reconhecimento da sexualidade infantil e do complexo de Édipo.
1900 A Psicopatologia da Vida Diária, junto com o livro dos sonhos, deixou claro que as teorias de Freud não só se aplicavam aos estados patológicos, como à vida mental normal.
1902 Nomeado "Professor Extraordinarius".
1905 Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade: traçando pela primeira vez o curso do desenvolvimento do instinto sexual nos seres humanos, da infância até a maturidade.
1906 Jung adere à psicanálise.
1908 Realiza-se a primeira reunião internacional de psicanálise (Salzburgo).
1909 Freud e Jung convidados a fazer conferências nos Estados Unidos. Caso clínico da primeira análise de uma criança (O Pequeno Hans, cinco anos): confirmando as conclusões feitas inicialmente na análise de adultos, especialmente no que se refere à sexualidade infantil e aos complexos de Édipo e de castração.
1910 Primeiros esboços da teoria do narcisismo.
1911 Deserção de Alfred Adler, um dos seus primeiros seguidores.
1911/15 Trabalhos sobre a técnica da psicanálise. Aplicação das teorias psicanalíticas a um caso psicótico.
1913/14 Totem e Tabu: aplicação da psicanálise a material antropológico.
1914 Rompimento com Jung. Sobre a História do Movimento Psicanalítico: inclui uma parte polêmica sobre Adler e Jung. Freud escreve sua maior história de um caso clínico, o "Homem-Lobo" (não publicada até 1918).
1915 Série de doze trabalhos "metapsicológicos" a respeito de questões teóricas básicas, dos quais só cinco restaram.
1915/17 Conferências Introdutórias: um relatório geral extenso dos pontos de vista de Freud na época da Primeira Guerra Mundial.
1919 Aplicação da teoria do narcisismo às neuroses de guerra.
1920 Morte da segunda filha. Além do Princípio do Prazer: a primeira introdução explícita do conceito da "compulsão à repetição" e à teoria do "instinto de morte".
1921 Psicologia de Grupo: começo e um estudo analítico sistemático do ego.
1923 O Ego e o Id: um apanhado revisto da estrutura e do funcionamento da mente, com a divisão em Id, Ego e Superego.
1923 Primeiro sinal de câncer.
1925 Visão revista do desenvolvimento sexual da mulher.
1926 Inibições, Sintomas e Ansiedade: pontos de vista revistos sobre o problema da ansiedade.
1927 O Futuro da Ilusão: uma discussão da religião.
1930 O Mal-Estar da Civilização. Freud ganha o prêmio Goethe da cidade de Frankfurt. Morte da mãe, aos 95 anos.
1933 Hitler toma o poder na Alemanha; livros de Freud são queimados em praça pública.
1934/38 Moisés e o Monoteísmo: o último dos trabalhos de Freud publicado em vida.
1936 Freud completa oitenta anos de idade. Eleição a Membro Correspondente da Real Sociedade.
1938 Hitler invade a Áustria. Freud abandona Viena e vai para Londres. Um Perfil da Psicanálise. Trabalho final, não terminado, mas mesmo assim uma profunda exposição sobre o assunto.
1939 Morte em Londres (23 de setembro)
2.2. Conceitos
2.2.1. Consciente, Pré-Consciente, Inconsciente
Consciente: O consciente é somente uma pequena parte da mente, inclui tudo do que estamos cientes em um dado momento. Embora Freud estivesse interessado nos mecanismos da consciência, seu interesse era muito maior com relação às áreas da consiência menos expostas e exploradas, que ele denominava pré-consciente e inconsciente.
Inconsciente: Para Freud há conexões entre todos os eventos mentais. Quando um pensamento ou sentimento parece não estar relacionado aos pensamentos e sentimentos que o precedem, as conexões estão no inconsciente. Uma vez que estes elos inconscientes são descobertos, a aparente descontinuidade está resolvida. A maior parte da consciência é inconsciente. Ali estão os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, e pulsões ou instintos.
Pré-Consciente: É uma parte do inconsciente, mas uma parte que pode tornar-se consciente com facilidade. As porções da memória que são acessíveis fazem parte do pré-consciente, ele é como uma vasta área de posse das lembranças de que a consciência precisa para desempenhar suas funções.
2.2.2. Aparelho Psíquico
2.2.3. Repressão
A essência da repressão consiste simplesmente em afastar determinada coisa do consciente, mantendo-a à distância. A repressão afasta da consciência um evento, idéia ou percepção potencialmente provocadores de ansiedade, impedindo, assim, qualquer solução possível. É pena que o elemento reprimido ainda faça parte da psique, apesar de inconsciente, e que continue a ser um problema. A repressão nunca é realizada de uma vez por todas, mas requer um constante consumo de energia para manter-se, enquanto que o reprimido faz tentativas constantes para encontrar uma saída. Sintomas histéricos com freqüência têm sua origem em uma antiga repressão. Algumas doenças psicossomáticas, tais como asma, artrite e úlcera, podem estar relacionadas com a repressão. Também é possível que o cansaço excessivo, fobias e impotência ou frigidez derivem de sentimentos reprimidos.
2.2.4. Complexo de Édipo
Depois de ver nos seus clientes o funcionamento perfeito da estrutura tripartite da alma conforme a teoria de Platão, Freud volta à cultura grega em busca de mais elementos fundamentais para a construção de sua própria teoria.
No centro do "Id", determinando toda a vida psíquica, constatou o que chamou Complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pela mãe, e uma rivalidade com o pai. Segundo ele, é esse o desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas. Freud introduziu o conceito no seu Interpretação dos Sonhos (1899). O termo deriva do herói grego Édipo que, sem saber, matou seu pai e se casou com sua mãe.
2.2.5. Sexualidade
Freud em suas investigações na prática clínica sobre as causas e funcionamento das neuroses, descobriu que a grande maioria de pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos, isto é, na vida infantil estavam as experiências de caráter traumático, reprimidas, que se configuravam como origem dos sintomas atuais e, confirmava-se, desta forma, que as ocorrências deste período de vida deixam marcas profundas na estruturação da personalidade. As descobertas colocam a sexualidade no centro da vida psíquica e é desenvolvido o segundo conceito mais importante da teoria psicanalítica: a sexualidade infantil. Estas afirmações tiveram profundas repercussões na sociedade puritana da época pela concepção vigente de infância "inocente".
"Os principais aspectos destas descobertas são:
1. A função sexual existe desde o princípio de vida, logo após o nascimento e não só a partir da puberdade como afirmavam as idéias dominantes.
2. O período da sexualidade é longo e complexo até chegar a sexualidade adulta, onde as funções de reprodução e de obtenção de prazer podem estar associadas, tanto no homem como na mulher. Esta afirmação contrariava as idéias predominantes de que o sexo estava associado, exclusivamente a reprodução.
3. A libido, nas palavras de Freud, é a "energia dos instintos sexuais e só deles"
Foi no segundo dos "Três ensaios de sexualidade" das obras completas, que Freud postulou o processo de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo encontra o prazer no próprio corpo, pois nos primeiros tempos de vida, a função sexual está intimamente ligada à sobrevivência. O corpo é erotizado, isto é, as excitações sexuais estão localizadas em partes do corpo (zonas erógenas) e há um desenvolvimento progressivo também ligado as modificações das formas de gratificação e de relação com o objeto, que levou Freud a chegar nas fases do desenvolvimento sexual:
Fase oral (0 a 2 anos) - a zona de erotização é a boca e o prazer ainda está ligado à ingestão de alimentos e à excitação da mucosa dos lábios e da cavidade bucal. Objetivo sexual consiste na incorporação do objeto (3).
Fase anal (entre 2 a 4 anos aproximadamente) - a zona de erotização é o ânus e o modo de relação do objeto é de "ativo" e "passivo", intimamente ligado ao controle dos esfíncteres (anal e uretral). Este controle é uma nova fonte de prazer.
Acontece entre 2 e 5 anos o complexo de édipo, e é em torno dele que ocorre a estruturação da personalidade do indivíduo. Freud fala em Édipo feminino.
Fase fálica - a zona de erotização é o órgão sexual. Apresenta um objeto sexual e alguma convergência dos impulsos sexuais sobre esse objeto. Assinala o ponto culminante e o declínio do complexo de Édipo pela ameaça de castração. No caso do menino, a fase fálica se caracteriza por um interessse narcísico que ele tem pelo próprio pênis em contraposição à descoberta da ausência de pênis na menina. É essa diferença que vai marcar a oposição fálico-castrado que substitui, nessa fase, o par atividade-passividade da fase anal. Na menina esta constatação determina o surgimento da "inveja do pênis" e o conseqüente ressentimento para com a mãe "porque esta não lhe deu um pênis, o que será compensado com o desejo de Ter um filho.
Em seguida vem um período de latência, que se prolonga até a puberdade e se caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, como um intervalo.
Fase Genital - E, finalmente, na adolescência é atingida a última fase quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao indivíduo - o outro. Neste momento meninos e meninas estão conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais.
...