Humilhação social: um problema político na psicologia
Artigo: Humilhação social: um problema político na psicologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: SuelenMotta • 9/9/2014 • Artigo • 739 Palavras (3 Páginas) • 274 Visualizações
Humilhação social: um problema político em psicologia
José Moura Gonçalves Filho aborda através da sua obra o sério problema político e social em estudo – A humilhação social. O autor se utiliza em sua discussão das colaborações trazidas pelo Marxismo e pela Psicanálise, que segundo ele “não poderia ser deixado de lado às colaborações trazidas pelo Marxismo e pela Psicanálise, apesar de deixar claro que ambos os métodos de investigação não se fundem ou confundem, apenas se complementam, se bem utilizados na ação investigativa.”
Na visão do Regime Marxista, a questão da humilhação social busca a solução para os problemas de forma eficaz no âmbito social, ou seja, o homem em conjunto, lutando coletivamente. Já para os seguidores de Freud, adeptos da Psicanálise, entendem que o dilema da humilhação social inicia internamente no próprio indivíduo, resultado de pressões sofridas inconscientemente, e que só depois se exterioriza e passa a influenciar o grupo ao qual pertence.
Como já foi dito, entendemos a partir desta pesquisa que a Psicologia Social, não considera o indivíduo isoladamente, mas sim, em grupo, em convivência com outros indivíduos, em sociedade. Assim ao tratarmos de determinados problemas, não devemos considerá-lo sobre um único ponto de vista. Mas considerarmos a investigação por ambos os lados, do homem como indivíduo e da sociedade.
Devemos entender que a humilhação social está diretamente ligada à questão da desigualdade de classes, sendo os seus resultados sentidos mais notadamente pelas camadas mais pobres da sociedade, constantemente expostos às mensagens de inferioridade social.
A fim de enfatizar a questão da humilhação social, o autor faz lembrar o depoimento do frentista Sr. Gerônimo, natural de Arapiraca, cidadezinha do estado de Alagoas, em entrevista realizada por Ruth Rosenthal. Na entrevista, o migrante nordestino reclama da falta de solidariedade e frieza dos indivíduos dos centros urbanos, lembrando com tristeza de seus familiares e conterrâneos, revelando os sofrimentos e humilhações aos quais os pobres são constantemente submetidos, principalmente, nas grandes metrópoles.
Segundo Gonçalves Filho, salvo raras exceções, “o homem só pretende investir nas questões sociais, quando estas lhes são convenientes de algum modo ou lhes reveste em algum benefício, além de abordar sobre a desvalorização gradativa do ser humano pelo que simplesmente é recordar das pequenas atitudes e hábitos saudáveis do passado”. Trazendo uma profunda reflexão sobre a supervalorização de aspectos, como salários e a saúde, chamam a atenção para a alienação trabalhadora, fazendo com que o mesmo se identifique como uma simples “coisa” ou uma máquina, que vale pelo produzir e pela força braçal que é capaz de exercer, nada mais, devendo se contentar com o mínimo.
Ainda no texto em questão aprendemos sobre alguns sintomas da humilhação social, como aqueles manifestos em ambientes públicos, onde a pobreza é diretamente verificada e identificada com certos tipos de atividades. De um lado, o cidadão abastado vê no pobre uma ameaça à sua tranquilidade e segurança, estranhando quando este se encontra fora do contexto esperado, qual seja o de submissão e contentamento por recompensas mínimas.
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