INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE ACESSO À ASSISTÊNCIA ENDOCRINOLÓGICA PARA TRANSEXUALES NA ARAGUAÍNA
Por: maisamlab • 13/3/2018 • Projeto de pesquisa • 1.867 Palavras (8 Páginas) • 211 Visualizações
FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE
CURSO DE PSICOLOGIA
LARISSE BARBOSA PAIXÃO
MAÍSA MARTINS L. A. BRITO
INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL
ARAGUAÍNA
2011
ESCLARECIMENTOS SOBRE O ACESSO AO ATENDIMENTO ENDOCRINOLÓGICO PARA TRANSEXUAIS EM ARAGUAÍNA-TO
1 INTRODUÇÃO
As discussões de gênero, apesar de já acontecerem em âmbito acadêmico, ainda são pouco difundidas no cotidiano brasileiro. Recentemente, com a representação do personagem transexual Ivan na novela Força do Querer (Rede Globo), a temática entrou na casa da família brasileira e dividiu opiniões. Mas, afinal, o que é a transexualidade?
É uma questão de identidade. Não é uma doença mental, não é uma perversão sexual, nem é uma doença debilitante ou contagiosa. Não tem nada a ver com orientação sexual, como geralmente se pensa, não é uma escolha nem é um capricho. Ela é identificada ao longo de toda a História e no mundo inteiro. (JESUS, 2012)
Mas, infelizmente, a realidade social da maioria dos transexuais brasileiros não é igual a de Ivan. O Brasil é, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), o país que mais mata travestis e transexuais. Essa população é constantemente discriminada, difamada e agredida, além de muitas vezes ser privada de seus direitos básicos como saúde.
A atenção à saúde trans no país é precária, falta preparo, informação e profissionais que se disponham ao tratamento. Segundo o site Correio Brasiliense, apenas 11 cidades possuem ambulatórios especializados para atender essas demandas, em confronto com uma população de aproximadamente 752 mil transexuais existentes do Brasil.
Frente à dificuldade de receber esses serviços na rede pública e os preços exorbitantes das clínicas particulares, a maioria dos transexuais e travestis recorre ao uso de hormônios e outros serviços médicos de forma clandestina, usando dosagens altas. A partir disso, a falta de acesso a atendimentos, como a terapia hormonal, para os transgêneros que a buscam, configura-se como um problema de saúde pública.
2 JUSTIFICATIVA
Tomando como base toda a problemática discutida anteriormente e tendo em vista que é necessário ao psicólogo social estar inserido nas discussões contemporâneas, foi proposto como encerramento da disciplina Indivíduos e Grupos II do curso de Psicologia da FACDO realizar uma Intervenção Psicossocial que trouxesse um benefício concreto à uma amostra dessa população.
Essa intervenção visa ofertar mais autonomia e conscientização ao grupo por meio de informações sobre os seus direitos e de como acessá-los, tendo isso em mãos, o grupo poderá ir em busca de soluções para suas dificuldades de forma mais acertiva.
3 OBJETIVOS
3.1 Geral: Promover uma Intervenção Psicossocial de forma prática e efetiva em um grupo de transexuais e travestis da cidade de Araguaína - TO, visando a melhoria da sua qualidade de vida.
3.2 Específicos: 1) Esclarecer aos membros do grupo como cadastrar uma carteirinha no SUS (Sistema Único de Saúde); 2) Informar sobre como obter legalmente atendimento endocrinológico pelo SUS.
4 METODOLOGIA DE AÇÃO
As acadêmicas irão à uma unidade SUS buscar informações de como fazer a carteirinha e quais os processos necessários para conseguir a consulta, além disso, irão se reunir com uma profissional endocrinologista para obter informações sobre como esse acompanhamento é feito no estado do Tocantins.
A partir disso, irão sistematizar os dados obtidos para melhor entendimento dos participantes da intervenção. Será marcada uma reunião com o grupo participante onde essas informações vão ser repassadas.
5 RESULTADOS
O contato estabelecido com o grupo permitiu a seleção de uma de suas demandas para que ocorra uma intervenção de caráter basicamente informativo. O que se espera é que os membros do grupo se tornem mais conscientes sobre os seus direitos e sobre como acessá-los após a intervenção.
REFERÊNCIAS
AYER, F.; BOTTREL, Frederico. Brasil é país que mais mata travestis e transexuais. Disponível em:
JESUS, J. G. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. Brasília, 2012.
LEITE, H. Receber cuidados médicos é desafio para transexuais. Disponível em:
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado(a) a participar, como voluntário(a), do projeto de intervenção psicossocial intitulado Esclarecimentos sobre o acesso ao atendimento endocrinológico para transexuais em Araguaína-TO, conduzido pelas acadêmicas Larisse Barbosa da Paixão e Maísa Martins Lopes Araújo Brito.
Este projeto tem por objetivo levar ao grupo informações sobre os meios possíveis de acesso ao atendimento endocrinológico referente ao processo de redesignação do sexo. Você foi selecionado(a) por fazer parte de um grupo que se enquadra na temática Diversidade de Gênero. Sua participação não é obrigatória. A qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa, desistência ou retirada de consentimento não acarretará prejuízo.
A sua participação não implicará possíveis riscos, mesmo que mínimos, posto o caráter essencialmente informativo da intervenção. A participação não é remunerada nem implicará em gastos para os participantes. Sua participação nesta pesquisa consistirá em participar de uma reunião onde receberá informações sobre como obter atendimento endocrinológico no SUS (Sistema Único de Saúde). Para comprovar a efetividade do projeto, será tirada uma foto ao final da intervenção, com objetivo único de alegar a realização do projeto. A foto não será anexada ao trabalho final.
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