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Iniciação Científica

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Por:   •  14/4/2013  •  1.189 Palavras (5 Páginas)  •  663 Visualizações

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TEMA:

Como as crianças na fase fálica lidam com as frustrações provocadas pela disciplina parental.

INTRODUÇÃO:

Um dos maiores legados que Freud trouxe para a psicologia foi sobre o desenvolvimento da personalidade, que se dá por meio de cinco fases que Freud denominou ‘fases psicossexuais’. Cada fase se confunde com a seguinte e as duas se superpõem, de modo que a transição de uma para a outra é muito gradual. (BRENNER, 1987).

A primeira delas é a fase oral, que corresponde a aproximadamente o primeiro ano de vida do bebê, onde os desejos e gratificações do bebê são, a princípio, orais, ou seja, estão concentrados na boca, lábios e língua. Nessa fase, o olhar e a voz são elementos privilegiados na organização do psiquismo infantil, por essa razão é tão importante a influência do comportamento da mãe na formação da personalidade da criança, pois ela serve de modelo para as próximas relações que a criança vai ter. (ZORNING, 2008).

A próxima fase de desenvolvimento é a fase anal, que se inicia por volta do segundo ano de vida. Nessa fase, a energia libidinosa concentra-se na atividade anal (final do trato digestor) e é reforçada pelas exigências dos pais quanto ao controle dos esfíncteres, ou seja, além do prazer pelas atividades anais, a criança é estimulada pelo valor que os pais dão a estas funções. (D’ ANDREA, 2000)

A terceira é a fase fálica ou edípica, que vai do período entre os três e os cinco/seis anos de idade. Nessa fase, a criança passa pela mais importante experiência de seu desenvolvimento psicológico, que é o complexo de Édipo (D’ANDREA, 2000) onde há o impulso parricida e matricida por parte dos meninos e das meninas em relação a ambos os genitores. Além disso, Freud considera essa fase como estruturante da personalidade, pois tudo o que acontece durante essa fase tem uma grande importância para o desenvolvimento futuro do indivíduo. (BRENNER, 1987).

A fase seguinte é a latência, onde aparentemente, os impulsos do id são relegados a um segundo plano, em função do desenvolvimento intelectual, ou seja, a resolução do complexo de Édipo faz com que a criança perca o foco pelos pais e irmãos, começando a se preparar para ter relações fora de casa, onde terá a necessidade de pertencer a um grupo e de ser aceito, pois o conceito de si mesma surge quando a criança consegue a aprovação do grupo. (D’ANDREA, 2000).

A última fase é a genital, onde a adolescência é atingida e há grandes transformações corporais e egóicas. Nesse período a criança está passando por transformações corporais, biológicas, afetivas e sociais. (COSTA E OLIVEIRA, 2011).

Além das fases psicossexuais, Freud também concebeu três partes para o aparelho psíquico: id, ego e superego. (BRENNER, 1987).

Segundo Freud, o aparelho psíquico do bebê ao nascer é composto totalmente por Id, composto pelos impulsos básico, que funciona sob o princípio do prazer, pois a criança sempre vai procurar o prazer imediato e não tolera nenhuma frustração. O superego atua como uma barreira moral e surge assim que a criança consegue superar o complexo de Édipo, que representa a internalização das exigências dos pais, ou seja, a internalização do superego inconsciente dos pais. (BRENNER, 1987).

Já o Ego é formado à medida que o Id se adapta às exigências e condições impostas pelo meio, ou seja, a sua função é agir como intermediário entre o Id e o mundo externo. Ao defrontar-se com as demandas do meio, a criança precisa gradualmente redirigir os impulsos do Id, de modo que estes sejam satisfeitos dentro de outro princípio que não o de prazer: o princípio da realidade, isso significa que o indivíduo deve suportar uma sofrimento para depois alcançar o prazer e renunciar um prazer que poderá fazê-lo mais tarde. (D’ANDREA, 2000).

Por essa razão, para um bom desenvolvimento do ego, os pais devem permitir que seus filhos passem por frustrações, impondo limites desde o nascimento, afim de que a criança possa compreender que precisa controlar melhor os seus desejos e impulsos, pois uma criança cujo pais cedem em tudo provavelmente suportará mal a frustração. (D’ ANDREA, 2000).

Portanto, os limites são de extrema importância para que haja convívio em sociedade, pois ajudam o indivíduo a se organizar, levando em consideração os demais, bem como deter-se no momento exato para não causar danos nem prejudicar os outros. (BRENNER, 1987).

Justificativa:

A relevância desta pesquisa está no fato de que limites firmes, consistentes, claros e adequados para cada faixa etária são ótimos para o desenvolvimento mental das crianças, pois durante toda a vida o indivíduo terá que administrar as frustrações decorrentes dos conflitos entre os instintos e os padrões culturais. (DUPAS,

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