Inquéritos de Vitimação: “Inquérito de Vitimação por Stalking: Relatório de Investigação.”
Por: Inês Teixeira • 23/4/2020 • Trabalho acadêmico • 1.101 Palavras (5 Páginas) • 160 Visualizações
Inquéritos de Vitimação: “Inquérito de Vitimação por Stalking: Relatório de Investigação.”
Informação contida:
Este relatório é composto por três capítulos. Em primeiro lugar o enquadramento conceptual do estudo, onde são apresentadas uma definição de violência de género e estudo realizados em Portugal sobre este tema e uma definição de vitimação por stalking com desenvolvimentos recentes desta matéria a nível nacional e internacional. Em seguida, são identificados os objetivos do inquérito e é clarificada a metodologia envolvidas na concretização do trabalho (definição da amostra, inventário de vitimação por stalking, a recolha de dados e adesão e a análise de dados). Posteriormente, apresentam-se os principais resultados organizados em cinco secções (prevalência e perfis, dinâmicas e cenários, impacto na vítima, respostas à vitimação e fatores de risco). A partir dos resultados, discute-se as semelhanças e dissemelhanças com os outros trabalhos realizados internacionalmente, especialmente sobre a vitimação por stalking e com trabalhos nacionais que abordam a violência de género. Na conclusão, expõe-se alguns comentários e refle xões acerca das implicações deste estudo e as suas limitações.
Forma de recolha da informação e análise crítica:
O instrumento elaborado para este relatório foi o Inventário de Vitimação por Stalking (IVS) – que pode ser encontrado como anexo –, este inventário foi criado especificamente devido à ausência em Portugal de qualquer ferramenta que permitisse captar o fenómeno da vitimação por stalking. Este instrumento permite, por um lado, detetar a existência de vitimação ao longo da vida e, por outro, caraterizar essa experiência em vários domínios (perfil da vítima e do/ a stalker, dinâmicas, impacto e procura de apoio).
O IVS sendo um instrumento breve de autorrelato é passível de administração do formato de entrevista cara-a-cara, método escolhido para este estudo depois da discussão entre os seus prós e contras. Apesar de ser um método mais dispendioso, proporciona uma maior rapidez e facilidade no acesso à comunidade para além de que a presença do entrevistador (recrutado a nível nacional e com formação de modo presencial ou através de um manual), permite minimizar os efeitos da literacia, uniformizar os procedimentos e circunstâncias da recolha de informação e salvaguardar as possíveis reações menos positivas face às questões mais sensíveis.
Por fim, os questionários foram recolhidos em zonas de grande afluência e diversidade de pessoas, sendo abordadas as que circulavam sozinhas e que correspondiam aos critérios de inclusão.
Formato de apresentação da informação (e.g., tabela, gráfico) e análise crítica:
A informação contida é apresentada em formato de tabelas, gráficos e uma imagem. É um mecanismo que ajuda na apresentação e a conter informação de forma mais sistemática e discriminada. Aparece como um complemento ao texto corrido, que torna o relatório mais completo e o acesso à informação mais rápido e simples.
Principais resultados (5 secções):
19.5% dos participantes responderam que ao longo da vida já foram alvo de assédio persistente, ou seja, cerca de um em cada cinco indivíduos autodefiniu-se como vítima de stalking. A prevalência na amostra total foi de 11%. Nos restantes, a prevalência nos últimos 12 meses foi de 28.8%. Em 71.2% dos casos a vitimação ocorreu há mais de um ano.
As mulheres são as principais vítimas, sendo a prevalência ao longo da vida nas mulheres de 25% em comparação com os homens que é de 13.3%.
A vitimação ocorreu principalmente nos jovens.
A maioria dos participantes (59.7%) relatou ter sido alvo de stalking, ao longo da vida, por apenas uma pessoa.
Quando a vítima era mulher, o stalker tendia a ser homem e vice-versa e há predominância de stalkers do sexo masculino.
40.2% das vítimas relataram o/a stalker como alguém conhecido, 31.6% como parceiro/a íntimo (atual ou ex) e apenas 24.8% como sendo um desconhecido/a.
Os comportamentos mais frequentes de stalking eram as tentativas indesejadas de contacto, aparecimento em locais frequentes pela vítima e a perseguição.
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