Ivan IIlich
Casos: Ivan IIlich. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: VanLord18 • 8/12/2014 • 1.329 Palavras (6 Páginas) • 479 Visualizações
• Ivan Illich nasceu em Viena no ano de 1926 e faleceu em Bremen, na Alemanha em Dezembro de 2002.
• Foi também em Roma que Illich entrou para o seminário (1951) tornando-se sacerdote.
• Na década de 70 foi co-fundador do Centro de Informação e Documentação (CIDOC), espécie de universidade aberta, especialmente voltada para os problemas da educação e independência cultural do Terceiro Mundo, sobretudo da América Latina.
• A partir de 1980, dividiu o seu tempo entre o México, os Estados Unidos e a Alemanha. Nos últimos anos de sua vida, Illich foi professor convidado de filosofia, de ciência, tecnologia e sociedade no estado da Pensilvânia, sendo também docente na Universidade de Bremen onde morreu no dia 2 de Dezembro de 2002.
Abordou ideias como saúde, energia e transportes, interesses sociais e principalmente a questão da educação, em relação aos problemas das instituições, assim, defendendo a ideia de uma sociedade sem escolas.
Segundo Ivan Illich, “maioria dos homens tem seu direito de aprender cortado pela obrigação de freqüentar a escola” Sociedade sem escolas (1970).
“Espero que os vossos netos hão-de viver numa ilha onde já não será necessário ir à escola como hoje [é] ir à missa”. Ivan Illich (na cerimônia de encerramento do ano letivo da Universidade Católica de Ponce (Porto Rico), em 1969).
“Não é possível uma educação universal através da escola. Seria mais factível se fosse tentada por outras instituições (...). A actual procura de novas saídas educacionais deve virar procura de seu universo institucional: a teia educacional que aumenta a oportunidade de cada um de transformar todo o instante da sua vida num instante de aprendizagem (...). Ivan Illich (em 1970 no prefácio de Deschooling society)”.
Ivan Illich foi um dos pensadores mais radicais no campo da Pedagogia. A grande provocação que ele deixou para a humanidade foi o seu livro chamado Sociedade sem Escolas, publicado em 1971. Esse livro aponta problemas muito incômodos sobre a indústria das escolas e sobre as intenções ocultas que sustentam parte do discurso que aparentemente valoriza a educação.
POR QUE DEVE SE DESISTALAR AS ESCOLAS
Ivan Illich vai direto ao ponto: para ele, o direito de aprender é simplesmente interrompido pela obrigação de frequentar a escola. Ou seja, toda aquela organização burocrática que sustenta a rotina escolar e principalmente o prolongamento artificial do tempo de escolarização, na verdade, atrapalham a aprendizagem.
Ela os escolariza para confundir processo com substância. Alcançado isto, uma nova lógica entra em jogo: quanto mais longa a escolaridade, melhores os resultados; ou, então, a graduação leva ao sucesso. O aluno é desse modo, «escolarizado» a confundir ensino com aprendizagem, obtenção de graus com educação, diploma com competência, fluência no falar com capacidade de dizer algo novo.
( SOCIEDADE SEM ESCOLA – 1971)
Exemplo faça esse curso e terá sucesso......Essa escola é o melhor lugar etc.
Sua imaginação é «escolarizada» a aceitar serviço em vez de valor. Confundindo instrução escolar com aprendizagem, tornando essa dinâmica sistêmica.
Confundir escola com educação, é a mesma coisa de cuidar da saúde com tratamento médico, melhoria da vida comunitária com assistência social, segurança com proteção policial, segurança nacional com aparato militar, trabalho produtivo com concorrência desleal.
“Em toda parte, não apenas a educação, mas a sociedade como um todo precisa ser «desescolarizada». . A aprendizagem é, muitas vezes, resultado de instrução, ao passo que a escolha para uma função ou categoria no mercado de trabalho depende, sempre mais, do número de anos de freqüência à escola.”, ou seja, a duração do tempo escolar se tornou um critério para legitimar um hierarquia social – “ ora tenho mais tempo de escola, logo tenho direito de ganhar mais que você”.
Então, aqueles que tiveram menos tempo na escola, acabam se tornando dependentes.
Sobre o investimento escolar Ivan Illich dá o exemplo, que os Estados Unidos investiu pesadamente em recursos educacionais no final dos anos 60 nas melhores intenções, com objetivo de reduzir o desnível entre alunos ricos e alunos pobres, porem acabou que esses recursos foram investidos na burocracia da escola, ou seja, mais diretores, mais assistentes administrativos, inspetores tudo pra funcionar um sistema que para ele não funciona. E não viu melhoria na aprendizagem desse alunos.
Alunos pobres tem desvantagem, pois dependem da escola para aprender, não tem oportunidades nas escolas.
Quanto maior investimento na escola, menor será sua ineficiência.
Ivan Illich argumenta que o sistema escolar é financiado pela ilusão de que a maioria do que a gente aprende é resultado do seu ensino. Ele até admite que o ensino pode contribuir para determinadas espécies de aprendizagem, sob certas circunstâncias.
Mas pra ele, a maioria das pessoas adquire a maior parte de seus conhecimentos fora da escola, precisamente dessa escola que se tornou um espaço de confinamento durante um período grande da vida.
A maior
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