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Jorge Visca

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Por:   •  22/2/2014  •  761 Palavras (4 Páginas)  •  829 Visualizações

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A INTELIGÊNCIA E O ESQUEMA EVOLUTIVO DA APRENDIZAGEM

Enrique Pichon-Revière, citado por VISCA (1991) elaborou um esquema das áreas de expressão da conduta que é um excelente modelo da personalidade. De acordo com estes esquemas, a personalidade pode ser representada pelas áreas mental ou simbólica (ansiedade), corporal (angústia) e extracorporal (medo), ou de relação com o mundo externo. José Bleger encontrou uma ordem de sucessão com base neste esquema: primeiro, a área corporal; depois a de relação com o mundo externo; e por último, a mental.

A partir disto é possível se realizar observações clínicas que permitam seguir o esquema evolutivo piagetiano segundo diferentes eixos de análise. Um deles é o das reações circulares: a primária com o próprio corpo; a secundária, com objetos externos ao corpo e a terciária, área mental. A outra unidade de análise é a conduta molar. Bleger, citado por VISCA (1991) estabelece uma clara distinção entre a conduta molecular e a conduta molar, ou segmento de conduta humana. A conduta molar deve possuir cinco características: motivação (causa que determina pela ruptura de seu equilíbrio), unidade funcional (recuperar o equilíbrio), objeto ou fim (que é um vínculo inter-pessoal real ou virtual), unidade significativa (em função da personalidade) e estrutura ou pauta específica de relação, cujas instâncias são: indiscriminação, a dissociação e a integração.

As manifestações emocionais, assim como os níveis de inteligência representam o interesse predominante da psicanálise. Para os construtivistas, existem pré-condições e circunstâncias que variam em cada nível de organização. Os vínculos podem ser estudados em relação a uma perspectiva histórica e outra a – histórica (VISCA, 1991).

De acordo com Piaget citado por VISCA (1991), os fatores gerais de desenvolvimento são: a) crescimento orgânico e a maturação dos sistemas nervoso e endócrino; b) o exercício e a experiência adquirida com objetos; c) o equilíbrio ou auto-regulação, que dá lugar às compensações ativas do sujeito como resposta aos desequilíbrios.

.A aprendizagem vem ocupando o lugar que, na realidade, merece a preparação de professores, educadores, psicólogos e de todos os profissionais cuja atuação se relaciona com modificações a serem operadas na personalidade humana, o que inicia com o, ou até antes, do nascimento, vai desde a criança, que se encontra na fase de aquisição de linguagem, passando à adolescência com a dificuldade de ajustamento até ao adulto na distribuição do seu salário para despesas domésticas ou o pai na administração de carinho aos seus filhos, e se prolonga até a morte (CAMPOS, 1996).

Preocupados com um modelo teórico que desse unidade ao processo de aprendizagem e aos problemas decorrentes deste, VISCA (1987, 1991) e PAIN (1985, 1986) ofereceram contribuições para um avanço neste campo, na tentativa de elaborar uma teoria da prática psicopedagógica. Estes que se ocupavam particularmente das relações entre inteligência e afetividade, considerando as contribuições do materialismo histórico. VISCA (1991), citado por SCOZ (1992) concebe a aprendizagem como uma construção intrapsíquica, com continuidade genética e diferenças evolutivas, resultantes das pré-condições energético-estruturais do sujeito e das circunstâncias

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