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Mapa Conceitual Pronto Sobre Psicologia Do Comportamento

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Por:   •  15/9/2014  •  2.146 Palavras (9 Páginas)  •  1.422 Visualizações

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COMO CONCILIAR CANTINA ESCOLAR, PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL

Martha Fonseca Paschoa Amodio

Diretora Técnica - Empresa Comer e Aprender

A alimentação escolar na rede pública, bem como a oferecida na rede privada têm, ambas, alguns objetivos em comum: suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos, melhorar a capacidade no processo ensino-aprendizagem e formar bons hábitos alimentares. A principal diferença está no fato de o programa público ter também como objetivo não só evitar a evasão e a repetência escolar, mas garantir uma refeição com 15% das necessidades nutricionais diárias. Hoje, na rede privada, não há um índice nutricional a ser cumprido, razão pela qual cada instituição tem a liberdade de defini-lo, visto que, diferentemente da realidade de boa parte dos freqüentadores da escola pública, a refeição oferecida ao aluno da escola privada não é a única do dia.

Acima de tudo é muito importante controlar a quantidade de sal, açúcar e gordura nas refeições dos alunos, porque as crianças brasileiras vêm, há muitos anos, modificando o seu padrão alimentar. Só que, infelizmente, o que se observa é um aumento no consumo de alimentos densamente energéticos, como doces, salgadinhos e refrigerantes.

O lado menos saboroso da história é que esse tipo de consumo pode gerar, a médio ou longo prazo, uma série de problemas para a saúde.

As principais consequências de uma alimentação inadequada são diminuição da capacidade de raciocínio e de memorização, dores de cabeça, alteração no humor, hipoglicemia e obesidade.

Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que doenças crônicas, tais como diabetes, obesidade, câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias, aparecem como a principal causa de mortalidade e de incapacidade no mundo, sendo responsáveis por 59% dos 56,5 milhões de óbitos anuais.

Segundo os pesquisadores, uma mudança nos hábitos alimentares já resultaria num impulso substancial para a redução de tais taxas.

Em nosso país, o ambiente escolar, a começar pelo serviço da cantina, tem participação fundamental no aumento do número de crianças obesas.

Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) indicam que a obesidade infantil dobrou nos últimos dez anos. A taxa atinge hoje mais de 5 milhões de crianças, o equivalente a 15% da população brasileira inserida nessa faixa etária.

Não se pode esquecer que é principalmente na infância que são adquiridos os vários hábitos alimentares, os quais comumente se estendem pelo resto da vida.

Uma alimentação correta, mantida durante toda a infância, colabora na prevenção de doenças e na preservação da saúde. Daí a importância de se oferecer à criança um cardápio saudável e variado.

Fica claro que o fundamental é despertar nela não apenas o prazer de se alimentar como a consciência dos benefícios, presentes e futuros, que uma boa alimentação pode lhe proporcionar. Além disso, a refeição escolar, ao representar um consumo de alimentos fora do âmbito familiar, passa a ser concebida pelo aluno como “novidade”. É possível que haja, assim, um entendimento que associe o que é oferecido na escola ao que seria eventualmente o correto. Nesse sentido, a alimentação do escolar deve ser, sempre, de ótima qualidade nutricional.

Resumindo, a alimentação escolar deve enfocar basicamente dois aspectos:

- Quantitativo, que se refere à disponibilidade de alimentos para atender aos alunos.

- Qualitativo, que se refere à qualidade dos alimentos que estarão disponíveis. Essa qualidade deve ser vista sob vários aspectos: nutricional, organoléptico, higiênico-sanitário, operacional e conceitual.

A alimentação escolar deve ser saudável, completa, variada e agradável, e deve observar as leis da nutrição nos seguintes tópicos:

a) Proporcionalidade: equilíbrio entre os nutrientes.

b) Moderação: especialmente no consumo de açúcares, gorduras (principalmente a saturada) e sal.

c) Variedade: uma alimentação balanceada não deve ser fundamentada em proibições, devendo, antes, prevalecer o bom senso. As crianças e os adolescentes, justamente por ficarem expostos a alimentos menos nutritivos por prolongados períodos, em vários lugares, precisam aprender a conviver com essa exposição. O programa de alimentação escolar deve ensinar a optar pelo melhor, instruindo sobre os efeitos que cada tipo de alimento pode causar ao organismo. O que não pode acontecer é o alimento menos nutritivo se transformar na principal refeição da criança. Há que se impor um limite, para que os excessos sejam evitados.

O grande desafio está em encontrar maneiras de se prepararem alimentos num estilo que contemple baixo teor de gordura, sal, açúcar e, dessa forma, promova saúde e prazer.

Várias estratégias podem ser empregadas para que essa meta seja atingida. Algumas delas incluem escolha de alimentos adequados, substituição de produtos por outros com baixo teor de gordura, sal, açúcar, utilização de especiarias, ervas e condimentos, técnicas de cozimento, utensílios apropriados, modificação e criação de novas receitas.

A IMPORTÂNCIA DO LANCHE ESCOLAR

Até bem pouco tempo, as refeições obedeciam a um padrão longamente estabelecido. Café da manhã, almoço e janta constituíam as ocasiões por excelência para o consumo de alimentos. Lanches significavam apenas episódios circunstanciais, menores e menos estruturados, no hábito regular de comer. Hoje essa idéia mudou com o conceito do lanche equilibrado, que vem ganhando importância cada vez maior.

Um padrão alimentar baseado em quatro refeições, com o lanche equilibrado (da manhã ou da tarde) à base de carboidratos (biscoitos não recheados, pães, bolo ou cereal matinal) acompanhados de fruta, ou suco de fruta, e de leite, ou derivado do leite, resulta em uma dieta com maior teor de carboidratos e menor teor lipídico, colaborando para o melhor controle do peso corporal. De fato, a qualidade nutricional do lanche é um fator de grande relevância. No entanto, o hábito já tradicional de refeições intermediárias, particularmente presente em crianças, adolescentes e adultos jovens, está

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