Metacontingência - Análise Das Influências No Comportamento
Monografias: Metacontingência - Análise Das Influências No Comportamento. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: evellyne • 8/3/2014 • 383 Palavras (2 Páginas) • 394 Visualizações
A Análise Experimental do Comportamento (AEC) ou simplesmente Análise do Comportamento (AC), é um método de trabalho e uma ciência que tem como substrato o Behaviorismo Radical, surgido por volta de 1930, proposta por Burrhus Frederic Skinner (1904-1990), a qual evidencia a importância do ambiente e do seu contexto para a explicação do comportamento humano, que pode ser estudado através de métodos científicos, como por exemplo, a observação direta e o relato verbal (BAUM, 1999; DAMIANI, RUBIO & CHIPPARI, 2000; DAVIDOFF, 1983).
O método comportamental adota um modelo de multideterminação do comportamento, que ocorre através de três variáveis: filogenéticas ou inatas (seleção natural) são sucessões genéticas das espécies orgânicas, ontogenéticas que, compõe características individuais dos organismos (história de aprendizagem, de vida) e culturais, que possibilitam o surgimento e transmissão de práticas culturais (conjunto de crenças e valores) (SKINNER, 1998; SKINNER, 1991; BAUM, 1999; MARTONE & TODOROV, 2007; CARRARA, 2004), ou seja, segundo este método, o comportamento de todo e qualquer organismo vivo seria fruto dessas três variáveis em conjunto, que agem mutuamente sob sujeito.
O primeiro nível, filogenético, equivale ao processo descrito por Darwin como seleção natural das espécies. “Esse processo ocorre quando características biológicas ou comportamentais favoráveis à sobrevivência e/ou reprodução da espécie são selecionadas e transmitidas de geração a geração, por intermédio da dotação genética dos organismos” (MARTONE & TODOROV, 2007, p. 183).
O segundo nível é chamado ontogenético, e descreve a história de aprendizagem individual de cada organismo vivo. Neste nível, variações comportamentais que produzem conseqüências reforçadoras para o sujeito serão selecionadas e, posteriormente, aumentarão a probabilidade da ocorrência de certas classes de respostas. “Esse segundo nível de variação e seleção possibilita a descrição do processo de surgimento de características individuais que dão singularidade às respostas de um organismo, possibilitando o estabelecimento de repertórios comportamentais idiossincráticos” (MARTONE & TODOROV, 2007, p. 183).
O terceiro nível descreve as formas pelas quais os indivíduos de uma comunidade/grupo aprendem por intermédio de contato com outros indivíduos e por seus pares de gerações, atuais ou passadas, produzindo e acumulando conhecimento ao longo de gerações. Aqui, os entrelaçamentos dos comportamentos das pessoas e os efeitos produzidos por esses entrelaçamentos, sobre o ambiente, também se tornam fonte de determinação do comportamento, possibilitando o desenvolvimento de repertórios comportamentais que transcendem o período de vida do próprio indivíduo (MARTONE & TODOROV, 2007).
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