Moacir Gaotti

Moacir Gadotti, nos mostrar outra visão: o planeta como ser vivo, e de onde tiramos tudo para nossa sobrevivência, por isso nos fala de educar para uma vida saudável, onde devemos valorizar novos valores, repensar o já pensado, criando assim novas alternativas e ações que nos ajudem a garantir um futuro para as novas gerações. Faz-se necessário, um educar mais humano, voltado para um pensar global, que envolvam sentimentos, que saiba respeitar a identidade terrena como condição humana essencial, formando assim uma consciência planetária, cheia de compreensão, simplicidade e para a quietude. É claro, que tudo isso supõe justiça e justiça supõe que todos tenham acesso à educação e qualidade de vida, por isso temos que avaliar a relação que mantemos, com os outros e com a natureza. Devemos começar a pensar em usar a pedagogia, como uma maneira de ler o mundo, por que ele é o nosso primeiro educador.

Concientizando a importância da preservação do meio ambiente e da sustentabilidade Gadotti, também defende que nenhum pedagogo ou filósofo tem a definição correta e certeira para uma educação de boa qualidade para o indivíduo, seus estudos e suas definições precisam de complemento e estudos. Para o autor “a única possibilidade de educar cidadãos críticos e reflexivos é a partir do método dialético aplicado a educção”.

O professor Gadotti conclui seu livro falando da capacidade do professor em refletir criticamente e sobre a realidade para transformá-la, quanto na capacidade de formar um grupo de companheiros, em construir a escola do companheirismo para agir em função de um projeto de vida, de escola, , de mundo possível... de um projeto de esperança. (p. 48-49).

Porque para ser professor/a é preciso ser humano, saber-se que o ser humano é um ser inacabado, por isso precisa aprender. Ser professor/a é ter esperança na humanidade.

Valeu professor! Parabéns a todos/as que dedicam sua vida ao magistério, pois com seu trabalho pode contribuir para a esperança de mundo mais humano.

O texto de Gadotti tem por objetivo examinar algumas perspectivas atuais das teorias e das práticas da educação. O texto apresenta dois momentos de discussão. O primeiro, enfatiza o século XX, suas mudanças e permanências. No segundo momento, apresenta as discussões acerca da educação do século XXI e seus desafios. O autor inicia seu texto apresentando o século XX, como um século de mudanças e catástrofes que disputam com a educação.

Neste século viu-se florecer a dura competição entre o capitalismo e o socialismo, considerando o primeiro como a bárbarie. Sua visão marxista de mundo fica explícita em várias partes do texto, principalmente no que se refere à sua concepção de educação que teve forte influência do educador Paulo Freire.

Ao fazer uma abordagem a respeito da educação no século XX, ele comenta que inicialmente esta era mais individualizada. Ao passo que ao final do século, ela se torna social, pois desloca-se do indivíduo para a coletividade, ao englobar questões sociais, políticas e ideológicas. Numa ideia de educação para a vida, na visão freireana, humanizadora.

Além de abordar as concepções pedagógicas de educação, o autor também trabalha com a questão das novas tecnologias, destacando a aprendizagem a distância baseada na internet, e tece uma crítica sobre a mídia impressa, pelo fato de ela se tornar um impedimento para a apropriação do conhecimento por meio das novas tecnologias.

O século XXI, para o autor, não trouxe a universalização do ensino com qualidade, mesmo assim, ele acredita que esta é uma educação cidadã voltada para a transformação social, não limitada nem pelo Estado e nem pelas regras do mercado. Além disso, trata este período como a era do conhecimento, onde o acesso ao ciberespaço pode promover não só a difusão de conhecimento quanto de formação continuada, uma vez que o ciberespaço rompe com as distâncias temporais e espaciais.

Embora Gadotti tenha escrito com propriedade, seu texto atualmente pode ser considerado como defasado, em virtude de que ele veio a atender aos anseios presentes na virada do milênio. Anseios estes que não estão em sua totalidade presentes uma década depois. Assim, atualmente já há uma integração maior entre o adulto e as novas tecnologias e a própria escola já absorveu ou vem absorvendo essa cultura.

Além disso, percebe-se que a rápida e constante mudança das informações disponíveis nos ambientes online pemitem sim, a manipulação e distorção de informação compromentendo a aprendizagem, ao contrário do que acreditava o autor na década passada.

Isso nos faz rever outro trecho do texto, em que o autor dá a escola a função de "desenvolver na sociedade a capacidade de governar e controlar o desenvolvimento econômico e o mercado."[2] Pois a escola nada mais é que uma instituição presente no Estado, portanto, não cabe a ela a função de regular e gerir questões econômicas e de mercado.

A análise da questão anterior vem de encontro com o que o próprio autor afirma nos últimos parágrafos de seu artigo, onde ressalta que procura apenas incitar o debate e não apresentar respostas definitivas às perspectivas de educação desse novo milênio.

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Moacir Gadotti, nos mostrar outra visão: o planeta como ser vivo, e de onde tiramos tudo para nossa sobrevivência, por isso nos fala de educar para uma vida saudável, onde devemos valorizar