GADOTTI, Moacir. Escola cidadã. São Paulo: Cortez. 1992.
Por: leandroejussiara • 14/9/2015 • Resenha • 616 Palavras (3 Páginas) • 3.140 Visualizações
GADOTTI, Moacir. Escola cidadã. São Paulo: Cortez. 1992.
Jussiara Santarelli RA 1091515
Nessa obra de Moacir Gadotti, “Escola Cidadã”, ele faz uma abordagem sobre os temas de Autonomia, Autogestão e Administração, dentro do âmbito escolar, ele cita alguns autores nesta obra em grandes momentos importantes para a educação.
Abordando uma perspectiva de autonomia da escola num sentido democrático, didático e pedagógico. Ele cita que o conselho escolar faz parte de um processo de democratização e implica numa completa mudança no sistema de ensino. Ele enfoca a participação dos pais, professores, alunos e membros da comunidade dentro desse conselho. Gadotti indaga porque discutir a autonomia na escola, sendo que, a escola está perdendo a autonomia e a capacidade de educar para a liberdade. Sendo que o papel da escola é educar e capacitar o educando para que ele seja capaz de buscar suas próprias respostas, sua autonomia.
A escola autônoma é aquela que se autogoverna. Mas muitas vezes é difícil isso acontecer nas escolas, pois, as decisões não são tomadas na escola, elas vem prontas somente para serem realizadas. Para a escola desenvolver a autogestão é importante ela ser clara e transparente para a comunidade escolar, e que vise a transformação do aluno para um vida cidadã autônoma. A pedagogia da autogestão busca formar um espaço para a liberdade e representa uma contribuição significativa nas relações sociais. Como Gadotti diz que a escola não é um prédio, mas sim, um projeto.
O tema da autonomia escolar, no Brasil, é recente e está sendo discutido nos debates pedagógicos e nas reformas educacionais. Nas unidades escolares deveria ter autonomia pedagógica, administrativa e gestão financeira. A autonomia da escola deve estimular a criatividade e a interatividade social, podendo ser vista nas seguintes perspectivas: autonomia filosófica, política, administrativa, pedagógica e didática.
Vale ressaltar, que o conselho da escola é o órgão mais importante de uma escola autônoma. Esse conselho é parte de um processo, e a participação e a democratização é a forma mais prática de formação para a cidadania. Ele oferece possibilidades de aprendizagem: a escola estende a função pedagógica para a sociedade e a sociedade influenciando nos destinos da escola.
Moacir descreve o que seria uma escola cidadã, uma escola pública autônoma e popular integrante de um ensino único e descentralização: pública democrática e universal, igual para todos, respeitando a cultura de cada lugar. Na administração das escolas públicas faz parte de outra discussão, pelo fato, que, os sistemas educacionais são frágeis e alvo de freqüentes reformas superficiais que não geram mudanças.
A administração é um sistema único e descentralizador, tendo quatro princípios: uma gestão democrática, devendo valorizar a escola e seus alunos; comunicação direta visando a ligação da escola com a comunidade que à freqüente; autonomia da escola que vise seu próprio projeto pedagógico que atende seu público; uma avaliação permanente do desempenho escolar que valorize a avaliação contínua e não isolada e burocrática.
A escola cidadã é aquela que assume como um centro de direitos e deveres, participativa, viabilizando a cidadania. O que vemos hoje é que sem uma escola pública e de qualidade e com gestores preparados não poderemos alcançar a tão necessária e sonhada autonomia.
Está em nossas mãos a busca pela autonomia, e como educadores somos formadores de ideias, e por isso temos que fazer com que nossos alunos sintam e percebam que eles fazem parte de uma sociedade que troca ideias, formam opiniões, interagem, se modifica e se renova, e que temos essas ‘armas’ para modificar a nosso favor.
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