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NEUROGÊNESE NO SISTEMA NERVOSO ADULTO DE MAMÍFEROS

Por:   •  28/3/2016  •  Projeto de pesquisa  •  775 Palavras (4 Páginas)  •  538 Visualizações

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NEUROGÊNESE NO SISTEMA NERVOSO ADULTO DE MAMÍFEROS

Durante os tempos do grande histologista espanhol Santiago Ramón y Cajal a teoria imutável pregada por ele e os demais pesquisadores da época, seria a impossibilidade de novos neurônios no encéfalo adulto, isto é, que os cérebros adultos já estariam totalmente desenvolvidos e não poderiam ser modificados, que nascíamos com um certo número determinado e desde então nenhum outro seria capaz de nascer. Esse dogma resultou na demora do que seria um grande avanço na neurociência.

Essa teoria começa deteriorar na metade do século XX e então surge o conhecimento de neurogênese em algumas partes do cérebro maduro com novos relatos e pesquisas cientificas sobre as células nervosas que seriam capazes de renascer no sistema nervoso. A neurogênese foi identificada em certas áreas encefálicas de crustáceos, aves, répteis, anfíbios, roedores, primatas e humanos. Agora a grande dificuldade encontrada é na verificação e comprovação do evento, se realmente é neurônios ou microneurônios. Com o avanço das pesquisas e técnicas elaboradas relacionada ao cérebro, mostrou que este é mutável, modificando-se quando sujeito a experiências de ações e comportamentos.

No ano de 1960, aplicando técnica de autorradiografia, utilizando a molécula Timidina que se envolve ao DNA das células por meio de mitose em ratos jovens e adultos, Joseph Altman e equipe observou neurogênese, novas células em diversas áreas sendo o neocórtex, giro dentado, hipocampo e bulbo olfatório. De acordo com suas pesquisas os novos neurônios eram microneurônios, células granulares ou estreladas com axônios curtos, os quais seriam responsáveis pelo desenvolvimento de aprendizagem e memória. Porém, essas remotas técnicas utilizadas não foram capazes de afirmar se as células eram neurônios ou células da glia, um tecido nervoso que apresenta outras células auxiliares que dão suporte ao funcionamento do sistema nervoso.

O estudo do Joseph foi pouco valorizado, tanto pelo o método utilizado quanto por sua inexperiência em vista do meio cientifico contemporâneo.

Os primeiros sinais e a evolução da neurogênese no cérebro de mamíferos adulto começa com a introdução do microscópio eletrônico direcionado por Michael Kaplan, o seu trabalho foi o primeiro a refutar a ideia clássica de que não há o nascimento de novas células nervosas no cérebro de mamíferos adultos. Os seus estudos mostraram que as células do giro denteado e do bulbo olfatório de ratos adultos incorporados ao timidina tritiada exibiam características bem estruturadas e específicas de neurônios, porém seus estudos não foram reconhecidos por causa do dogma predominante dentro da comunidade científica da época.

Entretanto em 1980 com o descarte da autorradiografia e por meio da técnica imunoistoquímica do (BrdU), que ocorre o grande progresso dos estudos sobre neurogênese. O BrdU é um nucleotídeo sintético que pode ser incorporado durante a síntese de DNA nas células em multiplicação, durante a fase do ciclo celular, substituindo a timina. Anticorpos específicos para o BrdU podem ser usados para detectar sua incorporação comprovando a proliferação celular. Dessa forma depois de mais de um século de estudos e muita resistência quanto à existência

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