NEUROPSICOLOGIA: UMA ABORDAGEM ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Por: NandaSouza706 • 1/5/2017 • Trabalho acadêmico • 957 Palavras (4 Páginas) • 380 Visualizações
CENTRO EDUCACIONAL DE ENSINO SUPERIOR DE PATOS
FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
FERNANDA DE SOUZA PEREIRA
FRANCISCA MARTA LINHARES MONTEIRO
NEUROPSICOLOGIA: UMA ABORDAGEM ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Patos – PB
Março de 2017
FERNANDA DE SOUZA PEREIRA
FRANCISCA MARTA LINHARES MONTEIRO
NEUROPSICOLOGIA: UMA ABORDAGEM ÀS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Trabalho apresentado à Professora Olivia Dayse Leite Ferreira, para a disciplina de Neuropsicologia do 3° período do curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Patos.
Patos – PB
Março de 2017
SUMÁRIO
1. As dificuldades de aprendizagem da leitura a partir da abordagem neurpsicológica......................................................................................................................... 3
1.1 A cognição na visão neurológica e os sistemas funcionais............................................. 4
1.2 O processo neurofuncional de aprendizagem da leitura.................................................. 5
Referências
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1. As dificuldades de aprendizagem da leitura a partir da abordagem neuropsicológica
A dislexia é considerada como uma desordem da leitura e na linguagem, que envolve dificuldades no ditado e na redação. Alguns casos de dislexia ocorrem com indivíduos portadores de QI >115 ou superior estando presente em vários níveis. No entanto, não pode ser considerada na sua definição a evidência manifesta da falta de motivação para aprender a ler ou da presença de condições socioeconômicas desfavoráveis e desviantes.
Ela pode se manifestar ao longo da vida, independente das oportunidades de aprendizagem e de sua integridade social, mental, comportamental e motora. Crianças e jovens com dislexia têm problemas sutis, irregulares, multicomplexos e inexplicáveis como no processamento de informações não simbólicas, simbólicas e dificuldades cognitivas.
A aprendizagem da leitura no caso de uma criança disléxica é sempre um processo lento e que exige muito esforço no desenvolvimento emocional. A equivalência auditivo-verbal parece ser comprometida por um déficit fonológico específico. Algumas crianças aprendem a ler sem dificuldades, outras não conseguem por instrução suboptimal ou limitações cognitivas, o que dificulta a aprendizagem no tempo adequado ou esperado. Muitas crianças superam dificuldades sem sequelas, já outras não atingem a literalidade.
Defini-se leitura como um processo no qual se extrai e capta informações de um texto, ou entende-se por um processo ativo autodirigido por um leitor em múltiplas formas e apresentando várias finalidades, dessa forma, podendo dispor da capacidade de processar integrar e exprimir informações – processo chamado de cognição. Leitores inexperientes ou experientes exibem um conjunto dinâmico, coeso, sistêmico e autorregulador de competências cognitivas.
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1.1 A cognição na visão neurológica e os sistemas funcionais
Segundo Luria (1973), o cérebro humano é o processo filogenético e ontogenético dos sistemas funcionais, onde ocorre o processo sociogenético. A aprendizagem da leitura, cálculos ou escrita, ocorre no cérebro de uma criança através de um processo ativo conjuntoral e reorganizador dos sistemas funcionais múltiplos e da integração sensorial progressiva na sua superfície com o sistema visual e auditivo, e na profundidade o sistema cognitivo complexo. Para ler, escrever ou calcular o cérebro põe uma espécie de marcha para cada processo. Assim a aprendizagem da leitura é o resultado dos sistemas funcionais que integram várias áreas ou unidades do cérebro.
Nenhuma área do cérebro atua de forma exclusiva. Sua função relacionada a qualquer comportamento humano voluntário ou superior se concretiza por meio de uma interação dinâmica e sistêmica de várias áreas do cérebro. Luria também ressalta que a maturação cerebral acontece por meio da emergência dos sistemas funcionais, ativando a interação sistemática de vários conjuntos de células e redes neuronais.
A teoria da equipotencialidade diz que todos os comportamentos envolvem participações equitativas de todas as áreas, assim nenhuma área pode ser específica numa aprendizagem. Já a teoria luriana sobre sistemas funcionais relata que o cérebro opera com um número limitado de áreas em relação a produção de uma aprendizagem específica, ou seja, cada uma apresenta uma função peculiar dentro do sistema funcional podendo ser chamada de constelação de trabalho.
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